Interpretação de Josué 4
Josué 4 descreve a travessia dos israelitas do rio Jordão para a Terra Prometida. Josué ordena a doze homens, um de cada tribo, que peguem pedras do leito do rio e construam um altar memorial no lado oeste do rio como um testemunho duradouro da milagrosa intervenção de Deus. Este capítulo destaca a importância de lembrar os feitos de Deus e transmitir as histórias de Sua intervenção às gerações futuras, reforçando o tema da orientação e fidelidade divinas à medida que os israelitas solidificam sua conexão com a tão esperada terra prometida.
Josué 4
A Travessia Comemorada e Realizada. 4: 1-18
Antes que os sacerdotes levando a arca pudessem abandonar seu posto, recolheram-se pedras para dois marcos, e um deles foi levantado onde os sacerdotes se encontravam no rio.
4:l. Falou o Senhor. Antes, aquilo que o Senhor falou. A repetição da ordem divina - sem dúvida transmitida por ocasião de 3:7, 8, pois Josué já tinha indicado os doze homens (3:12) - foi feita aqui para introduzir a narrativa de sua execução.
4:5. Este versículo pode ser traduzido assim: Passai à presença (isto é, vizinhança) da arca de Jeová vosso Deus, até o meio do Jordão, e tome cada um uma pedra sobre seus ombros... Josué e os doze indicados podiam ter ficado na margem oriental do rio até que toda a multidão atravessasse.
4:6, 7. O monte de pedras seria um testemunho do poder de Deus e Sua fidelidade em levar todo Israel de volta à Terra Prometida (cons. 4:21-24). Tanto o AT como a arqueologia testificam do frequente uso de pedras levantadas (massebôt) e montes de pedras como monumentos para comemoração de teofanias (Gn. 28:18; 35:14), votos ou alianças (Gn. 31:45-53; Is. 24:26), acontecimentos sobrenaturais (I Sm. 7:10-12), ou mesmo em homenagem de parentes ou tribos (Gn. 35:20; Êx. 24:4). Um altar, se fosse construído de pedras toscas (Êx. 20: 25), serviria para os mesmos propósitos (Is. 19:19; Is. 22:10, 26-34 ; cons. Gn, 12; 7; 26:24, 25 ; 35:1, 3, 7; Êx. 17:15; Dt. 27:1-8 ; Is. 8:30-35).
4:9. Levantou Josué doze pedras no meio do Jordão, exatamente no lugar onde os sacerdotes tinham ficado. Esse lugar devia ser sobre a margem oriental, onde eles puseram os pés ao entrar nas águas, pois nem 3:17 nem 4:9, 10 indicam que eles tenham entrado pelo rio adentro. Por isso o monumento devia ficar facilmente visível durante a maior parte do ano. Observe que os dois montes de doze pedras davam testemunho do fato de que todas as doze tribos estavam juntas no deserto e entraram em Canaã ao mesmo tempo.
4:10. E o povo se apressou, e passou. Esta declaração se explica retrospectivamente (isto é, tinha se apressado) como os sacerdotes puderam aguardar pacientemente.
4:12, 13. Os homens das tribos da Transjordânia, desembaraçados das famílias e fardos, dirigiram a travessia (1:12-18).
4:14. O Senhor engrandeceu a Josué na qualidade de líder divinamente escolhido, capacitando-o a levar o povo em segurança até o outro lado (cons. 1:5, 17; 3; 7).
4:15-18. Esta passagem dá um registro mais completo de 4:11. Traduza 4:15 assim: Pois o Senhor falara a Josué...
O Levantamento de um Monumento em Gilgal. 4:19-5:1.
O primeiro acampamento dos israelitas em Canaã, e o seu quartel general para a conquista da terra foi em Gilgal, três a quatro quilômetros a noroeste de Jericó, perto de Kirbet el-Mefjir. Como na praia oposta, aqui também as pedras foram amontoadas formando um monumento, cada uma delas sendo pequena demais para ser uma coluna individual (massebé). O nome Gilgal, contudo, que significa “círculo”, evidentemente já pertencia ao lugar, pois parece que Moisés já o conhecia (Dt. 11:30). Talvez para indicar o lugar do sepultamento de algum culto, como em Stonehenge ou Micenas, os cananitas tenham anteriormente instalado pedras esculpidas em um circulo perto de Gilgal (Jz. 3:19), de modo que os israelitas estabeleceram ali um monumento a Jeová para contrapor-se às práticas idólatras.
4:19. No dia dez do primeiro mês. Abib (Êx. 13;4) ou Nisã (Ne. 2:1), o nosso março-abril, 1407/6 A.C. Acamparam justo em tempo de selecionar o cordeiro pascal (Êx. 12: 3) para ser morto no décimo quarto dia (cons. Is. 5:10), a providência de Deus ajeitando exatamente que, quarenta anos após deixarem a terra da escravidão, eles pudessem entrar na terra prometida.
4:23. Como o Senhor vosso Deus fez ao Mar Vermelho. Estas são duas provas marcantes do poder e da misericórdia de Jeová na história da nação israelita, jamais esquecidas pelos salmistas e profetas (Sl. 66:6; 74:13, 15; 114:3, 5; Is. 50:2; Hc. 3:8).
4:24. Para que todos os povos da terra conheçam que a mão do Senhor é forte. Este propósito foi realizado de maneira extraordinária tão logo os diversos povos que habitavam na terra de Canaã ouviram as noticias (5:1).
Provavelmente confiaram que o Jordão transbordante agisse como uma barreira intransponível, pelo menos temporariamente. Mas quando souberam que fora completamente esvaziado, sua moral sofreu um colapso completo diante de tão incontestável prova de que o Jeová dos invasores era um Deus real, vivo e poderoso.
Índice: Josué 1 Josué 2 Josué 3 Josué 4 Josué 5 Josué 6 Josué 7 Josué 8 Josué 9 Josué 10 Josué 11 Josué 12 Josué 13 Josué 14 Josué 15 Josué 16 Josué 17 Josué 18 Josué 19 Josué 20 Josué 21 Josué 22 Josué 23 Josué 24
Josué 4
A Travessia Comemorada e Realizada. 4: 1-18
Antes que os sacerdotes levando a arca pudessem abandonar seu posto, recolheram-se pedras para dois marcos, e um deles foi levantado onde os sacerdotes se encontravam no rio.
4:l. Falou o Senhor. Antes, aquilo que o Senhor falou. A repetição da ordem divina - sem dúvida transmitida por ocasião de 3:7, 8, pois Josué já tinha indicado os doze homens (3:12) - foi feita aqui para introduzir a narrativa de sua execução.
4:5. Este versículo pode ser traduzido assim: Passai à presença (isto é, vizinhança) da arca de Jeová vosso Deus, até o meio do Jordão, e tome cada um uma pedra sobre seus ombros... Josué e os doze indicados podiam ter ficado na margem oriental do rio até que toda a multidão atravessasse.
4:6, 7. O monte de pedras seria um testemunho do poder de Deus e Sua fidelidade em levar todo Israel de volta à Terra Prometida (cons. 4:21-24). Tanto o AT como a arqueologia testificam do frequente uso de pedras levantadas (massebôt) e montes de pedras como monumentos para comemoração de teofanias (Gn. 28:18; 35:14), votos ou alianças (Gn. 31:45-53; Is. 24:26), acontecimentos sobrenaturais (I Sm. 7:10-12), ou mesmo em homenagem de parentes ou tribos (Gn. 35:20; Êx. 24:4). Um altar, se fosse construído de pedras toscas (Êx. 20: 25), serviria para os mesmos propósitos (Is. 19:19; Is. 22:10, 26-34 ; cons. Gn, 12; 7; 26:24, 25 ; 35:1, 3, 7; Êx. 17:15; Dt. 27:1-8 ; Is. 8:30-35).
4:9. Levantou Josué doze pedras no meio do Jordão, exatamente no lugar onde os sacerdotes tinham ficado. Esse lugar devia ser sobre a margem oriental, onde eles puseram os pés ao entrar nas águas, pois nem 3:17 nem 4:9, 10 indicam que eles tenham entrado pelo rio adentro. Por isso o monumento devia ficar facilmente visível durante a maior parte do ano. Observe que os dois montes de doze pedras davam testemunho do fato de que todas as doze tribos estavam juntas no deserto e entraram em Canaã ao mesmo tempo.
4:10. E o povo se apressou, e passou. Esta declaração se explica retrospectivamente (isto é, tinha se apressado) como os sacerdotes puderam aguardar pacientemente.
4:12, 13. Os homens das tribos da Transjordânia, desembaraçados das famílias e fardos, dirigiram a travessia (1:12-18).
4:14. O Senhor engrandeceu a Josué na qualidade de líder divinamente escolhido, capacitando-o a levar o povo em segurança até o outro lado (cons. 1:5, 17; 3; 7).
4:15-18. Esta passagem dá um registro mais completo de 4:11. Traduza 4:15 assim: Pois o Senhor falara a Josué...
O Levantamento de um Monumento em Gilgal. 4:19-5:1.
O primeiro acampamento dos israelitas em Canaã, e o seu quartel general para a conquista da terra foi em Gilgal, três a quatro quilômetros a noroeste de Jericó, perto de Kirbet el-Mefjir. Como na praia oposta, aqui também as pedras foram amontoadas formando um monumento, cada uma delas sendo pequena demais para ser uma coluna individual (massebé). O nome Gilgal, contudo, que significa “círculo”, evidentemente já pertencia ao lugar, pois parece que Moisés já o conhecia (Dt. 11:30). Talvez para indicar o lugar do sepultamento de algum culto, como em Stonehenge ou Micenas, os cananitas tenham anteriormente instalado pedras esculpidas em um circulo perto de Gilgal (Jz. 3:19), de modo que os israelitas estabeleceram ali um monumento a Jeová para contrapor-se às práticas idólatras.
4:19. No dia dez do primeiro mês. Abib (Êx. 13;4) ou Nisã (Ne. 2:1), o nosso março-abril, 1407/6 A.C. Acamparam justo em tempo de selecionar o cordeiro pascal (Êx. 12: 3) para ser morto no décimo quarto dia (cons. Is. 5:10), a providência de Deus ajeitando exatamente que, quarenta anos após deixarem a terra da escravidão, eles pudessem entrar na terra prometida.
4:23. Como o Senhor vosso Deus fez ao Mar Vermelho. Estas são duas provas marcantes do poder e da misericórdia de Jeová na história da nação israelita, jamais esquecidas pelos salmistas e profetas (Sl. 66:6; 74:13, 15; 114:3, 5; Is. 50:2; Hc. 3:8).
4:24. Para que todos os povos da terra conheçam que a mão do Senhor é forte. Este propósito foi realizado de maneira extraordinária tão logo os diversos povos que habitavam na terra de Canaã ouviram as noticias (5:1).
Provavelmente confiaram que o Jordão transbordante agisse como uma barreira intransponível, pelo menos temporariamente. Mas quando souberam que fora completamente esvaziado, sua moral sofreu um colapso completo diante de tão incontestável prova de que o Jeová dos invasores era um Deus real, vivo e poderoso.
Índice: Josué 1 Josué 2 Josué 3 Josué 4 Josué 5 Josué 6 Josué 7 Josué 8 Josué 9 Josué 10 Josué 11 Josué 12 Josué 13 Josué 14 Josué 15 Josué 16 Josué 17 Josué 18 Josué 19 Josué 20 Josué 21 Josué 22 Josué 23 Josué 24