Interpretação de Josué 20

Josué 20 introduz o conceito de cidades de refúgio, designadas como lugares onde aqueles que acidentalmente cometeram homicídio culposo poderiam encontrar asilo e proteção contra retaliação. Seis cidades são nomeadas para esse fim, garantindo justiça e evitando rixas de sangue. Este capítulo destaca os temas de justiça, misericórdia e a importância de fornecer um sistema legal justo dentro da comunidade. Josué 20 enfatiza o valor da vida humana e mostra o compromisso dos israelitas em manter uma sociedade equilibrada e ordenada enquanto continuam a possuir a Terra Prometida.

Josué 20
1) Estabelecimento das Cidades de Refúgio. 20:1-9.


Todas essas seis cidades eram cidades levíticas, provavelmente consideradas uma sagrada oblação (teruma, Ez. 45:1) feita a Jeová para uso dos seus levitas, e portanto propriedade divina, onde os homicidas podiam ser colocados sob a proteção da graça divina (veja Nm. 35:9-34; Dt. 4:41-43; 19:1-13). As cidades de refúgio foram estabelecidas para proteção do antigo direito de vendetta (vingança de sangue) contra o homicida que tivesse morto uma pessoa acidentalmente, sem premeditação. Chegando ao mais próximo asilo, o homicida apresentava o seu caso no portão da cidade, o antigo tribunal (cons. Dt. 21:19; 22:15). Mais tarde era levado para enfrentar o julgamento diante da congregação da comunidade mais próxima à cena do crime. Se fosse inocentado, voltava à cidade de refúgio, ficando livre para voltar à sua casa quando morresse o sumo-sacerdote. Essa morte significava mudança de administração sacerdotal e agia como a nossa lei das limitações (veja comentários sobre 24:33).

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