Estudo sobre Êxodo 18

Estudo sobre Êxodo 18

Estudo sobre Êxodo 18




Êxodo 18
Jetro se encontra com os israelitas (18.1-27)
Embora Jetro não tivesse sido informado acerca da verdadeira razão do retorno de Moisés ao Egito (cf. comentário de 4.18), a essa altura já tinha ouvido a respeito da partida dos israelitas daquela terra. Depois de ouvir o relato dos atos poderosos de Deus pelos quais se alcançou a libertação (v. 1-9), ele pôde oferecer a seu genro alguns conselhos práticos, que foram recebidos com gratidão (v. 13-27). O encontro dos dois é um eco de Gn 14.17-20 e da história do encontro entre Abraão e Melquisedeque. Tanto Jetro quanto Melquisedeque eram sacerdotes não-israelitas que vieram para se congratular com o povo, quando ouviram da libertação que Deus tinha dado a seus servos; ambos foram tratados de forma respeitosa pelos homens de Deus a quem vieram saudar (v. 7; cf. Gn 14.20 e Hb 7.4-7); ambos louvaram e glorificaram Deus por seus poderosos atos de libertação. v. 1. Jetro. cf. 2.15,16. v. 2. tinha mandado, visto que o verbo que está na raiz desse termo ocasionalmente é usado com o significado de divórcio, um ramo da tradição judaica entendeu que Moisés se divorciou de Zípora. No entanto, a raiz aqui tem o seu sentido comum, como no v. 27 (no heb., “enviou”, “despediu”), v. 4. Essa é a primeira referência a Eliézer, mas observe o plural “filhos” em 4.20. v. 5. perto do monte de Deus: cf. a referência ao Horebe em 17.6. Alguns eruditos crêem que os israelitas, nesse ponto, na verdade já estavam além de Refidim (mas v. 19.2). v. 7. O interesse se concentra em Jetro; a mulher e a família de Moisés são mencionadas somente de passagem (v. 5,6). A tenda deve ter sido a tenda de Moisés, e não a ”Tenda do Encontro” de 33.7-11.
v. 8. todas as dificuldades: cf. o tema dos v. 13-26. v. 10. Cf. Gn 14.20. v. 11. Sentimentos semelhantes são expressos por Naamã, o sírio, em 2Rs 5.15. v. 12. ofereceu: o verbo significa literalmente “tomou”. Jetro providenciava sacrifícios “para Deus”; ele talvez também tenha participado do ritual do sacrifício, embora isso não esteja necessariamente implícito no hebraico. Em vista de nossas comparações anteriores com Gn 14, os defensores da “hipótese quenita” (ou seja, que os israelitas aprenderam a adorar a Deus como Javé com os midianitas/quenitas) talvez gostariam de valorizar a afirmação de que Jetro “tomou” (lit.) sacrifícios “para Deus”. Melquisedeque ”tomou” um décimo de todo o despojo recuperado por Abraão (Gn 14.20 e especialmente Hb 7.6).
Na verdade, os defensores da “hipótese quenita” interpretam esse versículo no sentido de que Jetro iniciou os israelitas na adoração a Javé-Jeová. O fato de compartilharem uma refeição na presença de Deus pode ser uma indicação de que os israelitas e os queneus (quenitas) estabeleceram uma aliança nessa ocasião (cf. comentário de 24.11); v. Jz 1.16 (os queneus eram uma tribo midianita). v. 15. para que eu consulte a Deus significa, em primeiro lugar, obter uma decisão por meio de um oráculo. O Urim e o Tumim (cf. 28.30) proporcionavam um método de obtenção da orientação divina. Nessa época, os israelitas provavelmente tinham poucos estatutos e praticamente nenhuma legislação preestabelecida. Acerca de casos especialmente difíceis que não podiam ser decididos com base na legislação anterior, v. Lv 24.10-23; Nm 15.32-36. v. 21 Cf. Nm 11.14-17. chefes de mih alguns eruditos sugerem que a organização do povo reflete a prática militar dos israelitas (cf. ISm 8.12; 2Rs 1.9). Os livros de Êxodo a Deuteronômio com frequência chamam atenção para as características militares da organização tribal de Israel no período do deserto.

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