Resumo de Isaías 22

Isaías 22

Neste capítulo 22 de Isaías, o povo de Judá estava se comportando como seus vizinhos pagãos, de modo que não foi por acaso que Isaías os incluiu na lista das nações que seriam julgadas por Deus. Em sua misericórdia, o Senhor livraria Jerusalém do exército assírio, porém não os livraria da Babilônia. Isaías apontou dois pecados em particular que levariam ao declínio de Judá e a seu cativeiro na Babilônia. A incredulidade do povo (vv. 1-14). Apesar de algumas partes dessa descrição parecerem falar da invasão assíria nos dias de Ezequias (caps. 36-37; 2 Rs 18-19; 2 Cr 32), a referência principal é à conquista de Jerusalém pelos babilônios em 586 a.C. No tempo de Isaías, Jerusalém era uma “cidade de festa”, onde o povo realizava todo tipo de celebração (Is 5:11-1 3; 32:12, 1 3). A filosofia popular era “comamos e bebamos, que amanhã morremos.” (Is 22:13; 56:12; 1 Co 15:32). Contudo, o profeta não participava dessas festas, pois via chegando o dia em que a morte e a destruição reinariam na cidade de Davi. As pessoas subiram aos telhados das casas, mas o profeta desceu até um dos três vales nas cercanias de Jerusalém e, ali, Deus lhe deu uma visão. Visões e vales geralmente andam juntos. O profeta viu pessoas morrendo, não por ferimentos de guerra, mas de fome e de enfermidades (Is 22:2). Viu os governantes de seu país fugindo de medo com a chegada do exército inimigo (vv. 3-7; 2 Rs 25:1 - 1 0). O povo faria todo o possível para se preparar para um longo cerco (Is 22:8-11): juntaria armas (1 Rs 7:2; 10:17), fortificaria muralhas (Is 22:9,10), cuidaria do sistema de suprimento de água (v. 9; 2 Cr 32:1-4, 30; 2 Rs 20:20) e construiria um reservatório entre os muros (Is 22:11). Mas toda essa preparação frenética não os livraria do inimigo. “Tira-se a proteção de Judá.” (v. 8). Em sua falsa confiança, diriam: “Assim como o Senhor livrou Jerusalém da Assíria, também nos livrará da Babilônia”. O povo fez de tudo, exceto confiar no Senhor (v. 11). Em vez de banquetear, deveriam estar jejuando, pranteando, vestindo panos de saco e raspando os cabelos em sinal de angústia (v. 12; Ed 9:3; Tg 4:8-10). Deus havia enviado vários profetas para avisá-los, mas o povo não lhes deu ouvidos. Era tarde demais; seus pecados não poderiam ser perdoados, pois seu coração estava endurecido. Judá iria para o cativeiro, e a Palavra de Deus a Isaías se cumpriria (Is 6:9-13). A infidelidade dos líderes (vv. 15-25). Se os líderes tivessem colocado sua fé no Senhor e chamado o povo ao arrependimento, então talvez houvesse esperança, mas muitos dos líderes eram como Sebna, pensando apenas em si mesmos. Com o tesoureiro (“administrador”), Sebna era o segundo em autoridade abaixo do rei Ezequias (ver caps. 36 - 37), mas ele usou sua autoridade (e possivelmente o dinheiro do rei) para construir para si mesmo um túmulo monumental IIs 22:16) e adquirir carros (v. 18; ver is 2:7). Sebna não era um homem espiritual e provavelmente fazia parte do partido pró-Egito em Judá. Deus julgou Sebna rebaixando-o de posição (de acordo com Is 36:3, ele se tornou “escrivão”), envergonhando-o e, depois, deportando-o. Em seguida, foi jogado “como uma bola” (Is 22:18) em um país distante da Assíria?), onde morreu. Não pôde ter um funeral dispendioso nem ser enterrado em seu túmulo sofisticado. Deus escolheu outro homem, Eliaquim (“Deus levantará”), e chamou-o de “meu servo”. Em vez de explorar seu povo, seria um pai para eles e usaria sua “chave” (autoridade) para o bem de sua nação. Seria uma estaca, fincada em lugar firme, na qual se poderia pendurar muitas coisas. Porém, mesmo um líder piedoso como Eliaquim não seria capaz de refrear a queda final de Judá, pois um dia a nação inteira cairia (v. 25). Eliaquim é uma figura de Jesus Cristo (Ap 3:7), o maior Servo de todos.

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