Estudo sobre Deuteronômio 15
6) O ano
do cancelamento das dívidas (15.1-11)
Esse texto começa com uma
declaração-resumo dessa lei (v. 1) seguida de uma explicação dela (v. 2,3) e
uma exortação à sua obediência de coração (v. 4-11).
v. 1. A prática está
associada em Êx 23.10, 11 e Lv 25.1-7 com o deixar a terra descansar sem
plantio durante cada sétimo ano. v. 2. Mas aqui a classe que empresta
dinheiro a outros também faz um sacrifício “sabático”. Os v. 7-9
mostram que se trata do perdão completo de uma dívida contraída em virtude
de uma necessidade urgente, v. 3. A orientação é restrita à
comunidade da aliança, v. 4,5. Mais uma vez, destaca-se a ligação entre
a obediência e a prosperidade. O v. 11 mostra uma compreensão real do
que pode acontecer; cf. Mt 26.11. v. 6. Um segundo princípio básico: O
povo de Deus deve promover a igualdade econômica e não pode
depositar sua confiança em incrédulos, v. 7-11. A generosidade inculcada
aqui está associada não somente com 2Co 9.7, mas também com a ênfase
que o Sermão do Monte dá à importância da motivação.
7) A
limitação da escravidão (15.12-18)
A preocupação humanitária
(rara em tempos antigos como hoje, mas comum no AT) estende-se a devedores que
se venderam como escravos. Mulheres, de posição mais baixa no texto
paralelo de Êx 21.2-11, aqui são tratadas como os homens. Os
escravos hebreus não somente devem receber a liberdade no ano do jubileu,
mas também o que precisam para começar uma vida nova (v. 13, 14). A razão é teológica
(v. 15); a fé inevitavelmente influencia o comportamento.
A cerimônia dos v. 16,17
regulariza a posição de um escravo que valoriza o seu lugar na casa do seu
senhor (cf., e.g., Eliézer, Gn 24.2ss) ou que não sabe lidar com a
independência. Em Êx 21.6, a cerimônia de furar a orelha pode ser
localizada no santuário; aqui ocorre na casa. (Não há nada a favor de
associar o v. 17 com SL 40.6.) v. 18. Aqui temos um apelo à razão e à
justiça natural — o AT não é autoritário, irracional e arbitrário,
como às vezes afirmam os seus inimigos e dão a entender os seus amigos.
8) A lei
das primeiras crias (15.19-23)
Cf. 12.6,7; 14.23. Mais uma
vez, expande-se e aplica-se uma declaração breve (v. 19a). v. 19. O primogênito
pertence a Deus e não pode ser usado visando lucro. v. 20. Ele serve
para prover uma refeição anual sagrada (e sem dúvida exuberante) no santuário.
v. 21. Somente o melhor pode ser dado a Deus; cf. Ml 1.7ss. v. 22,23. Cf.
12.20-24; a culpa dessacralizou o primogênito.Índice: Deuteronômio 1 Deuteronômio 2 Deuteronômio 3 Deuteronômio 4 Deuteronômio 5 Deuteronômio 6 Deuteronômio 7 Deuteronômio 8 Deuteronômio 9 Deuteronômio 10 Deuteronômio 11 Deuteronômio 12 Deuteronômio 13 Deuteronômio 14 Deuteronômio 15 Deuteronômio 16 Deuteronômio 17 Deuteronômio 18 Deuteronômio 19 Deuteronômio 20 Deuteronômio 21 Deuteronômio 22 Deuteronômio 23 Deuteronômio 24 Deuteronômio 25 Deuteronômio 26 Deuteronômio 27 Deuteronômio 28 Deuteronômio 29 Deuteronômio 30 Deuteronômio 31 Deuteronômio 32 Deuteronômio 33 Deuteronômio 34