Deuteronômio 17 — Estudo Devocional
Deuteronômio 17 investiga questões de justiça e governança dentro da comunidade israelita. O capítulo descreve princípios para lidar com casos que são muito difíceis de decidir, enfatizando a autoridade dos juízes nomeados e a importância de suas decisões serem baseadas na lei de Deus. Também estabelece as diretrizes para a escolha de um rei, garantindo que ele permaneça humilde e siga os mandamentos de Deus. O capítulo adverte contra a idolatria e encoraja a adesão aos estatutos de Deus. Em suma, Deuteronômio 17 ressalta a importância de um governo justo, a necessidade de líderes que se alinhem com os padrões de Deus e a centralidade da lei de Deus na orientação dos assuntos da comunidade. Isso nos leva a priorizar a liderança justa e a garantir que nossas ações, como líderes ou membros de uma comunidade, sejam baseadas na obediência aos mandamentos de Deus.
17.1 Não ofereçam… um touro ou uma ovelha que tenha defeitos. Oferecer um animal com defeito desqualifica o sacrifício e denuncia o descaso do sacrificante. Ofertar o melhor para Deus extrairá de nós o que há de melhor para essa relação tão especial. Ofertar “de qualquer jeito”, oferecendo objetos e roupas com defeitos ou sem valor mostram a falta de empenho. É nesse espírito que Davi diz a Ararúna: “Eu não vou oferecer ao Senhor, meu Deus, sacrifícios que não me custaram nada” (2Sm 24.24). A exemplo da oferta da viúva pobre citada por Jesus em Mc 12.42-44, podemos separar o melhor para o Senhor. Podemos sempre nos fazer a pergunta: o que estou dando de mim ao Senhor?
17.2-4 adore outros deuses… desobedecendo assim à lei de Deus. No Egito havia um sofisticado culto aos mortos e a adoração de animais. Os israelitas, agora longe do Egito e prestes a tomar posse da Terra Prometida, foram enfaticamente instruídos a se afastarem de qualquer prática idólatra, sob pena de morte. Esta clara separação do passado, com a proibição das antigas tradições religiosas, é o início de uma nova espiritualidade que entroniza o Senhor como Deus Único, sem nenhuma volta ao passado. As práticas pagãs eram fáceis de seguir e até convenientes por seu baixo nível ético, moral e espiritual. Já o culto a Javé, o Deus de Israel, surge como um grande “refinamento”, a começar pela qualidade exigida para as ofertas a Deus (veja a nota anterior).
17.5 a matem a pedradas. Certamente estranhamos a dureza das instruções divinas daquela época, possivelmente porque as olhamos pelo prisma do evangelho e do procedimento de Jesus. Porém, naquela época o futuro da mensagem para Israel e para o mundo estava em jogo.
17.6-7 é preciso haver pelo menos duas testemunhas. Aqui se percebe “sinais da graça”. Os julgamentos e condenações não deveriam ser realizados apressadamente, como acontecia entre os pagãos. Provas testemunhais deviam ser consideradas cuidadosamente, para que não fossem punidas levianamente as pessoas que erraram ou as que nem eram verdadeiramente culpadas. Deus queria que a justiça fosse feita com os olhos bem abertos, não baseada apenas em suspeitas ou boatos, para evitar tanto a truculência como a frouxidão. Esta lição é boa para todas as relações humanas, na família, na comunidade ou mesmo para toda a nação. Julgamento é coisa séria e deveria ser feito nos moldes divinos. Em Mt 18.15-17 lemos a aplicação que Jesus faz desse mandamento. Cabe ainda lembrar que Jesus ensinou a tolerância, a pacificação, a paciência e a compreensão quando diz: “Felizes as pessoas que têm misericórdia dos outros” (Mt 5.7), “Felizes as pessoas que trabalham pela paz” (Mt 5.9) e “Você não deve perdoar sete vezes, mas setenta e sete vezes” (Mt 18.22).
Julgamento de casos difíceis
17.8-13 apareça um caso tão difícil. A barbárie de um povo é reflexo da falta de ordenamento jurídico ou sagrado que o estruture. Os israelitas estava se tornando um povo altamente consciente de sua identidade, justamente porque sua consciência coletiva estava sendo constituída a partir das leis do Sinai. O seu sistema judiciário era constituído em vários níveis: os casos mais difíceis eram levados para Moisés enquanto ele estava vivo e, depois, para os sacerdotes, levitas e juízes. Estes eram homens que recebiam uma capacitação apropriada. ninguém mais fará a mesma coisa. As penalidades se mostram necessárias, também por seu efeito pedagógico.
Os deveres do rei
17.14-17 vocês vão querer um rei. Um texto profético que orientaria a escolha, séculos depois, do rei Saul e Davi. O governante não deveria ser estrangeiro, ou seja, alguém sem identificação profunda com o povo e com Deus; exige-se que ele seja sóbrio e não use os privilégios da sua posição para obter vantagens lícitas ou ilícitas para si ou para o seu grupo. Se estas exigências para o caráter do governante forem levadas em consideração, os riscos de abuso de poder e corrupção seriam minimizados. São instruções que tocam no cerne da cobiça que ronda qualquer pessoa em posição de poder.
17.18-20 todos os dias da sua vida lerá a lei. Uma das coisas mais importantes que o rei escolhido deveria realizar era mandar fazer uma cópia da lei de Deus para si. A sua leitura diária o instruiria no temor e obediência a Deus. O desafio continua para todos os investidos de autoridade: “…aprenda a temer o Senhor” e “…obedeça fielmente a todas as leis”. ele não irá pensar que é mais do que os outros. Nenhum governante poderia usar o poder como bem entendesse. A constituição é para todos, inclusive para o rei. Exige-se do rei e de qualquer governante que se submeta à Lei. O disposto sobre os futuros reis levava em conta o permanente risco para os poderosos, em qualquer regime, de se esquecerem do seu compromisso primário de servir à nação e, vaidosa, criminosa e egoisticamente, servir-se do cargo em beneficio próprio ou de seu grupo. A lei soberana sobre todos previne abusos, repele ditaduras e garante um sistema de justiça confiável que promove a paz.
Índice: Deuteronômio 1 Deuteronômio 2 Deuteronômio 3 Deuteronômio 4 Deuteronômio 5 Deuteronômio 6 Deuteronômio 7 Deuteronômio 8 Deuteronômio 9 Deuteronômio 10 Deuteronômio 11 Deuteronômio 12 Deuteronômio 13 Deuteronômio 14 Deuteronômio 15 Deuteronômio 16 Deuteronômio 17 Deuteronômio 18 Deuteronômio 19 Deuteronômio 20 Deuteronômio 21 Deuteronômio 22 Deuteronômio 23 Deuteronômio 24 Deuteronômio 25 Deuteronômio 26 Deuteronômio 27 Deuteronômio 28 Deuteronômio 29 Deuteronômio 30 Deuteronômio 31 Deuteronômio 32 Deuteronômio 33 Deuteronômio 34
17.1 Não ofereçam… um touro ou uma ovelha que tenha defeitos. Oferecer um animal com defeito desqualifica o sacrifício e denuncia o descaso do sacrificante. Ofertar o melhor para Deus extrairá de nós o que há de melhor para essa relação tão especial. Ofertar “de qualquer jeito”, oferecendo objetos e roupas com defeitos ou sem valor mostram a falta de empenho. É nesse espírito que Davi diz a Ararúna: “Eu não vou oferecer ao Senhor, meu Deus, sacrifícios que não me custaram nada” (2Sm 24.24). A exemplo da oferta da viúva pobre citada por Jesus em Mc 12.42-44, podemos separar o melhor para o Senhor. Podemos sempre nos fazer a pergunta: o que estou dando de mim ao Senhor?
17.2-4 adore outros deuses… desobedecendo assim à lei de Deus. No Egito havia um sofisticado culto aos mortos e a adoração de animais. Os israelitas, agora longe do Egito e prestes a tomar posse da Terra Prometida, foram enfaticamente instruídos a se afastarem de qualquer prática idólatra, sob pena de morte. Esta clara separação do passado, com a proibição das antigas tradições religiosas, é o início de uma nova espiritualidade que entroniza o Senhor como Deus Único, sem nenhuma volta ao passado. As práticas pagãs eram fáceis de seguir e até convenientes por seu baixo nível ético, moral e espiritual. Já o culto a Javé, o Deus de Israel, surge como um grande “refinamento”, a começar pela qualidade exigida para as ofertas a Deus (veja a nota anterior).
17.5 a matem a pedradas. Certamente estranhamos a dureza das instruções divinas daquela época, possivelmente porque as olhamos pelo prisma do evangelho e do procedimento de Jesus. Porém, naquela época o futuro da mensagem para Israel e para o mundo estava em jogo.
17.6-7 é preciso haver pelo menos duas testemunhas. Aqui se percebe “sinais da graça”. Os julgamentos e condenações não deveriam ser realizados apressadamente, como acontecia entre os pagãos. Provas testemunhais deviam ser consideradas cuidadosamente, para que não fossem punidas levianamente as pessoas que erraram ou as que nem eram verdadeiramente culpadas. Deus queria que a justiça fosse feita com os olhos bem abertos, não baseada apenas em suspeitas ou boatos, para evitar tanto a truculência como a frouxidão. Esta lição é boa para todas as relações humanas, na família, na comunidade ou mesmo para toda a nação. Julgamento é coisa séria e deveria ser feito nos moldes divinos. Em Mt 18.15-17 lemos a aplicação que Jesus faz desse mandamento. Cabe ainda lembrar que Jesus ensinou a tolerância, a pacificação, a paciência e a compreensão quando diz: “Felizes as pessoas que têm misericórdia dos outros” (Mt 5.7), “Felizes as pessoas que trabalham pela paz” (Mt 5.9) e “Você não deve perdoar sete vezes, mas setenta e sete vezes” (Mt 18.22).
Julgamento de casos difíceis
17.8-13 apareça um caso tão difícil. A barbárie de um povo é reflexo da falta de ordenamento jurídico ou sagrado que o estruture. Os israelitas estava se tornando um povo altamente consciente de sua identidade, justamente porque sua consciência coletiva estava sendo constituída a partir das leis do Sinai. O seu sistema judiciário era constituído em vários níveis: os casos mais difíceis eram levados para Moisés enquanto ele estava vivo e, depois, para os sacerdotes, levitas e juízes. Estes eram homens que recebiam uma capacitação apropriada. ninguém mais fará a mesma coisa. As penalidades se mostram necessárias, também por seu efeito pedagógico.
Os deveres do rei
17.14-17 vocês vão querer um rei. Um texto profético que orientaria a escolha, séculos depois, do rei Saul e Davi. O governante não deveria ser estrangeiro, ou seja, alguém sem identificação profunda com o povo e com Deus; exige-se que ele seja sóbrio e não use os privilégios da sua posição para obter vantagens lícitas ou ilícitas para si ou para o seu grupo. Se estas exigências para o caráter do governante forem levadas em consideração, os riscos de abuso de poder e corrupção seriam minimizados. São instruções que tocam no cerne da cobiça que ronda qualquer pessoa em posição de poder.
17.18-20 todos os dias da sua vida lerá a lei. Uma das coisas mais importantes que o rei escolhido deveria realizar era mandar fazer uma cópia da lei de Deus para si. A sua leitura diária o instruiria no temor e obediência a Deus. O desafio continua para todos os investidos de autoridade: “…aprenda a temer o Senhor” e “…obedeça fielmente a todas as leis”. ele não irá pensar que é mais do que os outros. Nenhum governante poderia usar o poder como bem entendesse. A constituição é para todos, inclusive para o rei. Exige-se do rei e de qualquer governante que se submeta à Lei. O disposto sobre os futuros reis levava em conta o permanente risco para os poderosos, em qualquer regime, de se esquecerem do seu compromisso primário de servir à nação e, vaidosa, criminosa e egoisticamente, servir-se do cargo em beneficio próprio ou de seu grupo. A lei soberana sobre todos previne abusos, repele ditaduras e garante um sistema de justiça confiável que promove a paz.
Índice: Deuteronômio 1 Deuteronômio 2 Deuteronômio 3 Deuteronômio 4 Deuteronômio 5 Deuteronômio 6 Deuteronômio 7 Deuteronômio 8 Deuteronômio 9 Deuteronômio 10 Deuteronômio 11 Deuteronômio 12 Deuteronômio 13 Deuteronômio 14 Deuteronômio 15 Deuteronômio 16 Deuteronômio 17 Deuteronômio 18 Deuteronômio 19 Deuteronômio 20 Deuteronômio 21 Deuteronômio 22 Deuteronômio 23 Deuteronômio 24 Deuteronômio 25 Deuteronômio 26 Deuteronômio 27 Deuteronômio 28 Deuteronômio 29 Deuteronômio 30 Deuteronômio 31 Deuteronômio 32 Deuteronômio 33 Deuteronômio 34