Interpretação de 2 Coríntios 10
2 Coríntios 10
III. As Credenciais. 10:1 – 13:14.
2 Coríntios 10
A. Armadura Espiritual. 10:1-6.
1. Observe a ênfase de e eu mesmo, Paulo –
como se antecipasse a defesa que agora adota contra aqueles que queriam
impugnar sua autoridade apostólica. Sobre quando presente veja 10:10; I
Co. 2:3, 4.
2. Paulo diz que ele pretende tratar com
severidade alguns em Corinto que estavam lhe impondo padrões do mundo
(cons, 13:2, 10).
3. Sobre andando, veja 5:7; cons,
também 12:18. O apóstolo frequentemente usava linguagem militar (cons. Rm, 13:
12, 13; Ef. 6: 13-17; I Tm. 1:18; II Tm. 2:3, 4).
4. Este versículo parentético – com possível
alusão à queda de Jericó (Js. 6:1-27) – descreve a milícia do cristão,
tanto positiva quanto negativamente.
5. Temos aqui um comentário microscópico
sobre o livro do Apocalipse. A terminologia militar faz-nos lembrar Ef. 2:2;
6:12. Subjugação e submissão são os pensamentos principais. Essa toda
altivez que se levante (presente passivo de epairo; cons. huperairo
em 12:7; II Ts. 2:4) contra o conhecimento de Deus será
devastadoramente destruída. Observe a dupla de toda e todo. Sobre
pensamento (noema) veja 3:14. Todas as teorias que são hostis à palavra
de Deus serão reduzidas a nada.
6. As implicações teológicas de 10:5 teriam
uma exposição prática. Literalmente: E estando prontos para vingar toda
desobediência, quando for cumprida a vossa obediência. Uma vez (hotan
como em 12:10; 13:9; I Co. 15:24-27, 28) torna indefinido o tempo, não ato.
Em Corinto havia dois partidos: um desobediente, outro procurando obedecer.
B. Autoridade Construtiva. 10:7-18.
7. Evidentemente alguns em Corinto mediante
um homem segundo a aparência, E.R.C. (cons. I Co. 1:12; 3:3, 4). O se
julga verdadeira a situação (como em lI Co. 5:17). O verbo confia (segundo
perfeito de peitho, “confiar” – como em 5:11) estabelece uma persuasão
interna que resulta em convicção externa (cons. seu uso em Fp. 3:4; lI Tm. 1:5,
12). Nenhum grupo pode estar mais confiante do que aqueles que são enganados
pelo diabo (cons. lI Co. 4:3, 4; 11:13 e segs.). Sobre assim como. . .
também, veja 1:5.
8. Temos aqui uma oportunidade 1) assentada
– se eu me gloriar, 2) possuída – nossa autoridade, 3) recebida –
a qual o Senhor nos conferiu, 4) definida – para edificação, e 5)
justificada – não me envergonharei.
9. Não obstante insinuações sinistras, Paulo
não queria intimidar (ekfobeo; só aqui no N.T.) seus convertidos
com suas cartas.
10. As sutis implicações das murmurações em
Corinto eram que a presença de Paulo (parousia; veja 7:6) era um tanto
menos eficiente que as suas cartas. Se os habitantes de Listra podiam
chamar Paulo de Hermes (cons. Atos 14:12), parece que a ignomínia do desprezível
surgiu mais da animosidade do que da realidade. Cons. II Pe. 3:15, 16.
11. Sobre tal veja 3:12; cons. 12:2,
3, 5. Que o que somos corresponde ao grego (hoioismen). As
palavras e obras de Paulo correspondiam – quer ausente quer presente. Que seu
difamador se precavesse!
12. Paulo não se tornaria um membro da
Sociedade dos Mestres Auto-Recomendados de Corinto. Tais homens 1) se louvam
a si mesmos; 2) medindo-se consigo mesmos; 3) revelando
insensatez (suniemi; cons. seu uso em Ml. 13:13 e segs.; Atos 7:25,
26; Rm. 3:11 – não conseguem juntar dois com dois). O apóstolo não dava valor
ao dita - “todos os mestres concordam”.
13. Paulo não se gloriava como seus oponentes
(cons. 10:12). Deus lhe demarcou um território ou província para
evangelizar (cons. Gl. 2:7; Ef. 3:1-9). Nesse território, que incluía Corinto,
ele se gloriava.
14. Paulo e seus auxiliares não se
intrometiam presunçosamente entre os coríntios. Eles foram 1) por província – não
ultrapassamos os nossos limites; 2) por prioridade – posto que já
chegamos até vós; 3) por proclamação – com o evangelho de Cristo. Paulo
fala uniformemente do evangelho de “o Cristo”, isto é, do Ungido (como em 2:12;
4:4; 9:13; Rm. 15:19; Gl. 1:7; Fp. 1:27; I Ts. 3:2).
15, 16. Estes versículos enunciam princípios
espirituais, tais como: 1) Um ministro não deve se gloriar nos trabalhos
alheios ou no que estava já preparado. (E.R.C.). 2) A fé de uma
igreja (crescendo a vossa fé) afeta a atividade de um ministro. 3) Pelo
crescimento espiritual uma igreja capacita um ministro – evangelizar além
das vossas fronteiras; (cons. Rm. 15:19-29).
17. Cita como Escritura em I Co. 1:31 (cons.
Jr. 9:24). Nas epístolas de Paulo, o no (en) na frase, no Senhor,
sempre expressa um relacionamento íntimo e místico com Cristo. A frase é mais
ou menos uma marca registrada espiritual (por exemplo, Rm. 16:12, 13, 22; Fp.
4:1, 2; 4, 10; Fm. 20). Nenhum outro escritor do N.T. a usa.
18.
Paulo preferia infinitamente mais o muito bem de
Cristo (Mt. 25:21, 23) a todos os aplausos dos mestres auto-recomendados (cons.
II Co. 10:12). Sobre Senhor veja II Tm. 4: 8, 14, 17, 18, 22.
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