Estudo sobre Levítico 27

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Levítico 27

V. A SUBSTITUIÇÃO DE VOTOS E OS DÍZIMOS (27.1-34)
Muitos votos e ofertas prometidos ao santuário poderiam ser trocados por pagamento em dinheiro. O capítulo trata de votos de pessoas (v. 1-8), dedicação de animais (v. 9-13) e dedicação de casas e terra (v. 14-25). Os votos podiam ser feitos por diversas razões, e às vezes eram feitos da forma mais imprudente possível. A aplicação da lei da substituição poderia ter evitado o final trágico da história de Jefté (Jz 11.29-40). A avaliação de pessoas era feita estritamente de acordo com gênero e idade (v. 3-7). Essas pessoas talvez tenham sido prometidas ao santuário para um serviço especial (cf. ISm 1.11); poderiam ser libertos da sua obrigação por meio do pagamento de uma soma em dinheiro. Na avaliação para esse propósito, era a capacidade da pessoa para o trabalho na época da avaliação que era calculada. Se aceitarmos o ponto de vista de que a avaliação mais baixa feita de mulheres — aproximadamente a metade do valor dos homens — refletia uma estima mais baixa pelas mulheres em geral, somos forçados a concluir que a idade avançada também não era respeitada. Noth acha que aqui não se trata simplesmente de um pagamento único, mas de pagamentos regulares; do contrário, a avaliação mais alta deveria ser feita acerca de crianças, visto que, em termos de anos, tinham o maior potencial de trabalho, v. 8. No caso dos pobres, o preço do resgate era estabelecido pelo sacerdote de acordo com os meios da pessoa sujeita para fazer o pagamento. Os v. 9,10 estabelecem que um animal puro aceitável como oferta ao Senhor não pode ser retido, visto que foi dedicado. Qualquer tentativa de apresentar um substituto para o animal dedicado implicaria a perda dos dois. v. 11. Um animal impuro podia ser resgatado caso se acrescentasse um quinto ao seu valor (v. 13). v. 14,15. A regra usada para animais impuros nos v. llss é a mesma que se aplica a uma casa. O resgate das terras (v. 16-25) é organizado dependendo de a terra ter sido herdada (v. 16) ou comprada (v. 22). Os efeitos do ano do jubileu também precisam ser levados em consideração (v. 17, 18; cf. 25.15, 16). v. 16. A quantidade de semente[s] exigida para semear um pedaço de terra indicava o tamanho desta, e a avaliação era feita de acordo com isso. Os v. 20,21 consideram um caso de desonestidade em que um homem vende o que ele já consagrou e, portanto, não tem o direito de vender. Seja terra que não pode ser resgatada, seja a que é vendida de forma desonesta, se pertencer a um homem por herança e que ele consagrou ao Senhor, não pode ser readquirida no jubileu. Como algo consagrado ao Senhor, ela não é afetada pela legislação do jubileu, consagrada vem da raiz da qual deriva também a palavra “banimento”, ”interdição”, ou seja, separar algo para Deus (cf. Js 6.17: “consagrada ao Senhor para destruição”) e de forma irrevogável (cf. v. 28). v. 24. Terra comprada só poderia ser objeto de consagração e resgate até o ano do Jubileu-, então era devolvida ao proprietário original de quem era posse por herança, v. 26. a primeira cria não podia ser consagrada a Deus porque já era propriedade dele (cf. Ex 13.2; 34.19). v. 27. A cria de um animal impuro não podia ser usada para sacrifício e tinha de ser resgatada ou vendida (cf. Ex 34.20). v. 28,29. Nada que fosse consagrado a Deus (cf. comentário sobre v. 20,21) poderia ser resgatado, muito menos vendido, v. 29. Saul violou essa regra (ISm 15.3,9). v. 30,31. Os dízimos podiam ser resgatados pela taxa comum se eram de colheitas dos campos ou de frutos, mas dízimos de animais (v. 32,33) não podiam ser resgatados, e a mesma sanção do v. 10 podia ser aplicada em caso de procedimento ilegal.

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