Deuteronômio 14 — Estudo Devocional

Deuteronômio 14 descreve diretrizes para práticas dietéticas e de estilo de vida para os israelitas. Ele enfatiza o conceito de santidade e ser separado para Deus. O capítulo lista animais limpos e impuros que os israelitas podem comer e os instrui a dizimar seus produtos e ofertas para o serviço do Senhor. Também discute o Ano do Jubileu, um tempo de descanso e restauração tanto para a terra quanto para o povo. O capítulo destaca a importância da mordomia, distinguindo entre o que é consagrado a Deus e o que é para uso pessoal. Ela nos encoraja a viver com senso de santidade e propósito, reconhecendo que nossas escolhas, tanto no que consumimos quanto na forma como lidamos com nossos recursos, refletem nosso compromisso com Deus e Seus valores.

Contra o luto pagão
14.1-29 vocês são o povo escolhido. Moisés continua a ensinar a necessidade de os israelitas não imitarem os povos cananeus em seus costumes, mas de preservarem sua identidade, que está ligada à aliança feita com Deus. Assim, a morte de alguém próximo não precisava ser encarada com desespero e automutilação (v. 1-2); a alimentação igualmente não precisava ser “qualquer coisa que aparecesse” (v. 3-21); o Senhor cuidaria deles tão bem que eles teriam mais que o necessário, podendo ofertar a Deus, repartir com os necessitados e festejar em família (v. 22-29).

Os animais puros e os impuros
Levítico 11.1-47

14.3-21 Não comam nada que seja impuro. Deus dá a Moisés as leis sanitárias para a comida (veja também as notas para Lv 11): ele proíbe que se comam animais que são predadores e os que comem “lixo”. Até hoje os judeus ortodoxos obedecem a essas leis, chamadas de kashrut ou comida kosher. De fato, durante a Idade Media, essas leis protegeram os judeus de muitas doenças que afligiram a outros povos, pois lavavam as mãos antes de comer e evitavam alimentos que estragavam rapidamente ou tinham alto risco de contaminação. Hoje os cuidados com a higiene evoluíram, e a nova aliança de Cristo cumpriu definitivamente com todas as obrigações da Lei, mas continua sendo bom e recomendável cuidar com o que “entra” no nosso corpo, procurando comer alimentos saudáveis.

A lei dos dízimos
14.22-26 na presença do Senhor… comam aquela décima parte. Repare como o recolhimento do dízimo, a décima parte da produção anual, tinha a função principal de celebrarem o cuidado de Deus no meio do Seu povo. Ao fazê-lo, os israelitas declaravam a confiança na provisão de Deus, além de demonstrarem gratidão pelo que Ele nos dá. As provisões não deveriam ser entregues no Templo, mas levadas até lá e serem comidas em clima de festa entre as famílias. comprem tudo o que quiserem… e se divirtam à vontade. O propósito da entrega anual do dízimo era ensinar a temer a Deus (v. 23). Vemos aqui que esse temor a Deus, diferentemente do que poderíamos imaginar, tinha um espírito festivo, de alegria pelo privilégio de ser cuidado pelo Criador dos céus e da terra.

14.27-29 não esqueçam os levitas. O povo não deveria esquecer de cuidar dos levitas, que não tinham como se sustentar, já que não possuíam terras: estavam totalmente dedicados ao serviço de Deus. Além dos levitas, Deus inclui entre as pessoas que precisam de ajuda os estrangeiros, as viúvas, os órfãos, os mais vulneráveis da sociedade (em Deuteronômio existem 11 textos sobre a importância de cuidar destes três grupos; no Sl 146.9 é dito especificamente que Deus cuida e sustenta esses três grupos). Também nós hoje somos chamados a cuidar dos grupos mais frágeis em nossa sociedade, e a participar do sustento de missionários e outras pessoas que dedicam todo o seu tempo ao serviço de Deus e dos necessitados (Gl 6.6).

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