Significado de 1 Coríntios 11
1 Coríntios 11
1 Coríntios 11 é uma continuação da instrução de Paulo à igreja sobre a conduta adequada durante os cultos de adoração. Ele começa elogiando os coríntios por se lembrarem das tradições que lhes transmitiu, mas também oferece uma palavra de correção em relação ao comportamento deles durante a Ceia do Senhor. Paulo enfatiza a importância de abordar a Ceia do Senhor com reverência e unidade, alertando os coríntios contra o egoísmo e a divisão.
Paulo também aborda a questão de cobrir a cabeça, que era uma prática cultural em Corinto. Ele explica que o homem não deve cobrir a cabeça durante a adoração, pois ele é a imagem e a glória de Deus, mas que a mulher deve cobrir a cabeça como símbolo de submissão à autoridade. Ele enfatiza que esta é uma questão de costume e propriedade cultural, e não uma questão teológica, e que os cristãos devem respeitar as normas culturais enquanto permanecem fiéis a Deus.
Finalmente, Paulo aborda a questão da divisão dentro da igreja, que estava causando conflitos e desunião. Ele enfatiza a importância da unidade e do amor dentro do corpo de Cristo, encorajando os coríntios a reconhecer sua dependência mútua e a abordar suas diferenças com humildade e respeito.
No geral, 1 Coríntios 11 fornece orientação sobre a conduta adequada durante os cultos e a importância da unidade e do amor dentro do corpo de Cristo. Paulo enfatiza a importância de abordar a Ceia do Senhor com reverência e unidade, e adverte contra o egoísmo e a divisão. Ele também aborda a questão de cobrir a cabeça, enfatizando a importância de respeitar as normas culturais enquanto permanece fiel a Deus. Finalmente, ele encoraja os coríntios a abordarem suas diferenças com humildade e respeito, reconhecendo sua dependência mútua dentro do corpo de Cristo.
II. Hebraísmos e o Texto Grego
Em 1 Coríntios 11, a fraseologia grega de Paulo deixa ver, por baixo, uma matriz semita que molda tanto a seção sobre oração e coberturas de cabeça (11:2–16) quanto a correção da Ceia do Senhor (11:17–34). Logo em 11:2, “tradições” (paradoseis) e o par “receber/entregar” (paralambanō/paradidōmi) soam como tradução, em koiné, do gesto de aliança no qual o mediador recebe do Senhor e transmite ao povo: “E Moisés referiu ao povo todas as palavras do Senhor” (Êxodo 24:3; cf. Deuteronômio 4:5). Em 11:3, o termo “cabeça” (kephalē) opera com a semântica hebraica de rôʾsh (“cabeça/principal/chefe”), usada para liderança e primazia (“o Senhor te porá por cabeça, e não por cauda”, Deuteronômio 28:13; “cabeças das casas”, Números 1:4). Não é mera anatomia; é eixo relacional lido à luz da criação: Gênesis 1–2 já fornece o pano de fundo para a ordem e a interdependência que Paulo invocará.
Quando Paulo fala de “orar ou profetizar” com a cabeça coberta/descoberta (11:4–5), os verbos katakalyptō (“cobrir”) e akatakalyptos (“descoberta”) caminham dentro da gramática honra/vergonha do Antigo Testamento. Cobrir e descobrir a cabeça aparecem em contextos de honra, recato e, por vezes, de vergonha ritual: Rebeca “tomou o véu e se cobriu” diante de Isaque (Gênesis 24:65); a “descoberta da cabeça” da mulher no rito de suspeita apontava desonra pública (Números 5:18); a humilhação de Babilônia é descrita como “descobre as tranças, desnuda as pernas” (Isaías 47:2). O véu de Moisés (Êxodo 34:33–35) mostra ainda que cobrir a face pode marcar uma economia de glória. Paulo transpõe esse campo ao culto cristão, onde gestos visíveis sinalizam disposições do coração e da assembleia.
Em 11:7, a dupla “imagem” e “glória” (eikōn e doxa) tem por baixo Gênesis 1:26–27 (“façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança”) e Salmo 8:5 (“de glória e honra o coroaste”), onde kāvōd (“glória”) dá o lastro semita de doxa. O homem como “imagem e glória de Deus” e a mulher como “glória do homem” não negam a imago Dei de ambos (Gênesis 1:27), mas dialogam com Gênesis 2:18–23 (procedência e reciprocidade: “osso dos meus ossos”), que Paulo torna explícita em 11:8–9 (“a mulher foi feita do homem… por causa do homem”) com ecos da vocação de “auxiliadora idônea”. Em 11:10, “a mulher deve ter exousia [‘autoridade’] sobre a cabeça por causa dos anjos” condensa três fios hebraicos: (1) exousia como posse de competência/encargo, não mera passividade; (2) culto sob o olhar do conselho celeste (Isaías 6:1–3; Salmo 89:5–7; Salmo 138:1); (3) a noção de que seres celestiais assistem e reagem a condutas humanas no culto (Eclesiastes 5:6: “não digas diante do anjo que foi erro”). A cláusula “por causa dos anjos” pressupõe, pois, liturgia como ato público diante de céu e terra.
O equilíbrio semita retorna em 11:11–12: “no Senhor, nem a mulher sem o homem, nem o homem sem a mulher... como a mulher procede do homem, assim também o homem nasce da mulher; mas tudo vem de Deus”. A cadência é sapiencial e recolhe Gênesis 1:27 (“macho e fêmea os criou”), insistindo na interdependência que a criação estabelece. Quando Paulo apela à “natureza” (physis) em 11:14–15, o argumento se ancora em sinais culturais estabilizados, mas encontra ressonâncias veterotestamentárias: o cabelo longo como sinal de consagração no nazireado (Números 6:5) e o elogio poético do cabelo feminino como ornamento (Cântico dos Cânticos 4:1; 6:5). O fecho “se alguém quer ser contencioso, nós não temos tal costume, nem as igrejas de Deus” (11:16) ecoa a fórmula halácica semita “tal coisa não se faz em Israel” (Juízes 19:30), fixando costume e comunhão como critérios.
A segunda metade (11:17–34) está saturada de léxico e estruturas da aliança. “Quando vos juntais como igreja” (11:18) verte o qāhāl de Israel (assembleia convocada) para ekklēsia, e a denúncia de humilhar “os que nada têm” (11:22) repica os profetas contra festas que desprezam o pobre (Amós 5:21–24; Isaías 58:1–7). O núcleo eucarístico (11:23–26) é expresso em grego com alma hebraica: “recebi do Senhor o que também vos entreguei” repete o par “receber/entregar” já citado (Êxodo 24:3; Deuteronômio 4:5). “Na noite em que foi entregue” (paredideto) aponta à Páscoa histórica do Messias e põe em paralelo a “entrega” do Cordeiro com a “entrega” do rito. “Tomou o pão e, tendo dado graças” (eucharistēsas) recolhe a beraká judaica sobre o pão e a taça (Salmo 116:13: “tomarei o cálice da salvação e invocarei o nome do Senhor”). “Isto é o meu corpo... este cálice é a nova aliança no meu sangue... fazei isto em memória de mim” verte três fórmulas pactuais do Antigo Testamento: (1) o “sangue da aliança” de Êxodo 24:8; (2) a “nova aliança” prometida em Jeremias 31:31–34; (3) o “memorial” (zikkārôn) de Êxodo 12:14 e Levítico 24:7 ao qual responde anamnesis (“memória”) — não mera lembrança psicológica, mas reatualização litúrgica do feito salvador de Deus. “Anunciais a morte do Senhor até que ele venha” (11:26) junta o memorial pascal (“quando vos perguntarem vossos filhos...”, Êxodo 12:26–27) à esperança escatológica reafirmada por Jesus (“não beberei deste fruto da videira até aquele dia...”, Mateus 26:29).
As advertências a seguir mantêm o corte semita. “Quem comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente será culpado do corpo e do sangue do Senhor” (11:27): a expressão “culpado de sangue” tem paralelos legais fortes (Levítico 17:4: “sangue lhe será imputado”; Ezequiel 3:18; 2 Samuel 3:28–29). “Examine-se, pois, o homem a si mesmo” (dokimazetō, 11:28) conversa com Lamentações 3:40 (“examinemos os nossos caminhos”) e com o pedido de sondagem do Salmo 139:23–24. “Discernindo o corpo” (diakrinō to sōma, 11:29) dá voz ao verbo hebraico de discernimento bîn (Provérbios 2:2–5) e à distinção entre santo e comum (Levítico 10:10; 22:2, 15), aqui aplicada à mesa do Senhor. A consequência disciplinar — “muitos fracos e doentes entre vós, e não poucos dormem” (11:30) — ecoa as sanções pactuais de Levítico 26 e Deuteronômio 28, mas sob misericórdia pedagógica: “quando julgados pelo Senhor, somos disciplinados, para não sermos condenados com o mundo” (11:32) — o mesmo princípio de Provérbios 3:11–12 e Hebreus 12:5–11. O contraste “se nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados” (11:31) repete o paralelismo antitético hebraico, alinhando krinō/diakrinō à sabedoria que se antecipa ao juízo.
Os detalhes práticos finalizam a mesma teologia. “Esperai uns pelos outros” (11:33) é tradução de ḥesed em mesa: a refeição sagrada deve incluir e edificar (Deuteronômio 12:7; 16:11, 14, com Levitas, estrangeiros e necessitados partilhando a alegria). “Se alguém tem fome, coma em casa” (11:34) protege o santo contra profanação, lembrando a acusação de Malaquias 1:7 (“profanais a mesa do Senhor”) e o pecado de Hofni e Fineias, que perverteram a mesa sacrificial (Primeiro Samuel 2:12–17). A “Ceia do Senhor” (kyriakon deipnon) não é banquete de status; é refeição de aliança.
Em síntese, o grego de 1 Coríntios 11 é veículo de uma mente saturada da Escritura: kephalē com rôʾsh; eikōn/doxa com ṣelem/kāvōd; cobrir/descobrir a cabeça com Gênesis, Números e Isaías; exousia como encargo diante dos anjos que adoram; ekklēsia como qāhāl; eucharistēsas como beraká; anamnesis como zikkārôn; “sangue da aliança” e “nova aliança” como Êxodo 24 e Jeremias 31; “culpado do sangue” como fórmula legal; “discernir” como bîn que separa santo e comum; disciplina como amor pactual. Assim, cada linha grega mantém cheiro de tenda, altar e assembleia: sinais visíveis e palavras pactuais que, no Cristo, preservam honra, mutualidade e reverência na adoração — e, na mesa, fazem memória eficaz da Páscoa definitiva “até que Ele venha”.
II. Comentário de 1 Coríntios 11
1 Coríntios 10.31-11:1 Fazer tudo para a glória de Deus inclui incentivar os irmãos cristãos e propagar as boas-novas acerca de Cristo. Paulo fez isso quando se recusou a escandalizar judeus, gregos ou a igreja de Deus, ainda que, para isso, sua liberdade tivesse de ser restrita. Como Cristo, Paulo não procurou fazer as coisas como bem entendia para agradar a si mesmo; pelo contrário, ele desejava ajudar os outros (v. 24). Esse deve ser nosso desejo também.1 Coríntios 11:2-34 Estes versículos seguem uma seção extensa, a qual trata do modo descabido com o qual os coríntios haviam-se aproveitado de sua liberdade em Cristo. Após uma série de repreensões leves (1 Co 1.10, 11; 3.1; 4.7-13, 18; 5.1-3; 6.1-6; 7.1-5; 8.9-12; 10.1-14), o apóstolo começou essa seção louvando os coríntios, porque eles estavam obedecendo a certas tradições que o apóstolo lhes havia ensinado.
1 Coríntios 11:2 E louvo-vos é uma expressão que reflete o verdadeiro apreço da parte de Paulo. Os coríntios haviam cometido muitos erros, mas não estavam totalmente corrompidos, pois tinham seguido as instruções do apóstolo em determinadas áreas.
1 Coríntios 11:3 Mas introduz uma exceção ao elogio que Paulo havia feito aos coríntios no verso 2. Ele queria instruir os coríntios sobre outro ponto que causava confusão. Cabeça, primeiro, significa autoridade quando é usada no contexto de relacionamentos humanos. Alguns dizem que cabeça também pode significar fonte ou origem, uma afirmação que, agora, é rejeitada por autoridades no léxico grego. O varão, a cabeça da mulher. Os relacionamentos entre homens e mulheres não envolvem inferioridade, pois, na oração paralela, Cristo não é inferior a Deus, o Pai. Submissão não indica inferioridade, mas subordinação. Assim como Cristo e Deus são igualmente divinos, homens e mulheres são seres semelhantes. Contudo, assim como Jesus e Deus Pai têm papéis diferentes no plano de salvação do Senhor, homens e mulheres receberam papéis diferenciados.
1 Coríntios 11:4 Que ora ou profetiza pode referir-se especificamente à oração de intercessão similar àquela dos profetas do Antigo Testamento (Gn 20.7; 1 Sm 12.23; Jr 27.18) ou de Ana (Lc 2.36-38), ou à combinação de línguas e oração (1 Co 14.13-16; At 2.4; 10.46). Tendo a cabeça coberta, provavelmente, refere-se ao homem cobrindo os cabelos de sua cabeça. Desonra a sua própria cabeça. E impossível dizer se cabeça aqui faz menção à cabeça física do homem ou a Cristo, a Cabeça inquestionável do homem (v. 3). Qualquer uma das duas interpretações é possível. Talvez, Paulo quisesse que a palavra tivesse um sentido duplo.
1 Coríntios 11:5, 6 Toda mulher que ora ou profetiza. As mulheres, obviamente, tinham permissão para orar e profetizar na congregação em Corinto, porque não teria sentido Paulo dar instruções para algo que elas não tinham permissão para fazer. Desonra a sua própria cabeça se refere à cabeça física da mulher ou ao seu marido como sua cabeça, ou, possivelmente, às duas opções (v. 4). Não cobrir a cabeça com o próprio cabelo era tão vergonhoso para a mulher quanto ter a cabeça rapada, um sinal de desonra pública.
1 Coríntios 11:7-9 O varão não provém da mulher, mas a mulher, do varão. A mulher foi tirada de um dos lados do homem (Gn 2.21). A mulher, por causa do homem é uma maneira de Paulo expressar o conceito da auxiliadora, presente em GÊnesis 2.20. Isso não significa que a mulher seja inferior ao homem; refere-se apenas aos propósitos de Deus para o homem e para a mulher na ordem da criação.
1 Coríntios 11:10 As mulheres deveriam cobrir a cabeça por causa dos anjos. E óbvio que os anjos de Deus estão presentes na reunião da igreja e, na verdade, aprendem com a obra de graça do Senhor por meio da vida e da adoração do povo de Deus (Ef 3.10). Símbolo de poderio. Este poderia ser um símbolo da autoridade da mulher para profetizar na nova era da igreja, a qual foi inaugurada quando o Espírito Santo foi dado no Pentecostes (v. 5). Também poderia referir-se a um símbolo da autoridade do homem sobre a mulher (v. 3).
1 Coríntios 11:11, 12 Nem... sem. Homem e mulher precisam um do outro, e, como criaturas de Deus, ambos dependem dele. Nem o homem nem a mulher podem ter algum direito a uma posição especial a não ser o que Deus intentou para eles como seu Criador.
1 Coríntios 11:13-15 Parece que natureza se refere, segundo o uso de Paulo, ao modo como as coisas naturalmente deveriam ser (compare com Rm 1.26; 2.14, 27; também leia 11:21, 24; G12.15; 4.8). Para Paulo, é natural que homens e mulheres sejam diferentes. As mulheres podem expressar isso ao usarem o cabelo mais longo que o dos homens.
1 Coríntios 11:16 Não temos tal costume. O que Paulo diz aqui pressupõe sua pergunta direta no verso 13 e sua visão do que seja natural no versículo 14. Para a pergunta: “E decente que a mulher ore a Deus descoberta?”, a resposta deve ser ressonante: “E claro que não!”, isto é, se alguém quiser dar algum sentido para a discussão de Paulo sobre esta questão. Os cristãos em Corinto deveriam observar este costume universal. Nenhuma outra igreja permitia a uma mulher profetizar sem cobrir sua cabeça, e a igreja em Corinto não era diferente.
1 Coríntios 11:17-34 Esta passagem diz respeito às atividades impróprias que estavam ocorrendo quando a igreja se reunia para participar da celebração da eucaristia ou ceia do Senhor.
1 Coríntios 11:17 Não vos louvo. Em contraste com o elogio de Paulo no versículo 2, de que os coríntios haviam obedecido a muitos de seus ensinos, aqui ele expressa preocupação pelas práticas pecaminosas dos coríntios durante a adoração. Ajuntais é um termo técnico que se refere à reunião da igreja e é usado três vezes nesta passagem (v. 18, 20).
1 Coríntios 11:18 Dissensões. E tentador compararmos as dissensões aqui com os problemas que aparecem no capítulo 1, mas parece que as dissensões, nesse versículo, estão relacionadas aos eventos que aconteciam quando a igreja se reunia para a ceia do Senhor. E possível que as dificuldades estivessem acima de distinções referentes a classes de ricos e pobres, ou judeus e gentios. Quando a Igreja se reúne, todos devem se ajuntar como irmãos, mas, ao que parece, não era isso que acontecia em Corinto. Em vez da união recomendada por Paulo em 1 Coríntios 11:17 e enfatizada novamente nos capítulos 12 14, havia divisão entre os cristãos.
1 Coríntios 11:19 Os aprovados (ARA). Um dos resultados positivos decorrentes da divisão ou dos partidos (ARA) na igreja é que se torna óbvio quem são os verdadeiros cristãos na congregação.
1 Coríntios 11:20-22 A Ceia do Senhor era a peça central da adoração da igreja do primeiro século. Reunidos em torno de uma mesa, os irmãos se encontravam com o Senhor e uns com os outros em unidade. Cristo havia expressado esse tipo de humildade e unidade quando instituiu a ceia (Mt 26.26-30; Mc 14-22-26; Lc 22.14-23). Os cristãos coríntios estavam tomando antecipadamente a sua própria ceia, violando o espírito e o propósito da refeição. Ao agirem assim, eles mostravam desprezo pela Igreja de Deus e envergonhavam aqueles que nada têm (v. 22).
1 Coríntios 11:21 Porque, comendo [...] um tem fome, e outro embriaga-se. Na igreja do primeiro século, a ceia do Senhor normalmente era precedida por uma refeição para comunhão, mais tarde conhecida como a Festa Àgape. No final, tantos problemas acompanhavam essas festas, que, no Concílio de Cartago (397 d.C.), elas foram estritamente proibidas. E foi o que aconteceu em Corinto. Quando se ajuntavam, os coríntios não comiam juntos; consequentemente, isso não podia ser chamado de comunhão, e o comportamento deles desonrava tanto o Senhor, que a reunião dificilmente poderia ser chamada de ceia do Senhor. Alguns, na verdade, ficavam embriagados.
1 Coríntios 11:22-25 Eu recebi do Senhor se refere à revelação que Paulo recebeu de Cristo sobre o significado da morte e da ressurreição do Senhor representado pelos elementos da santa ceia; simbolismo que Paulo ensinou aos irmãos, explicando-os novamente.
1 Coríntios 11:24, 25 Tomai, comei [...] partido são palavras omitidas nos melhores manuscritos. Isto é o meu corpo. Sem dúvida, uma expressão não literária, mas figurativa. Ele estava ali, no meio dos discípulos, participando com eles do elemento do pão, que significa Sua encarnação. Que é [...] por vós. Isso significa o caráter sacrifical e vicário da morte de Cristo. Ele é relembrado nesta mesa, não como um grande exemplo, ou mestre, ou mesmo profeta, mas como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim. Contrastando com a reunião muitas vezes impensada e negligente dos cristãos coríntios em sua chamada festa do amor, Jesus pediu aos Seus discípulos: “Lembrai-vos de mim”.
1 Coríntios 11:26 Anunciais a morte do Senhor, até que venha. A ceia do Senhor remonta à morte de Cristo e aguarda Sua Segunda Vinda (Mt 26.29; Mc 14-25; Lc 22.18).
1 Coríntios 11:27-29 Indignamente se refere ao modo como uma pessoa participa da ceia do Senhor. Os coríntios estavam transformando a refeição em um momento para exagerarem na comida e se embriagarem, em vez de fazerem daquela ocasião um tempo para refletirem na morte e na ressurreição do Senhor Jesus Cristo.
1 Coríntios 11:30 Dormem, neste contexto, refere-se à morte de cristãos (1 Co 15.18; 1 Ts 4.15, 16). Esta passagem se refere à morte precoce, um castigo sofrido por alguns cristãos que não se examinavam à mesa do Senhor (v. 28).
1 Coríntios 11:31, 32 Se nós nos julgássemos a nós mesmos, o Pai não precisaria corrigir-nos. Mas, quando os cristãos não estiverem dispostos a fazer este autoexame, Deus mesmo irá corrigi-los.
1 Coríntios 11:33, 34 Esperai uns pelos outros. Paulo conclui sua discussão sobre a ceia do Senhor com uma exortação prática, para que os cristãos coríntios demonstrassem a devida preocupação uns pelos outros. Ele insinua, nas palavras coma em casa, que desaprova as frequentes festas do amor. E ele mostra novamente uma preocupação pastoral quando expressa a ideia para que vos não ajunteis para condenação. Paulo não se deleita com a mão disciplinadora do Senhor. Ordená-las-ei (do grego diatasso) refere-se às providências visivelmente práticas (1 Co 16.1; G1 3.19). Qualquer outro detalhe relacionado à ceia do Senhor, Paulo esclareceria em sua visita à cidade.
Índice: 1 Coríntios 1 1 Coríntios 2 1 Coríntios 3 1 Coríntios 4 1 Coríntios 5 1 Coríntios 6 1 Coríntios 7 1 Coríntios 8 1 Coríntios 9 1 Coríntios 10 1 Coríntios 11 1 Coríntios 12 1 Coríntios 13 1 Coríntios 14 1 Coríntios 15 1 Coríntios 16