Ornamentos — Estudos Bíblicos
ORNAMENTOS
A arqueologia tem encontrado uma grande variedade de ornamentos,
principalmente sob a forma de jóias variegadas. Ver o artigo geral Jóias e
Pedras Preciosas.
Certos ornamentos de uso pessoal, referidos na Bíblia, têm paralelos no
uso moderno. Podemos falar sobre os anéis (ver sobre Anel)
ou argolas, alguns usados nas orelhas, outros no nariz, e ainda outros
pendentes de cordões; os braceletes (usados perto do pulso, feitos de
vários metais, de osso ou de madeira; Gên. 24:22; Núm. 31:50; Eze. 16:11; 23:42;
Isa. 3:19; II Sam. 2:10; Êxo. 35:22); as presilhas de tornozelo,
feitas de bronze ou outros metais etc. O profeta Isaías lamentava que as
mulheres hebréias usassem correntes que as forçavam a caminhar
com passos curtos, a fim de se mostrarem mais femininas. Essas presilhas
ou correntinhas também faziam certo ruído que chamava a atenção das
pessoas. Ver o artigo separado intitulado Passos Curtos (Isa. 3:16).
Além disso havia ornamentos usados no pescoco, por mulheres, homens e até
animais (ver Juí. 8:26; Pro. 1:9; Can. 4:9; Isa. 3:18; Eze. 16:11). Havia
alguns com a forma de correntes, feitos de vários metais; outros eram
cordões com contas ou conchas. Também havia os broches, alguns
dotados de pino (ver I Macabeus 10:89; 11:58).
Os Excessos Egipcios. Os monumentos do Egito
exibem ricas damas carregadas com toda forma de ornamentos. Os
habitantes da Palestina usavam igualmente esses adornos pessoais,
Os midianitas parecem ter sido tão exibidos quanto os egípcios (ver Núm.
31:50,52; Juí. 8:26). Em várias culturas antigas havia ornamentos masculinos.
Os homens israelitas mostravam-se um tanto comedidos quanto a isso (ver Êxo.
32:2), mas não as mulheres israelitas. Os persas, os medos e os egípcios,
além de outros povos antigos, adornavam suas principais autoridades, como os
seus monarcas, com correntes de ouro em torno do pescogo, como emblemas de
ofício, embora isso não se repetisse na cultura hebréia. Ver Gên.' 41:42 e
Dan. 5:7.
Proibições Bíblicas. Textos bíblicos
como Isa. 3:18; I Tim. 2:9 e I Ped. 3:4 proíbem o excesso no uso de ornamentos
pessoais. O trecho de Tia. 2:1-4 menciona as correntes de ouro, usadas
pelos ricos. Estes eram favorecidos em detrimento dos pobres que
não podiam dispor de tais ornamentos. E essa prática de acepção
de pessoas é ali condenada, embora não tanto o uso dos próprios
ornamentos.
Uma Ornamentação Artística. Os comentários acima abordam a
questão dos ornamentos pessoais. Havia outros enfeites que consistiam em
esforços artísticos para embelezar objetos, como as decorações de vasos de
cerâmica, ferramentas, armas, caixas, espelhos, jarras, tapetes, etc.
Nisso estavam envolvidos metais preciosos, pinturas coloridas, gravações,
entalhes em osso e marfim, etc. Os móveis da corte real eram ricamente
ornamentados (I Reis 10:18: II Crô. 9:17; Amós 6:5). Palácios e relevos
tumulares eram ornamentados comi arte pelos egípcios, assírios e
babilónios. O tabernáculo e o templo de Jerusalém também foram rica e
elaboradamente ornamentados, um trabalho quase sempre efetuado por artífices
estrangeiros, ou, pelo menos, seguindo modelos estrangeiros. E também não
nos podemos esquecer, nesse relacionamento, dos sarcófagos de
pedra ricamente cinzelados, especialmente do Egito e da Fenícia.
Ornamentos Arquiteturais. Tanto os edifícios
públicos quanto as residências dos abastados eram ornamentados externa e
internamente. Os palácios dos reis assírios, em Nínive e Corsabade, eram
decorados com baixos-relevos. As entradas de seus edifícios mais importantes
eram guardadas por animais cinzelados de forma mais intricada e
estilizada, e também eram empregadas tintas de várias cores, destacando a
ornamentação.
A arte egípcia tornou-se melhor conhecida através de suas pinturas
murais, embora outras culturas também lançassem mão desse artifício. Pinturas murais
egípcias têm sido encontradas em túmulos, palácios e edifícios públicos.
Os templos de Carnaque e Luxor eram assim decorados. Fachadas com ídolos
coloridos e esmaltados, representando animais, plantas, figuras humanas, etc.,
enfeitavam muitos edifícios. Os persas, por sua vez, importavam artífices de
todas as direções do mundo antigo, a fim de decorarem seus
edifícios. Várias modalidades de colunas e capitéis foram usadas a fim
de aumentar a sensação de grandiosidade.
Apesar dos israelitas antigos não se equipararem a várias outras
nações, no tocante a esse tipo de arte e tecnologia, os reis
israelitas mais ricos, como Salomão e Acabe, decoraram seus lares e
palácios com a ajuda do labor estrangeiro.