Estudo sobre Jeremias 34

Estudo sobre Jeremias 34

Estudo sobre Jeremias 34




Jeremias 34 

Uma última palavra a Zedequias (34.1-7). 
O ataque dos babilônios e de seus aliados contra Judá começou com sucesso no final de 589 a.C, depois da rebelião de Zedequias. As cidades e vilas vizinhas (incluindo Anatote) foram devastadas rapidamente. Laquis e Azeca (os atuais Tell ed-Duweir e Tell ez-Zakarlyah, c. 45 e 25 quilômetros a sudoeste de Jerusalém respectivamente) são mencionadas nas cartas de Laquis daquela época (e.g., número IV) como estando em grande expectativa do ataque e em comunicação entre Sl por meio de sinais de fogo. No entanto, Nabucodonosor ainda não avançou mais para o sul, talvez em virtude da ajuda prometida a Jerusalém por Hofra do Egito. Pode bem ter sido em um intervalo temporário do cerco causado por essa ameaça aos invasores babilônios que Zedequias recebeu a mensagem de Jeremias acerca do destino da capital e dele mesmo (v. 1-7). A formulação em palavras do seu encontro com Nabucodonosor (v. 3, “Com os seus próprios olhos você verá o rei da Babilônia”) pode ter sido interpretada posteriormente como uma predição da sua cegueira (39.5-7). Se ele tivesse desistido da resistência, como foi aconselhado agora, isso poderia ter sido evitado. Não há necessidade de emendas nos v. 4,5 para que se leia “obedeça à voz de Deus e assim você não morrerá à espada” (como fazem algumas versões, visto que a LXX omite o v. 4b; cf. 38.17). A morte de Zedequias (v. 5) não é detalhada em lugar algum, mas o sepulta-mento com todas as honras militares está em concordância com 2Cr 16.14.
Uma aliança quebrada (34.8-22). O alívio temporário do cerco (v. 21,22) traria falsas esperanças de ajuda bem-sucedida do Egito. Ele pode ter induzido os homens de Jerusalém a retornarem a uma aliança solenemente jurada no templo (v. 15,18; cf. Ex 20.17) para se aterem à lei hebraica promulgada na época do êxodo (Ex 21.2; Dt 15.12) para garantir a liberdade do indivíduo forçado a se submeter a um senhor para pagar a sua dívida. E uma reação humana natural ao perigo mostrar repentino zelo em obedecer a uma lei de Deus antes negligenciada (aqui, Ex 21.2; Dt 15.12). O seu propósito pode ter sido aumentar o poderio militar de defesa ou diminuir a possibilidade de deserção para o lado inimigo. Os escravos dos hebreus deveriam ter recebido a garantia de liberdade (v. 8, derõr denota a liberação da escravidão e dívidas por uma proclamação real, cf. o babilônio andurãrum) depois de cada seis anos, i.e., a cada sete anos (v. 13,14).
O cativeiro vindouro vai ser o julgamento de Deus dos que tiram a liberdade dos seus iguais (i.e., assim violam a lei de Deus). Deus vai garantir a “liberdade” às “forças naturais” do castigo para privar os transgressores da liberdade de vida (v. 17). v. 18-20. Os que faziam uma aliança eram obrigados a andar entre as partes do animal sacrificado para a ratificação desse acordo (Gn 15.9-11, 17 como também nos textos babilônicos de Mari). Ao mesmo tempo, eles invocavam sobre Sl um destino semelhante se falhassem no cumprimento das condições estipuladas, v. 20-22. Ficar insepulto era um destino infame para qualquer semita (cf. 15.3).

Índice: Jeremias 1 Jeremias 2 Jeremias 3 Jeremias 4 Jeremias 5 Jeremias 6 Jeremias 7 Jeremias 8 Jeremias 9 Jeremias 10 Jeremias 11 Jeremias 12 Jeremias 13 Jeremias 14 Jeremias 15 Jeremias 16 Jeremias 17 Jeremias 18 Jeremias 19 Jeremias 20 Jeremias 21 Jeremias 22 Jeremias 23 Jeremias 24 Jeremias 25 Jeremias 26 Jeremias 27 Jeremias 28 Jeremias 29 Jeremias 30 Jeremias 31 Jeremias 32 Jeremias 33 Jeremias 34 Jeremias 35 Jeremias 36 Jeremias 37 Jeremias 38 Jeremias 39 Jeremias 40 Jeremias 41 Jeremias 42 Jeremias 43 Jeremias 44 Jeremias 45 Jeremias 46 Jeremias 47 Jeremias 48 Jeremias 49 Jeremias 50 Jeremias 51 Jeremias 52