Estudo sobre Levítico 14
Levítico 14
4) O ritual de purificação
(14.1-57)
a) Para pessoas doentes
(14.1-20)
v. 3. O sacerdote tinha de
sair do acampamento porque o homem não podia ser admitido até que fosse
declarado puro (cf. 13.46). v. 4. cedro [...]pano vermelho [...] ramo
dehissopo também eram usados no ritual de purificação da novilha
(Nm 19.6), sendo queimados com a novilha para produzir cinzas que eram
acrescentadas à água da purificação. Acerca do hissopo em
associação com a purificação, v. também SL 51.7. Na tradição judaica, a
madeira de cedro era considerada um símbolo do orgulho humano, uma
interpretação que foi aprovada por alguns tipologistas cristãos. E
interessante observar que o pano vermelho (lit. “pano escarlata de
um verme”) para os intérpretes judeus simbolizava a humildade (com
ênfase no “verme”); intérpretes cristãos com tendências anagógicas semelhantes,
mas sem se apoiarem no hebraico na maioria dos casos, consideraram que ela
representa a grandeza aparente do homem (pois o que mais a “escarlata”
poderia representar?)! v. 5. água da fonte é lit. “água viva”, água
de uma nascente (fonte), e não de um poço ou cisterna (cf. Jr 2.13;
17.13). A água provavelmente estava na vasilha de barro quando
a ave era morta sobre ela (assim NEB). v. 7. A soltura da ave viva
simboliza a remoção da impureza da pessoa; cf o “bode vivo” no Dia da
Expiação (16.21,22). v. 8,9. A restauração à comunidade antecede a restauração
à vida completa da família. Os sete dias são principalmente um
período de iniciação e, como na iniciação dos sacerdotes, são concluídos
com uma cerimônia no oitavo dia (v. 10; cf. 9.1 lss). 3110 de efa
(nota de rodapé da NVI): provavelmente um décimo de efa para cada um
dos cordeiros sacrificados (cf. Nm 29.4). v. 12. Embora fosse
necessário que se apresentassem quatro ofertas no total, é a oferta
pela culpa que recebe mais atenção. Em 5.14—6.7, a exigência normal de
uma oferta pela culpa é estabelecida como um ”carneiro sem
defeito”. Um homem vivendo fora do acampamento por conta de
impureza cerimonial não teria sido capaz de cumprir as suas
obrigações com Deus no santuário; é nesse sentido que talvez fosse feita a
restituição por meio da oferta pela culpa. V. discussão acerca da ideia de “oferta
movida” em Ex 29.24. v. 14. Esse ritual singular também fazia parte
da ordenação do sacerdote (8.23,24). v. 15ss. O óleo
é aplicado da mesma maneira depois de ter sido aspergido sete vezes
perante o Senhor, v. 18. Milgrom compara isso com uma cerimônia
ugarítica de alforria; uma escrava era libertada quando um oficiante
anunciava: “Eu derramei óleo sobre a sua cabeça e a declarei pura”, v. 19. Os estudiosos
têm dedicado atenção especial aos rituais da oferta pela culpa e da unção
em virtude de sua singularidade. Em contraste com isso, em lugar algum o
texto nos diz qual dos animais restantes era apresentado como a oferta
pelo pecado e qual como holocausto. Com base em
4.28,32, podemos pressupor que a cordeira (v. 10) era destinada para a oferta
pelo pecado, v. 20. E possível que toda a oferta
de cereal era apresentada junto com o holocausto (porém,
v. comentário do v. 10); de qualquer forma, tudo era queimado sobre
o altar (contraste com 2.2).
b) Concessões para os pobres (14.21-32)
v. 21,22. As concessões são as seguintes: uma redução na quantidade
da farinha de três décimos para um décimo de um efa (hebraico; um
jarro no texto da NVI) e a substituição dos animais para a oferta
pelo pecado e o holocausto por duas rolinhas ou dois pombinhos, em
concordância com 1.14-17 e 5.7-10. Não podia haver concessão alguma com
relação aos elementos principais do ritual de purificação, ou seja, o
cordeiro da oferta pela culpa e a caneca de óleo (v.
24). No mais, o ritual é realizado como indicado nos v. 11-20.
c) O
ritual por uma casa (14.33-53)
As manifestações da “lepra”
e o ritual prescrito são bem semelhantes ao do caso das roupas (13.47-59). E
mais uma vez uma questão de ação química ou desenvolvimento de fungos (cf. “infecção
de fungos” da NEB no v. 34) que são semelhantes às doenças humanas
definidas pelo termo “lepra”, v. 34. e eu puser, todos os
aspectos da vida, bons ou maus, no final das contas são determinados por
Deus, o criador da vida (v. Is 45.7; Am 3.6); o AT está muito distante de
qualquer dualismo, v. 37. esverdeadas ou avermelhadas são as
características distintivas como em 13.49. mais profundas do que a
superfície da parede-. esse era o fator mais importante na determinação
de se uma condição humana era de “lepra” (cf. 13.3 etc.), v. 45. Se
existe a recorrência do problema após a implementação das medidas dos v.
38-42, então a casa deve ser destruída. Mas se não houver
nova erupção dos sintomas, o sacerdote declarará pura a casa
(v. 48). O ritual de purificação é semelhante ao realizado por uma pessoa
enferma (cf. v. 4-7).
d) Resumo
(14.54-57)
Esses versículos resumem o
conteúdo dos caps. 13 e 14, embora resumos menores tenham aparecido antes
(13.59; 14.32).
Índice: Levítico 1 Levítico 2 Levítico 3 Levítico 4 Levítico 5 Levítico 6 Levítico 7 Levítico 8 Levítico 9 Levítico 10 Levítico 11 Levítico 12 Levítico 13 Levítico 14 Levítico 15 Levítico 16 Levítico 17 Levítico 18 Levítico 19 Levítico 20 Levítico 21 Levítico 22 Levítico 23 Levítico 24 Levítico 25 Levítico 26 Levítico 27
Índice: Levítico 1 Levítico 2 Levítico 3 Levítico 4 Levítico 5 Levítico 6 Levítico 7 Levítico 8 Levítico 9 Levítico 10 Levítico 11 Levítico 12 Levítico 13 Levítico 14 Levítico 15 Levítico 16 Levítico 17 Levítico 18 Levítico 19 Levítico 20 Levítico 21 Levítico 22 Levítico 23 Levítico 24 Levítico 25 Levítico 26 Levítico 27