v. 1-7. Paulo se apresenta formalmente às igrejas em Roma,
pois esse é o primeiro contato que ele tem com elas. Ele apresenta as
suas credenciais e mostra a centralidade de Jesus Cristo no evangelho de
Deus para o mundo.
v. 1. Ele não trabalha por conta
própria, mas como servo à disposição do seu Rei e Senhor. Servo
(lit. “escravo”) tem conotações veterotestamentárias de um ministro
de Estado da coroa (e.g., 2Rs 22.12) e de devoção à adoração e ao serviço
de Deus (e.g., SI 113.1). A tarefa apostólica de Paulo não é uma
carreira que ele escolheu, e, sim, sua resposta ao chamado de Deus, que o
escolheu como escolheu Jeremias para ser seu porta-voz (cf. G1 1.15; Jr
1.5). v. 2-4. Que o evangelho é de Deus, fica provado pelo fato de que não
era uma novidade humanamente produzida, mas o cumprimento das promessas do
AT. O “ato poderoso” (assim na NEB no lugar de “poder”) de Deus ao
ressuscitar Jesus dos mortos também era comprovação do evangelho.
Esses versículos fazem eco de uma antiga confissão de fé da qual Paulo
também fez menção no seu sermão à igreja da Pisídia (At 13.23,32,33). O tema do
evangelho é o Filho eterno de Deus, Jesus Cristo, nosso Senhor, o
Salvador encarnado e rei prometido que liga os seus súditos a si mesmo e
uns aos outros. Ele é Messias com os devidos créditos, nascido da linhagem de
Davi na sua vida terrena (como homem\ lit. “carne”) e, por
isso, qualificado para ser o Rei do povo de Deus. Como filho mais velho do
grande Davi, ele herdou a promessa de coroação e o decreto divino de SI
2.7: “Tu és meu filho; eu hoje te gerei”. No lugar de declarado,
provavelmente devemos ler “decretado”, para captar a alusão. A
ressurreição foi o pronunciamento de Deus empossando-o oficialmente como o
seu Rei messiânico (cf. At 13.33) em cumprimento do decreto antigo. Filho
de Deus talvez seja usado, em parte, como título de Messias (cf.
At 9.20 com At 9.22). Cristo cumpriu a sua função de filho ao aceitar
oficialmente o seu reinado, mediante o Espírito de santidade
significa “no ambiente do Espírito Santo”, referindo-se à vida de Cristo
após a ressurreição (cf. IPe 3.18). No pensamento rabínico, a época
por vir seria a era do Espírito: para a igreja, ela havia iniciado com
a ressurreição de Cristo, v. 5. O salmo 2 havia prometido ao Messias
não somente honras de rei, mas também domínio real até os confins da terra
(v. comentário de 10.11-13). Em harmonia com esse plano, Deus havia
comissionado Paulo (o sujeito de “recebemos”, “nós”, é semelhante ao “nós”
editorial) a trabalhar no mundo todo para obter a lealdade das pessoas
para com o nome de Cristo e o havia equipado com graça capacitadora
que o qualificava para a sua tarefa (cf. Ef 4.7,8). O alvo havia sido
a obediência que vem pela fé, para fazer os gentios primeiramente
confiarem e depois obedecer (cf. NEB).
v. 6. Essa comissão mundial
explica o interesse de Paulo por, e sua autoridade sobre, os próprios
romanos. A NVI interpreta corretamente a expressão do original que lit. seria:
“chamados de Jesus Cristo”; é Deus Pai quem chama (8.30). Quando Deus
proclama a sua intimação, ele reivindica o homem como posse de Cristo
e o designa para o destino da salvação (cf. Is 42.6; 43.1). v. 7.
Como o povo de Deus no AT, eles foram inseridos no círculo íntimo do
amor de Deus. chamados para serem santos (gr. klêtois hagiois)
ou “santos por chamado” (J. N. Darby) faz eco de um termo usado
acerca de Israel — “santa reunião” (gr. klêtê hagiã-, Êx 12.16;
Lv 23; Nm 28.25). Uma carta comum no século I d.C. começava com “Saudações [gr.
chairein] de A para B”. Os cristãos deram a essa abertura
convencional um toque espiritual ao substituir chairein por charis, graça.
A essa saudação orientada para os gentios, Paulo acrescenta a saudação judaica paz (heb.
shãlõm). Essa bela invocação de bênção divina pode ser um eco da
bênção araônica de Nm 6.24ss. “Observe como esse nascido e nobre
monoteísta consegue pôr Jesus inequivocamente daquele lado da realidade
que nós chamamos de divino” (A. M. Hunter).
v. 8-15. Depois dessa
apresentação e introdução oficiais, Paulo, num tom mais pessoal, compartilha a
sua oração. Era comum nas cartas da época que a introdução fosse seguida
de uma oração a um deus (cf. o comentário de C. H. Dodd para ver exemplos).
Numa carta cristã, o verdadeiro
Deus, que se pode alcançar por meio de Jesus Cristo, assumia o lugar dos deuses
em geral. A oração de Paulo era marcada por gratidão,
persistência, reconhecimento da soberania de Deus e pelo desejo de
ser canal de graça para os outros, v. 8. Notícias da existência de crentes
em Roma haviam se espalhado para todas as igrejas do Império Romano, v.
9,10. Como parte da obra cristã que expressava a adoração espiritual que
Paulo prestava a Deus {sirvo é a tradução do gr. latreuõ;
cf. gr. latreia, “culto” em 12.1), ele desejava muito visitá-los
(v. comentário de 15.23), mas até aquele momento Deus o tinha mantido em
outros lugares (At 19.21). Detenções, tribulações, dois anos de angústia
na prisão e um naufrágio precederiam a resposta à sua oração, v.
12. “Ao mesmo tempo, ele se rebaixa à posição deles” (Darby) em
humildade e graça. Paulo, com muito tato, logo se corrige e deixa claro
que não quer agir de forma autoritária com eles, mas está disposto tanto a
dar quanto a receber (cf. 2Co 1.24). Esse versículo se tornou
realidade para Paulo: v. At 28.15. v. 14,15. Em Roma, Paulo estava
planejando investir tanto em evangelismo quanto na edificação das igrejas.
A sua comissão apostólica o tinha investido de um sentimento de obrigação
missionária mundial (cf. ICo 9.16, 17; At 9.15) que, visto que transcendia
todos os tipos de civilização e níveis culturais, evidentemente também se
estendia à cosmopolita Roma, onde se poderiam encontrar representantes
de todos esses tipos, gregos: eram aqueles que tinham adotado a civilização
he-lenística internacional, em contraste com os bárbaros ou
“não-gregos” que mantiveram a sua cultura e língua nacionais. Além disso,
no v. 16 é usado o termo religioso grego, sábios ou ignorantes
são termos que denotam pessoas com, e pessoas sem, formação acadêmica.
II. TEMA E TEXTO DO
EVANGELHO (1.16-I7A)
v. 16. Paulo deve ter feito
uma pausa aqui para reflexão. Roma — que sentimentos de grandeza,
poder e até mesmo orgulho devem ter surgido na mente de Paulo ao pensar
nos cidadãos romanos! Mas o evangelho de Cristo não era
somente equivalente às realizações de Roma, mas as ofuscava. Também era
algo de que se orgulhar, pois era o próprio meio de Deus — tão
dinâmico quanto a ressurreição (cf. v. 4) — de salvar qualquer pessoa no mundo
que se confiasse a ele (v. nota acerca da fé em 3.22), uma oferta feita primeiro
no tempo ao judeu, depois ao gentio. O evangelho não conhece
fronteiras, a não ser a fronteira da fé. v. 17. A justiça de Deus [...] revelada continuamente
na pregação do evangelho é uma expressão complexa (v. comentário
a seguir). Em resumo, é a forma justa de Deus tornar justos os homens
diante dele. Por parte do homem, está “fundamentada na fé e é
dirigida à fé” (nr. da NEB; lit. “de fé em fé”, como está na nr. da NVI;
cf. 3.22). Paulo toma Hc 2.4 como o seu texto básico:
“os justos-pela-fé viverão” (cf. RSV, NEB). No seu sentido original,
o texto era uma certeza de que, apesar da ameaça de invasão e sublevação,
o homem cuja vida estivesse em concordância com a vontade de Deus
seria preservado e prosperaria sob a boa mão de Deus por conta da sua
firme lealdade a Deus. No novo cumprimento na era de Cristo,
as questões são elevadas a outro plano. Há uma guerra divina contra o
pecado. A fidelidade é reduzida ao cerne da fé e associada intimamente com
o que é “justo”. A vida prometida é exatamente a vida do Cristo
ressurreto.
v. 18. O evangelho não
somente revela a justiça de Deus. Também “a morte de
Jesus Cristo na cruz é a revelação da ira de Deus vinda do céu” (Karl
Barth). A ira de Deus é geralmente compreendida como a realização
do juízo de Deus na história humana. Mas o paralelismo de é revelada
nos v. 17,18 sugere uma referência dupla ao conteúdo do evangelho, e em
concordância com isso alguns estudiosos têm explicado a ira em
termos da proclamação do juízo por vir no evangelho apostólico. Mas
3.25 e 8.3 demonstram uma ligação íntima entre a cruz e a ira de
Deus ou a condenação do pecado. No AT, a “justiça” e a “ira” são
consideradas dois lados de uma mesma moeda. Quando a “justiça” é a intervenção
de Deus a favor do seu povo oprimido, a “ira” é um aspecto complementar do
mesmo processo, a mesma intervenção que os opressores inimigos
experimentam (Is 59.16-18; 63.1-6). Se a justiça é direcionada à
restauração do homem, é dirigida contra o pecado (v. comentário ao final do
cap. 5) — toda impiedade e injustiça — e assume a forma da ira.
Na proporção em que o pecado é uma força que controla a vida de um homem,
a ira precisa ser dirigida contra esse homem até que ele seja
resgatado do seu poder. Na cruz, Deus interveio dos céus
e “condenou” ou derrotou o “pecado” por meio da morte do seu Filho
encarnado (8.3). Sem Cristo, os homens estão condenados a encarar a ira
de Deus no dia do juízo (2.5), pois é a própria impiedade deles que
os coloca em oposição a Deus e impede que a sua verdade espiritual
e moral influencie as suas vidas. Mas já de forma adiantada “o fogo da ira
foi aceso no Gólgota” (Barth). O juízo final foi antecipado no
Calvário. O pecado foi julgado, e a libertação foi tornada acessível
para o crente. Ele está protegido da ira de Deus pelo poder
propiciatório do Crucificado (3.25).
Uma observação
a respeito da justiça
A justiça foi definida por
William Manson como “um meio de salvação que faz justiça para com a
realidade moral da relação de Deus com os homens, enquanto ao mesmo
tempo capacita a restauração dos homens para uma correta relação com
Deus”. Essa definição da palavra está longe do que encontraríamos em
um dicionário de português. E assim porque as suas raízes estão profundamente
fincadas nas Escrituras hebraicas, a sementeira da revelação do NT. No AT,
“justo” é principalmente um termo usado no tribunal com o significado de
“livre de culpa”, “no direito”. Refere-se ao veredicto de um juiz a
um homem que está sendo julgado. Jeremias 3.11 relata o veredicto de
Deus: “Israel se justificou mais do que Judá” (VA) significa que
Israel é “mais justa” (“melhor”, NVI). O termo “justiça” pode ser aplicado
também a um juiz. O papel de um juiz nos tribunais dos hebreus era
muitas vezes defender os oprimidos contra os seus opressores, proteger e
vindicá-los contra tratamento injusto. Ele era “justo” na proporção em que
socorria os vitimados. Em Lc 18.6, é a relutância do juiz em investigar a
causa da viúva oprimida que lhe confere o epíteto “injusto”.
Como era de esperar, o
termo “justo” passou a ter uma amplitude maior de aplicações além do tribunal.
Desenvolveu também um significado moral; possivelmente o homem absolvido
ajudado pelo juiz contra os seus adversários recebeu esse veredicto
porque tinha agido anteriormente de forma moralmente justa. Mas os usos
legal e moral da palavra não são sinônimos. Quando um juiz absolvia
um homem e o tornava legalmente “justo”, ele, com isso, não o tornava
moralmente justo.
Como mostrou a referência a
Jr 3.11, a ideia de “justiça” passou a ser aplicada à relação entre Deus e o
homem. Deus tem, por assim dizer, um tribunal para condenar
os delitos e um tribunal de apelação para reverter o veredicto de juízes
corruptos do seu povo. A justiça de Deus significa tanto a
sua santidade moral quanto a sua atividade sal-vífica a favor de Israel. O
termo “justo” se tornou parte do vocabulário da aliança entre Deus e
o seu povo. Em Gn 15.6, a “justiça” é o relacionamento correto de Abraão
com Deus fundamentado na sua aprovação. O patriarca não estava somente “no
seu direito” diante de Deus, seu Juiz, mas também estava “em ordem
com” o seu Deus da aliança. Ele estava em posição favorável de aceitação diante
de Deus. O relacionamento de aliança significava que os israelitas podiam
apelar a Deus para pedir a sua ajuda, assim como em tratados antigos
um rei vassalo podia apelar ao seu rei suserano quando era atacado. Quando
os estrangeiros invadiam a terra, Israel podia apelar ao supremo Juiz para
pedir ajuda. Esse apelo foi feito mesmo quando Israel quebrou a sua
parte da aliança e estritamente já não estava qualificado para pedir a
“justiça” de Deus — mas Deus mesmo assim intervinha para defender o seu
povo indigno! Com isso, estava sendo pavimentada a estrada para o NT, em
que Deus revela a “justiça” àqueles completamente fora do relacionamento
de aliança em cumprimento das suas próprias e generosas promessas.
Em Jz 5.11, a atividade de Deus ao defender Israel contra os cananeus
é chamada de “os justos feitos do Senhor”. A sua “justiça” nesse caso
(“justos feitos”) é a sua intervenção na guerra. O Juiz executa o seu
juízo como um guerreiro; o tribunal não é outro senão o campo de
batalha. Em Romanos, a “justiça” é a vitória salvífica de Deus sobre o pecado,
o inimigo do homem, como também um atributo moral de Deus e do homem, e o
fato de o homem ser aceito por Deus. Na cruz e na ressurreição de
Jesus Cristo, Deus agiu com justiça moral e salvífica; ele ofereceu ao
homem a dádiva da justiça da aceitação com o propósito de que o homem
continuasse a viver uma vida de justiça moral.
III. O EVANGELHO PARA O
MUNDO: “O JUSTO VIVERÁ PELA FÉ” (1.17B—8.39)
Paulo explica a doutrina do
seu evangelho em termos de Hc 2.4, desenvolvendo a sua relevância para a nova
época do cristianismo. Pela morte de Cristo, Deus declarou o homem justo
diante dele, se o homem somente se confiar pela fé às mãos de Deus.
O homem-justo-pela-fé compartilha — agora em parte e na vida futura
totalmente — a vida do Cristo ressurreto e exaltado.
1) “O justo
[...] pela fé” (1.17b—5.11)
O apóstolo destaca o
significado cristão da primeira metade do texto. Palavras associadas à justiça
ocorrem 36 vezes nessa seção, e palavras associadas à fé ocorrem
29 vezes. O texto é permeado de uma atmosfera de tribunal. Os homens são
culpados no tribunal de Deus, mas pela ajuda de Deus em Cristo um
veredicto favorável é obtido. O significado da linguagem forense é que
os homens que foram afastados de Deus, vítimas do seu próprio pecado, são
reconciliados com Deus em Cristo e libertos das conse-quências fatais do
pecado.
a) O fracasso do mundo
(1.17b—3.20)
A salvação efetuada por
Deus é realçada, primeiro, com o estabelecimento de um escuro pano de fundo do
fracasso humano e, depois, com a projeção contra esse pano de fundo
do esplendor da graça divina. Paulo prova por que no dia do julgamento a
ira de Deus precisa cair sobre o mundo dos judeus e dos gentios antes
de apresentar a alternativa da justiça pela fé em Cristo.
O fracasso do mundo pagão
(1.17b-32)
Paulo fala primeiro da
humanidade em geral no v. 18, mas, à medida que continua, tem em mente
especificamente os gentios. Ele põe na balança a sociedade
helenística da sua época e diz que ela está aquém do padrão divino. O
caos domina em todo lugar. Animais se tornaram deuses, o homem
se tomou mulher, o errado virou certo. A natureza sem o verdadeiro Deus se
tornou desnaturai. O Criador foi rejeitado, e a criação está no caos; para
o apóstolo esses dois fatos são causa e efeito, v. 19,20. A ausência da
verdade não é culpa de Deus; ela foi propositadamente suprimida. “Não há defesa
possível” (NEB) para o não-judeu. Deus mostrou demais de si mesmo no mundo
natural para que o homem alegue ignorância. O mundo natural é uma janela
através da qual Deus revelou parte de si mesmo ao homem, por meio
da qual o homem pensante pode “ver” o poder invisível de Deus
e a sua “divindade” (Knox).
O restante do capítulo é
constituído de três seções paralelas agrupadas em torno da frase Deus
os entregou, que é solenemente reforçada nos v. 24,26,28. v. 21-24. Visto
que não o glorificaram, o seu destino foi a degradação sexual
dos seus corpos. Ao rejeitarem as evidências diante deles (cf. At 14.17), os
homens substituíram o uso correto da razão (cf. v. 20) por ideias
irracionais acerca de Deus. Paulo faz eco da LXX em Jr 2.5; 10.14, em qae
fúteis e loucos são termos aplicados a idólatras. Eles
degradaram Deus ao nível das coisas criadas. Salmos 106.20 está na mente
do apóstolo no início do v. 23. Aqui está Israel de novo. O mundo dos
gentios também não considerava as obras de Deus (SI 106.7,13).
Eles também
escorregaram para a idolatria, adorando uma infinidade de bonecos.
Assim como Deus “entregou” Israel “nas mãos das nações” (SI 106.41,
na LXX: paredõken), assim Deus entregou (gr. paredõken) os
gentios ao seu destino. A experiência de Israel havia sido refletida
e ampliada no mundo gentílico. O comportamento errado não era
meramente consequência da adoração errada, mas um castigo divino por
causa dela, embora não fosse o castigo completo pelo pecado
deles (cf. 3.25), a separação final de Deus, que é a “morte” (v. 32,
cf. 6.23), ou a ira de Deus no dia do juízo (2.5,8). Deus os fez ceifar a
colheita que eles mesmos haviam semeado, v. 25-27. Visto que eles Trocaram
o verdadeiro Deus por deuses falsos, como castigo temporário também trocaram
suas relações sexuais naturais pelo homossexualismo, v. 25. Paulo sai
da atmosfera imunda de vícios e idolatria e passa para o ar refrescante da
doxologia. v. 27. A perversão é a idolatria deles: o termo gr. plane
(lit. “perambulação”, “desvario”) é usado, com frequência, dessa forma na
LXX. Castigo é mais lit. “castigo correspondente” ou “salário
apropriado” (NEB); o castigo era apropriado para o delito, v.
28. Visto que desprezaram (gr. edokimasan) o conhecimento de
Deus, o destino deles era uma mente arruinada (gr. adokimon). O
preço que eles pagaram por rejeitarem Deus seria tornar-se refugos morais,
v. 29-31. Uma lista aleatória de pecados individuais e de
relações pessoais, v. 32. Esse é o clímax do pecado. Consentir, fria
e objetivamente, nos pecados dos outros é pior do que sucumbir
pessoalmente à tentação no calor do momento. Os gentios haviam abafado de
forma indesculpável a sua consciência (cf. 2.15), de forma que o mal era
aceito como se fosse o bem. Tudo isso precisa contar com a sentença
de morte no dia do juízo.Índice: Romanos 1 Romanos 2 Romanos 3 Romanos 4 Romanos 5 Romanos 6 Romanos 7 Romanos 8 Romanos 9 Romanos 10 Romanos 11 Romanos 12 Romanos 13 Romanos 14 Romanos 15 Romanos 16
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