Deuteronômio 4 — Estudo Devocional
Deuteronômio 4 enfatiza a importância da obediência aos mandamentos de Deus e a singularidade da aliança entre Deus e os israelitas. Moisés instrui o povo a se lembrar dos ensinamentos e estatutos que receberam, pois eles formam a base de seu relacionamento com Deus. O capítulo adverte contra a idolatria e lembra os israelitas das consequências da desobediência, baseando-se em suas experiências passadas. Moisés também enfatiza que a orientação de Deus os separa como nação e os convida a uma vida de sabedoria e entendimento. À medida que nos aprofundamos em Deuteronômio 4, somos lembrados da importância de valorizar a Palavra de Deus, evitando distrações espirituais, compreendendo as consequências de nossas escolhas e abraçando nossa identidade única como seguidores da aliança de Deus.
Moisés aconselha o povo a ser obediente
4.1-40 somente o Senhor é Deus. Neste capítulo Moisés ensina sobre o quanto Deus é especial e diferente de todos os deuses de outros povos, e assim também o povo de Israel foi chamado para ser diferente, dedicado ao único Deus vivo.
4.1-14 Obedeçam a todas as leis. Literalmente, o que Moisés dizia era: “ouve os estatutos e os juízos”. Para ele, o respeito e a obediência devidos a Deus e à Sua palavra eram o princípio do sucesso e das vitórias alcançadas nas batalhas. Essa atitude de ouvir com atenção e obedecer a Deus deveria continuar a ser ensinada nos territórios que seriam conquistados. Aqui Moisés está ensinando como é preciosa a oportunidade de conhecer a Deus e de aprender as suas leis e seu caráter. verão que vocês são sábios e inteligentes. Levar a Palavra de Deus a sério em nossa vida é a atitude mais sábia que uma pessoa pode ter, e essa sabedoria será percebida até por quem não conhece a Deus.
4.7 um deus que fique tão perto do seu povo. Deus não é igual aos outros deuses e ídolos adorados por aí. Ele realmente ama seu povo, ajuda e acompanha sua vida e orienta seu desenvolvimento e crescimento.
4.9 tenham cuidado e sejam fiéis. A tradução tradicional diz: “Guarda-te a ti mesmo e guarda bem a tua alma, que não te esqueças daquelas coisas que os teus olhos têm visto, e se não apartem do teu coração todos os dias da tua vida.” As experiências que temos com Deus, sejam a nível individual, familiar ou comunitário, são extremamente valiosas e merecem ser guardadas no coração, anotadas em registros, contadas e relembradas durante toda a nossa vida (veja At 26, quadro capitular). Isso nos faz crescer como pessoas e como povo de Deus, nos fortalecendo a alma e o espírito. contem aos seus filhos e netos. As ações de Deus com o povo e a Sua Lei deveriam ser ensinadas de geração em geração, para que todos aprendessem como é especial e sábio temer a Deus, cultivar o relacionamento com Ele e dar grande valor à sua Palavra. A importância de ensinar as crianças seria repetida séculos depois, em Pv 22.6: “Eduque a criança no caminho em que deve andar, e até o fim da vida não se desviará dele”.
Aviso contra a adoração de ídolos
4.15-40 não cometam o erro de fazer imagens. Por causa da grandeza toda especial de Deus, Moisés adverte enfaticamente contra a idolatria, que seria um pecado com graves consequências, pois Deus ficaria irado com quem a praticasse. Certamente Moisés se lembrou do bezerro de ouro, feito enquanto ele estava no alto do monte Sinai (Êx 32, Dt 9).
4.19 adorar o sol, a lua ou as estrelas. Por vezes os israelitas caíram nessa tentação. Quanto aos outros povos, outras traduções simplesmente dizem que Deus deu o sol, a lua e as estrelas para todos. O que está claro é que Israel tem o privilégio de adorar unicamente o Senhor e deve cultivá-lo, enquanto que outros povos, compreensivelmente, sem a Revelação, ficariam com suas crenças mitológicas, cósmicas e animistas. Estas e outras tantas formas culturais, desprovidas da revelação especial, seriam ainda assim uma tentativa de acercamento ao sagrado.
4.20 o povo que o Senhor tirou do Egito. A identidade de Israel está intimamente ligada a Deus e à libertação por Ele promovida. O que fazia Israel ser especial era esse relacionamento com o Deus vivo. Portanto, era fundamental não cair no erro de tentar reduzir Deus ao mesmo nível dos ídolos dos outros povos.
4.21-22 Por causa de vocês. O fato de Moisés falar novamente sobre sua proibição de entrar em Canaã (3.26), no mesmo discurso, mostra o quanto ele ficou frustrado com o castigo. Mas ele não se rebelou: vou morrer aqui mesmo. Moisés aceitou conscientemente a realidade da própria morte, anunciada por Deus, que aconteceria em breve nesta terra de Moabe.
4.23-24 não esquecerem a aliança. Como pais e mães fazem ao se despedirem dos filhos, Moisés recomenda o que é mais importante: não se esqueçam do relacionamento privilegiado que têm com Deus. fogo destruidor. Esta expressão é lembrada na carta aos Hebreus, indicando que essa preciosidade não pode ser desprezada nem dividida com outros deuses (Hb 12.29). Para os israelitas que viram o que aconteceu com o grupo de Corá que se rebelou (Nm 16), essa mensagem era bastante clara: não era possível comparecer à presença de Deus de um jeito qualquer — era necessário seguir as orientações dele.
As cidades para fugitivos
Josué 20.1-9
4.41-43 escolheu três cidades. Com as cidades de refúgio foi possível evitar a injustiça e a punição odiosa. A lei era rígida, severa e implacável: quem cometesse assassinato deveria morrer. Mas alguém poderia cometer um crime de morte sem ódio, por acaso ou por acidente, e estas pessoas deveriam ter um julgamento diferenciado. Para que tais pessoas não fossem mortas pelos vingadores, por ordem divina foram escolhidas essas cidades onde elas poderiam se refugiar.
O segundo discurso de Moisés
Deuteronômio 4.44—28.68
4.44-49 Moisés deu ao povo… a lei de Deus. Aqui se inicia o segundo discurso de despedida de Moisés, que se estende até o final de De Dt 28. do Egito… ao vale… a leste do rio Jordão. Repare como a descrição do Êxodo agora se adaptou para onde eles estão: o fracasso dos seus pais em Cades não foi destacado (todos aqueles adultos já haviam morrido, e os filhos sabiam bem disso), mas sim a recepção da Lei de Deus. Mais importante do que focar nos erros passados é focar na Lei, que orienta e prepara melhor o futuro.
Deus e suas representações
O eterno Deus é Espírito, é transcendente, inacessível, invisível, e não é representável sob qualquer forma. Figurações artísticas e racionalizações filosóficas, teológicas, religiosas e científicas sobre Deus são apenas exercícios de imaginação e projeções humanas. No melhor dos casos, são expressões do desejo de aproximação a uma realidade intuída pelo inquieto e sedento espírito humano. Mas o Deus da Bíblia não se deixa conter, delimitar e controlar por nenhuma representação humana. Deus sempre surpreenderá os humanos por sua liberdade, grandiosidade, imprevisibilidade, amor e absoluta soberania. Uma forma qualquer se torna em ídolo para nós quando ela deixa de ser uma tosca representação do irrepresentável e passa a ser o próprio Deus ilimitado. Essa postura erra por considerar a representação (que sempre é limitada) como algo com poderes, absoluto. Nesse sentido, as representações ou imagens que criamos do Deus da Bíblia também podem se tornar como ídolos, quando elas limitam a Sua liberdade, soberania e poder absolutos. Ou seja, quando o símbolo não aponta mais para algo além e superior a ele, para ser ele mesmo aquilo para o qual quer apontar.
Índice: Deuteronômio 1 Deuteronômio 2 Deuteronômio 3 Deuteronômio 4 Deuteronômio 5 Deuteronômio 6 Deuteronômio 7 Deuteronômio 8 Deuteronômio 9 Deuteronômio 10 Deuteronômio 11 Deuteronômio 12 Deuteronômio 13 Deuteronômio 14 Deuteronômio 15 Deuteronômio 16 Deuteronômio 17 Deuteronômio 18 Deuteronômio 19 Deuteronômio 20 Deuteronômio 21 Deuteronômio 22 Deuteronômio 23 Deuteronômio 24 Deuteronômio 25 Deuteronômio 26 Deuteronômio 27 Deuteronômio 28 Deuteronômio 29 Deuteronômio 30 Deuteronômio 31 Deuteronômio 32 Deuteronômio 33 Deuteronômio 34
Moisés aconselha o povo a ser obediente
4.1-40 somente o Senhor é Deus. Neste capítulo Moisés ensina sobre o quanto Deus é especial e diferente de todos os deuses de outros povos, e assim também o povo de Israel foi chamado para ser diferente, dedicado ao único Deus vivo.
4.1-14 Obedeçam a todas as leis. Literalmente, o que Moisés dizia era: “ouve os estatutos e os juízos”. Para ele, o respeito e a obediência devidos a Deus e à Sua palavra eram o princípio do sucesso e das vitórias alcançadas nas batalhas. Essa atitude de ouvir com atenção e obedecer a Deus deveria continuar a ser ensinada nos territórios que seriam conquistados. Aqui Moisés está ensinando como é preciosa a oportunidade de conhecer a Deus e de aprender as suas leis e seu caráter. verão que vocês são sábios e inteligentes. Levar a Palavra de Deus a sério em nossa vida é a atitude mais sábia que uma pessoa pode ter, e essa sabedoria será percebida até por quem não conhece a Deus.
4.7 um deus que fique tão perto do seu povo. Deus não é igual aos outros deuses e ídolos adorados por aí. Ele realmente ama seu povo, ajuda e acompanha sua vida e orienta seu desenvolvimento e crescimento.
4.9 tenham cuidado e sejam fiéis. A tradução tradicional diz: “Guarda-te a ti mesmo e guarda bem a tua alma, que não te esqueças daquelas coisas que os teus olhos têm visto, e se não apartem do teu coração todos os dias da tua vida.” As experiências que temos com Deus, sejam a nível individual, familiar ou comunitário, são extremamente valiosas e merecem ser guardadas no coração, anotadas em registros, contadas e relembradas durante toda a nossa vida (veja At 26, quadro capitular). Isso nos faz crescer como pessoas e como povo de Deus, nos fortalecendo a alma e o espírito. contem aos seus filhos e netos. As ações de Deus com o povo e a Sua Lei deveriam ser ensinadas de geração em geração, para que todos aprendessem como é especial e sábio temer a Deus, cultivar o relacionamento com Ele e dar grande valor à sua Palavra. A importância de ensinar as crianças seria repetida séculos depois, em Pv 22.6: “Eduque a criança no caminho em que deve andar, e até o fim da vida não se desviará dele”.
Aviso contra a adoração de ídolos
4.15-40 não cometam o erro de fazer imagens. Por causa da grandeza toda especial de Deus, Moisés adverte enfaticamente contra a idolatria, que seria um pecado com graves consequências, pois Deus ficaria irado com quem a praticasse. Certamente Moisés se lembrou do bezerro de ouro, feito enquanto ele estava no alto do monte Sinai (Êx 32, Dt 9).
4.19 adorar o sol, a lua ou as estrelas. Por vezes os israelitas caíram nessa tentação. Quanto aos outros povos, outras traduções simplesmente dizem que Deus deu o sol, a lua e as estrelas para todos. O que está claro é que Israel tem o privilégio de adorar unicamente o Senhor e deve cultivá-lo, enquanto que outros povos, compreensivelmente, sem a Revelação, ficariam com suas crenças mitológicas, cósmicas e animistas. Estas e outras tantas formas culturais, desprovidas da revelação especial, seriam ainda assim uma tentativa de acercamento ao sagrado.
4.20 o povo que o Senhor tirou do Egito. A identidade de Israel está intimamente ligada a Deus e à libertação por Ele promovida. O que fazia Israel ser especial era esse relacionamento com o Deus vivo. Portanto, era fundamental não cair no erro de tentar reduzir Deus ao mesmo nível dos ídolos dos outros povos.
4.21-22 Por causa de vocês. O fato de Moisés falar novamente sobre sua proibição de entrar em Canaã (3.26), no mesmo discurso, mostra o quanto ele ficou frustrado com o castigo. Mas ele não se rebelou: vou morrer aqui mesmo. Moisés aceitou conscientemente a realidade da própria morte, anunciada por Deus, que aconteceria em breve nesta terra de Moabe.
4.23-24 não esquecerem a aliança. Como pais e mães fazem ao se despedirem dos filhos, Moisés recomenda o que é mais importante: não se esqueçam do relacionamento privilegiado que têm com Deus. fogo destruidor. Esta expressão é lembrada na carta aos Hebreus, indicando que essa preciosidade não pode ser desprezada nem dividida com outros deuses (Hb 12.29). Para os israelitas que viram o que aconteceu com o grupo de Corá que se rebelou (Nm 16), essa mensagem era bastante clara: não era possível comparecer à presença de Deus de um jeito qualquer — era necessário seguir as orientações dele.
As cidades para fugitivos
Josué 20.1-9
4.41-43 escolheu três cidades. Com as cidades de refúgio foi possível evitar a injustiça e a punição odiosa. A lei era rígida, severa e implacável: quem cometesse assassinato deveria morrer. Mas alguém poderia cometer um crime de morte sem ódio, por acaso ou por acidente, e estas pessoas deveriam ter um julgamento diferenciado. Para que tais pessoas não fossem mortas pelos vingadores, por ordem divina foram escolhidas essas cidades onde elas poderiam se refugiar.
O segundo discurso de Moisés
Deuteronômio 4.44—28.68
4.44-49 Moisés deu ao povo… a lei de Deus. Aqui se inicia o segundo discurso de despedida de Moisés, que se estende até o final de De Dt 28. do Egito… ao vale… a leste do rio Jordão. Repare como a descrição do Êxodo agora se adaptou para onde eles estão: o fracasso dos seus pais em Cades não foi destacado (todos aqueles adultos já haviam morrido, e os filhos sabiam bem disso), mas sim a recepção da Lei de Deus. Mais importante do que focar nos erros passados é focar na Lei, que orienta e prepara melhor o futuro.
Deus e suas representações
O eterno Deus é Espírito, é transcendente, inacessível, invisível, e não é representável sob qualquer forma. Figurações artísticas e racionalizações filosóficas, teológicas, religiosas e científicas sobre Deus são apenas exercícios de imaginação e projeções humanas. No melhor dos casos, são expressões do desejo de aproximação a uma realidade intuída pelo inquieto e sedento espírito humano. Mas o Deus da Bíblia não se deixa conter, delimitar e controlar por nenhuma representação humana. Deus sempre surpreenderá os humanos por sua liberdade, grandiosidade, imprevisibilidade, amor e absoluta soberania. Uma forma qualquer se torna em ídolo para nós quando ela deixa de ser uma tosca representação do irrepresentável e passa a ser o próprio Deus ilimitado. Essa postura erra por considerar a representação (que sempre é limitada) como algo com poderes, absoluto. Nesse sentido, as representações ou imagens que criamos do Deus da Bíblia também podem se tornar como ídolos, quando elas limitam a Sua liberdade, soberania e poder absolutos. Ou seja, quando o símbolo não aponta mais para algo além e superior a ele, para ser ele mesmo aquilo para o qual quer apontar.
Índice: Deuteronômio 1 Deuteronômio 2 Deuteronômio 3 Deuteronômio 4 Deuteronômio 5 Deuteronômio 6 Deuteronômio 7 Deuteronômio 8 Deuteronômio 9 Deuteronômio 10 Deuteronômio 11 Deuteronômio 12 Deuteronômio 13 Deuteronômio 14 Deuteronômio 15 Deuteronômio 16 Deuteronômio 17 Deuteronômio 18 Deuteronômio 19 Deuteronômio 20 Deuteronômio 21 Deuteronômio 22 Deuteronômio 23 Deuteronômio 24 Deuteronômio 25 Deuteronômio 26 Deuteronômio 27 Deuteronômio 28 Deuteronômio 29 Deuteronômio 30 Deuteronômio 31 Deuteronômio 32 Deuteronômio 33 Deuteronômio 34