Resumo de Jeremias 7

Jeremias 7

Jeremias 7 registra a mensagem de Deus ao povo de Judá sobre o mau uso do templo e sua falsa sensação de segurança. O capítulo começa com um chamado para ficar na porta do templo e proclamar uma mensagem de arrependimento, advertindo o povo a não confiar em rituais religiosos vazios. Apesar de possuir o templo, o comportamento do povo é marcado pela injustiça, opressão e idolatria.

O capítulo 7 de Jeremias destaca a importância de um relacionamento verdadeiro com Deus, arrependimento genuíno e vida justa acima de meras práticas religiosas. Exige uma transformação do coração e uma rejeição da hipocrisia. O capítulo serve como uma advertência contra confiar nas aparências externas e nos rituais sem a correspondente mudança interna. Por meio de sua mensagem, Jeremias 7 ressalta a importância de viver em alinhamento com os valores de Deus e evitar as armadilhas da religiosidade vazia.

Notas de Estudo:

7:1 A palavra que veio. Este foi o primeiro sermão de Jeremias no templo (v. 2); outra é encontrada no capítulo 26. Deus foi despertado contra os pecados que Ele menciona (vv. 6, 19), especialmente em Seu templo tornando-se um covil de ladrões (v. 11). O ponto desta mensagem, no entanto, era que se Israel se arrependesse, mesmo nesta hora tardia, Deus ainda impediria a vinda do conquistador (vv. 3, 7). Eles devem rejeitar mentiras como a falsa esperança de que a paz é certa, com base no raciocínio de que o Senhor nunca traria calamidade em Seu próprio templo (v. 4). Eles devem abandonar seus pecados (vv. 3, 5, 9) e acabar com sua hipocrisia (v. 10).

7:7 a terra... Eu dei... para sempre. Deus se refere ao elemento incondicional da promessa da terra na aliança abraâmica (Gn 12; 15; 17; 22).

7:12 ir... para... Siló. Deus os chama para retornar a Siló, onde o tabernáculo habitava junto com a arca da aliança. Ele permitiu que os filisteus devastassem aquele lugar (1 Sam. 4), e está pronto para fazer o mesmo com Jerusalém, o lugar de Seu templo (vv. 13, 14).

7:13 levantando-se cedo. Isso se refere ao ministério diário dos profetas (cf. v. 25).

7:15 como eu expulsei... Efraim. Efraim representa o reino do norte de Israel, já que era a tribo líder (cf. 2 Rs 17:23). Como Deus os exilou para a Assíria (c. 722 a.C.), embora fossem mais numerosos e poderosos, assim Ele fará com o reino do sul.

7:16 não ore. Deus disse ao Seu porta-voz para não orar pelo povo (cf. 11:14). Ele não achou Judá inclinado a se arrepender. Em vez disso, Ele encontrou o uso loquaz de slogans ilusórios, como em 7:4, e flagrante adoração de ídolos no versículo 18 de um povo que insiste em não ouvir (v. 27; 19:15). Cf. 1 João 5:16.

7:18 a rainha do céu. Cf. 44:17–19, 25. Os judeus adoravam Ishtar, uma deusa assíria e babilônica também chamada de Astarote e Astarte, a esposa de Baal ou Moloque. Como essas divindades simbolizavam o poder generativo, sua adoração envolvia prostituição.

7:22 Eu não... comando. Os escritores da Bíblia às vezes usam a negação aparente para fazer uma ênfase comparativa. O que Deus ordenou a Seu povo no Êxodo não foram tanto as ofertas, mas a obediência do coração que motivou as ofertas. Veja este sentido comparativo usado em outro lugar (Deuteronômio 5:3; Oséias 6:6; 1 João 3:18).

7:22, 23 ofertas... sacrifícios... obedecer. Aqui está uma ênfase crucial na obediência interna. Cf. Josué 1:8; 1 Samuel 15:22; Provérbios 15:8; 21:3; Isaías 1:11–17; Oséias 6:6; Mateus 9:13.

7:29 Corte seu cabelo. Este é um sinal que descreve Deus separando a nação e lançando-a no exílio. Ezequiel usou uma ilustração semelhante ao cortar o cabelo (Ezequiel 5:1–4). Deus nunca rejeita os genuinamente salvos da salvação espiritual (João 6:37; 10:28, 29).

7:31 queimam seus filhos. Embora Deus proibisse essa atrocidade (Levítico 18:21; 20:2–5; Deut. 12:31), os israelitas ainda ofereciam bebês como sacrifícios nos altos lugares de adoração de ídolos (Tofete) no vale de Hinom (extremidade sul de Jerusalém). Eles os ofereceram ao deus do fogo Moloque, sob a ilusão de que este deus os recompensaria. Veja nota em 19:6.

7:32 Vale da Matança. Deus renomeou o lugar porque uma grande carnificina aconteceria na invasão da Babilônia.

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