Explicação de Êxodo 36

Êxodo 36

36:2–7 Os trabalhadores qualificados começaram a tarefa de construir o santuário, mas o povo trazia tanto material todas as manhãs que Moisés teve que impedi-los de trazer mais.

Do versículo 8 do capítulo 36 até o final do capítulo 39 encontramos um relato detalhado da construção do tabernáculo e de seu mobiliário. A repetição de tantos detalhes nos lembra que Deus nunca se cansa daquilo que Lhe fala sobre Seu Filho amado.

As Cortinas que Cobrem o Tabernáculo (36:8–19)
As cortinas internas, feitas de linho fino, eram chamadas de “tabernáculo” (v. 8). A seguir estavam cortinas de pêlo de cabra, “a tenda” (v. 14). As cortinas de pele de carneiro e de texugo (ou possivelmente de foca ou de boto) eram chamadas de “a cobertura” (v. 19).

As Tábuas dos Três Lados (36:20–30)
Essas tábuas eram feitas de madeira de acácia, único tipo de madeira usada no tabernáculo. As acácias floresciam em locais secos, eram muito bonitas e produziam madeira praticamente indestrutível. Da mesma forma, o Senhor Jesus era uma raiz que brotou de uma terra seca (Is 53:2), era moralmente belo e é o Eterno.

As barras que mantinham as tábuas unidas (36:31–34)
Quatro das barras eram visíveis, uma delas invisível porque passava pelo centro das tábuas. A barra invisível é uma boa imagem do Espírito Santo, unindo os crentes num “templo santo no Senhor” (Efésios 2:21, 22). As outras quatro barras podem sugerir a vida, o amor, a posição e a confissão que são comuns a todo o povo de Deus.

O Véu que Conduz ao Lugar Santíssimo (36:35, 36)
Este véu representa a carne do Senhor Jesus (Hb 10:20), rasgada no Calvário para abrir para nós o caminho de aproximação a Deus. Acredita-se que os querubins no véu representem os guardiões do justo trono de Deus.

A Tela que Conduz ao Lugar Santo (36:37, 38)
Esta tela foi feita do mesmo material que a porta do átrio e o véu mencionados acima, e retrata Cristo como o caminho para Deus.

Notas Adicionais

36.1 Trabalharam. A habilidade e o material já estão à disposição dos servos de Deus, e o padrão está dado com todos os pormenores. É só pô-lo em prática, a tempo e fora de tempo e viver à altura da sublime vocação, confiando no auxílio de Deus.

36.4 Homens sábios. São aqueles que fazem a obra de Deus, e esta é à verdadeira definição da sabedoria. Meditar na vontade divina e pô-la em prática, segundo a plenitude da sua capacidade.

36.5 Muito mais. Bem-aventuradas são aqueles que, generosamente, dão para a obra de Deus antes de proclamado não haver Mais tempo (Jo 9.4-5).

36.8 Aqui começa a lista das obras feitas para construir o Tabernáculo, que continua até 38.20. Algumas notas já foram colocadas nos capítulos 25 até 30, acrescentando uma visão parcial do significado dos objetos. Tais capítulos devem ser estudados juntamente com os que se seguem daqui para frente.

36.9 Vinte e oito côvados. Cerca de 13 metros. tendo o côvado c. 46 cm.

36.13 Colchetes de ouro. Prendiam os dois conjuntos ou agrupamentos de cinco cortinas cada um. Desta maneira era possível carregar e montar as cortinas do Tabernáculo, sem o empecilho do seu peso, o que haveria se as cortinas fossem juntadas de um modo permanente.

36.15 Cortinas. Esta camada de cortinas grossas servia para proteger as cortinas da cobertura interior do Tabernáculo do sol e do mau tempo. Trinta côvados. Estas cortinas, sendo dois côvados mais longas do que as cortinas internas, podiam cobrir satisfatoriamente o Tabernáculo. A opinião apresentada no “Dictionary of the Bible”, de Smith (vol. III, p 1452-1454), de que havia uma viga colocada no meio do teto, o qual era sustentado em uma posição acima de dez côvados (4,6 m, que era a altura descrita no Êxodo, acerca do Tabernáculo), não pode ser aceita se comparada com as medidas das cortinas.

36.18 Colchetes de bronze. Devemos entender que, provavelmente, o “bronze” seria cobre (Vd o artigo “Tabernáculo” no NDB). Esses colchetes serviam para segurar e unir a cobertura externa. As cortinas internas eram unidas com ouro (26.6).

36.20-22 As tábuas (heb qerashim). É mais do que provável que essas tábuas dispostas em forma de esquadrias de madeira, não eram muito sólidas. Os dois principais sarrafos laterais seriam, nesse caso, os que nossa versão traduz por dois encaixes. Tinham a vantagem de serem mais leves e davam um aspecto estético às cortinas que os cobriam pelo lado de fora.

36.35 O véu. Enquanto o véu estava no templo, o caminho para o Santo dos Santos e a plenitude da comunhão direta com Deus, estava fechado. Quando o véu foi rasgado na hora da morte de Jesus Cristo (Mt 27.51; Hb 10.20), o caminho se abriu. Através de Cristo temos acesso perpétuo ao trono da Graça, tanto agora (Hb 9.24) como na eternidade (Ap 11.19).

36.37 O reposteiro nos lembra de Jesus Cristo, pois ninguém pode entrar no aprisco da Salvação sem passar por Ele (Jo 10.7-9).

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