Deuteronômio 18 — Estudo Devocional

Deuteronômio 18 aborda o papel dos sacerdotes, levitas e profetas na vida espiritual de Israel. O capítulo enfatiza a importância de prover esses grupos por meio de ofertas e dízimos, pois eles não herdam terras como as outras tribos. Adverte contra a prática de adivinhação, feitiçaria e consulta a médiuns ou necromantes. Em vez disso, o povo é instruído a ouvir os verdadeiros profetas que Deus levanta. O capítulo introduz a promessa de um futuro Profeta como Moisés, uma referência ao Messias. Deuteronômio 18 enfatiza a necessidade de apoio adequado para os líderes espirituais e a importância de discernir os profetas genuínos dos falsos. Também aponta para o cumprimento do plano final de Deus por meio do Profeta prometido, Jesus Cristo. Este capítulo nos encoraja a apoiar aqueles que nos ministram espiritualmente e a reconhecer a importância do papel de Cristo como o supremo Profeta e Salvador.

Direitos dos levitas e dos sacerdotes
18.1-8 o direito de… servirem como sacerdotes. O tratamento dado por Deus à tribo de Levi foi diferente das demais tribos. Eles não receberiam um território exclusivo para sua tribo, não serviriam ao exército, nem receberiam terras para a agricultura. Uma parte dos levitas serviriam como sacerdotes no lugar escolhido para centralizar o culto a Deus, e seriam sustentados exclusivamente pelas ofertas trazidas pelo povo. Os demais levitas receberiam cidades para morar no meio dos territórios das outras tribos (Nm 35) e lá poderiam usar as pastagens comuns junto aos muros para seus animais, mas, para o seu sustento, também receberiam parte das ofertas dadas ao Senhor. Os levitas foram separados primordialmente para o serviço de Deus. Mais do que bens materiais, os membros da família de Levi receberam o privilégio de servir a Deus nas funções sacerdotais e auxiliares no Tabernáculo. Isso lhes era de direito muito mais do que obrigação. Que bom quando assim encaramos as nossas tarefas!

Condenação de costumes pagãos
18.9 não imitem os costumes. Mais uma vez Deus orienta o povo, que estava se constituindo como uma nação independente, a ter cuidado para não se envolver com as práticas religiosas terríveis dos povos conquistados. Eles tinham o privilégio de conhecer o único Deus vivo, e em tudo serem fiéis apenas ao Senhor, continuando com a prática religiosa dos seus pais e patriarcas.

18.10-14 Não deixem que no meio do povo haja. Além da proibição do sacrifício de crianças, são listadas aqui práticas religiosas que pretendem acessar e manipular as forças do mundo espiritual. Todas elas podem ser encontradas também em nossos dias. A mensagem é clara: as diversas formas de manifestações da espiritualidade não são equivalentes. Existem muitas fraudes e enganos, muita autopromoção, mas também existem práticas e crendices que são de origem maligna, que só procuram “roubar, matar e destruir” (Jo 10.10). Essas práticas são tão más que estavam trazendo o castigo de Deus sobre aqueles povos. adivinhos. O ser humano de todas as épocas quer saber sobre o seu futuro, ele sente “fome” para saber o que vai lhe acontecer. Enquanto isso o convite de Deus é para que creiamos nele, que Ele sempre cuidará do seu povo. sejam fiéis ao Senhor. A fidelidade é um componente essencial da fé. Isto faz muito bem à nossa alma e aos nossos sentimentos e emoções. O futuro está nas mãos de Deus, Ele nos dá todas as informações necessárias por meio dos seus profetas, em sua palavra, e especialmente através de Jesus (veja a próxima nota).

Deus promete enviar outro profeta
18.15-19 Deus escolherá para vocês um profeta. Esta profecia dada por Deus a Moisés no momento crucial da entrega da Lei é extremamente importante. Moisés foi o maior profeta de todo o Antigo Testamento, e esta revelação não se refere aos vários profetas ao longo da História de Israel, mas somente a um todo especial: o Messias, aquele que realmente iria conduzir o povo de Deus ao descanso prometido. No tempo do Novo Testamento os israelitas ainda esperavam por “o profeta”, que ficou claramente indicado como sendo Jesus (veja Jo 1.21,45; 6.14; 7.40; At 3.22). As palavras desse profeta trariam salvação, e por isso mereciam ser seguidas com toda dedicação.

Profetas falsos
18.20-22 Se um profeta tiver o atrevimento. Além do profeta-Messias, sempre haveria falsos profetas. Sendo humanos (tal como os pregadores de hoje), os profetas poderiam incorrer no “atrevimento” de falar em nome de Deus quando, na verdade, as palavras vinham de seu próprio coração, ou de outros deuses. O cumprimento ou não dos fatos anunciados serviria de prova da autenticidade profética. Antes, em Dt 13, a ênfase dessa prova recaiu na fidelidade aos mandamentos de Deus: a palavra profética deve estar de acordo com a Palavra de Deus. Em todas as épocas existiram falsos profetas e ainda hoje existem muitos, por isso o povo de Deus precisa estar atento para não se deixar enganar por eles, pois, como alerta Jesus, eles “chegam disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos selvagens” (Mt 7.15). No tempo certo de Deus eles serão julgados e condenados pelos seus atos enganadores.

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