Balança — Estudos Bíblicos

Estudos na letra B: Babilônia no Novo Testamento - Bárbaro - Baraque - Batismo - BestialidadeBlasfêmia - Barnabé - Balaão - Betel - Beijo - Bíblia - Bálsamo de Gileade

BALANÇAS
No hebraico, temos uma palavra que sempre aparece no plural, moznayim, “par de balanças”, que aparece por dezesseis vezes no Antigo Testamento (ver Lev. 19:36; Jó. 6:2; 31:6; Sal. 62:9; Pro. 11:1; 16:11; 20:23; Isa. 40,12,15; Jer. 32:10; Eze. 5:1; 45:10, Dan. 5:27; Os. 12:7; Amós 8:5 e Miq. 6:11).
Os antigos hebreus tinham meios de medir os pesos, conforme somos informados em Lev. 19:36 e outros trechos. Nos primeiros tempos hebreus, o ouro e a prata eram comercializados a peso, o que requeria o uso de balanças. As balanças tinham contrapesos de valores específicos, usualmente pedras de diferentes dimensões. Naturalmente, pessoas desonestas usavam dois tipos de peso: os mais pesados, com que vendiam coisas e os pesos mais leves, com que as compravam. Isso explica as expressões em Miq. 6:11 e Osé. 12:7. “Poderei eu inocentar balanças falsas? e bolsas de pesos enganosos?” Os arqueólogos têm descoberto: desenhos de balanças, algumas menores e outras maiores, mas sempre seguindo o mesmo princípio, dois pratos bem equilibrados; em um deles punha-se a mercadoria a ser pesada, e no outro, os pesos. Algumas vezes, os dois pratos eram suspensos por meio de um anel, e de outras vezes, havia uma cruzeta horizontal, equilibrada no meio, em cima de um pino. Talvez seja por esse motivo que o trecho de Isaías 46:6 use um outro termo hebraico, que significa “cana” ou “vara”, embora nossa versão portuguesa também traduza esse outro vocábulo hebraico por ”balanças”.
No Novo Testamento temos a palavra grega zugós, “balança”, em Mat. 11:29,30, Atos 15:10; Gál. 5:1; I Tim. 6:1 e Apo. 6:5.
Usos simbólicos: 1. Os homens são postos na balança, quando são julgados pela lei, ou através dos juízos divinos. É assim que o verdadeiro caráter deles é desvendado (ver Dan. 5:27, Jó. 31:6 e Sal. 62:9). 2. O povo de Deus deve ter balanças justas, o que tipifica a honestidade moral (ver Lev. 19:36; Pro. 11:1). As balanças justas são consideradas “do Senhor”, porque ele é quem determina a honestidade, nas consciências humanas (ver Pro. 16:11). 3. As balanças enganosas revelam uma condição degenerada e desonesta (ver Amós 8:5 e Osé. 12:7). 4. A balança que o cavaleiro do cavalo negro brandia, em Apo. 6:5, indica a escassez de alimentos que haverá quando da Grande Tribulação, conforme se vê no versículo seguinte. 5. As nuvens postas na balança (em português, “equilíbrio das nuvens”), em Jó 37:16, evidentemente aludem à maneira como elas existem na natureza, cumprindo o propósito que Deus lhes determinou. Isso, por sua vez, significa que Deus exerce pleno controle sobre a natureza. (BAR UN WRI WRIG)