Interpretação de 1 Coríntios 4

1 Coríntios 4

4:1-5 A análise das causas da divisão chega a um final aqui. Os ministros de Deus são servos, cuja única responsabilidade é serem fiéis (vs. 1, 2). Seu julgamento pertence somente ao Senhor (vs. 3, 4). Portanto, todo julgamento deve aguardar a Sua vinda (v. 5). Não haverá nenhum tribunal preliminar!

4:1 Ministros (em grego, diferente da palavra em 3:5) dá a ideia de subordinação, a palavra originalmente se referindo a alguém que rema na fileira inferior de um trireme (cons. Lc. 1:2). Despenseiros são administradores responsáveis por grandes propriedades; o pensamento é de privilégio orientado.

4:2 Fidelidade é a virtude necessária a todos os servos e despenseiros, especialmente nas coisas de Deus.

4:3 Paulo repudia o julgamento dos outros, como também o próprio. Tribunal humano (lit. dia do homem) pode estar retrocedendo a 3:13. Não significa nada a Paulo que o homem tenha o seu dia de julgamento hoje.

4:4 Porque explica suas razões. De nada me argui a consciência (lit, contra mim não há nada) é uma declaração notável. Paulo experimentou comunhão ininterrupta (cons. 1:9); sua prática harmonizava-se com a sua posição. Ele não falhara no cargo de despenseiro.

4:5 Portanto (a conclusão), já que só o Senhor pode julgar, é preciso esperar que Ele venha. No tempo apropriado Ele o fará cabal e completamente, desmascarando as coisas ocultas das trevas. Esse tempo é a sua vinda (cons. 1:7). E – maravilha das maravilhas! – cada um (cada crente) receberá o seu louvor da parte de Deus.

4:6-21 Agora Paulo apresenta um grupo de perguntas iradas para demonstrar o orgulho dos crentes coríntios (vs. 6-13), e depois conclui com uma nota de delicadeza, fazendo-os lembrar o relacionamento que há entre eles (vs. 14-21). Ele era o pai deles, e por isso eles, os filhos, deviam segui-lo. Caso contrário tecla de usar a vara quando os visitasse (v. 21).

4:6 Apliquei-as figuradamente é a tradução de um verbo que significa “mudar a aparência externa”, a coisa permanecendo a mesma (cons. Frederick Field, Notes on the Translation of the New Testament, pág. 169). Eu adaptei seria boa tradução. As (estas coisas) refere-se a 3:5 – 4:5, não a 1:10 – 4:5. Paulo e Apolo foram simples ilustrações da situação dos coríntios. O escritor omite om nomes dos verdadeiros acusados para evitar ressentimentos. Não ultrapasseis o que está escrito é uma boa tradução; ou, viver de acordo com as Escrituras. O apóstolo desejava que andassem pela Palavra (cons. R.A. Ward, “Salute to Translators”, Interpretation, 8:310, July, 1914; C.F.D. Moule, An Idiom Book of New Testament Greek, pág. 64. Um glossário marginal é a sua solução).

4:7 Pois explica a inutilidade do orgulho. Os pronomes estão no singular; Paulo dirige-se ao indivíduo. Agostinho viu a verdade da graça de Deus através da segunda pergunta deste versículo. (MNT, pág. 48) volta-se para o antes de tempo (v. 5). A era messiânica, que começará depois do tribunal de Cristo, já começara para os coríntios, escreveu Paulo, reprovando-os. “Alcançaram um milênio particular só deles” (ICC, pág. 84). O versículo fornece algumas provas para o conceito paulino do Reino.

4:9 Os apóstolos, em agudo contraste, estavam longe de entrarem no Reino. Na verdade, estavam destinados a morrer, Como Criminosos condenados, ou prisioneiros, que lutavam com feras e raramente sobreviviam até o fim nos festivais e exibições dos pagãos. Ou, talvez Paulo tivesse em mente a entrada triunfal de um general romano, ao final da qual vinham os soldados capturados, que eram levados à arena para lutarem com feras (Cons. 15:32; II Co. 2:14-17). Na arena do mundo dos homens e anjos, os apóstolos condenados eram um espetáculo (a palavra teatro em português deriva da palavra grega, fazendo um quadro vívido).

4:10-13 Uma série de contrastes cáusticos entre os apóstolos e os Coríntios, destinados a admoestar os crentes. A nova dispensarão ainda não chegara para os apóstolos.

4:14 Filhos meus amados introduz a terna solicitude de um pai pelos filhos espirituais.

4:15 Porque. Paulo explica por que ele pode exortá-los como um pai. Preceptores (instrutores) eram os escravos guardiões dos romanos, responsáveis pela supervisão geral das crianças, até que atingissem a maioridade e pudessem vestir a toga virilis (cons. Gl. 3:24). Era como se o apóstolo dissesse que os coríntios tinham muitos supervisores em sua vida espiritual, mas só um que lhes dera a vida. Gerei introduz uma terceira figura em seu relacionamento com eles (cons. I Co. 3:6, “plantei”, e 3:10, “pus o fundamento”). Ele não lhes transmitira a vida com bons conselhos, mas por meio das boas novas, pelo evangelho.

4:16 Paulo era o raro pregador que podia dizer, sejais meus imitadores (lit.). A maioria dos homens deveria dizer: “Façam o que eu digo, não o que eu faço” (cons. Barclay, op. cit., pág. 46).

4:17-20 Timóteo devia lembrá-los. Dr. Johnson observou que mais gente precisa ser lembrada do que instruída (MNT, pág. 51). Isto não é bem verdade, mas há uma grande carência do ministério da lembrança. O reino de Deus (cons, v. 8). O reino dos coríntios era um reino em palavra, não em poder.

4:21 Um desafio conclui. Eles escolherão a vara da disciplina, ou o amor e espírito de mansidão produzidos pela restauração da comunhão? A resposta depende deles. A vara introduz a nota da disciplina, predominante na próxima seção da carta.

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