Estudo sobre Apocalipse 7:1

Estudo sobre Apocalipse 7:1

Estudo sobre Apocalipse 7:1

Apocalipse 7:1

Depois disto, vi quatro anjos em pé nos quatro cantos da terra, conservando seguros os quatro ventos da terra. Os quatro cantos, a partir dos quais os furacões do juízo varrem a terra, constituem conceitos sólidos (Jr 49.36; Dn 7.2; Zc 6.5). Em virtude da última referência surge uma estreita ligação com os quatro cavalos da desgraça da abertura dos quatro primeiros selos. No caso dos quatro ventos, assim como no dos quatro cavalos, trata-se, portanto, de poderes de destruição do fim dos tempos. Não é fortuito que sua atividade seja mencionada aqui no v. 3 com o mesmo verbo usado em Ap 6.6. Tornam a terra um campo de catástrofes. O número quatro novamente indica uma ideia de totalidade: como a tribulação em Ap 3.10, eles passam sobre a terra inteira.

O presente versículo pressupõe que as tempestades ainda estão por vir. Deste modo confirma-se a opinião de que o cap. 7 não prolonga a ação do cap. 6, porque ali as aflições do fim dos tempos já haviam progredido grandemente. Aqui o vidente está retomando um momento anterior a elas, a fim de mostrar o mesmo período uma segunda vez, porém de maneira diferente.

O aspecto de que os poderes de destruição não podem simplesmente desencadear-se por inteiro, mas são retidos pelos anjos, evoca novamente o controle de Deus sobre todos os acontecimentos (excurso 4d), para que nenhum vento soprasse sobre a terra, nem sobre o mar, nem sobre árvore alguma. É nas árvores que se nota com especial clareza a tempestade ou a calmaria. Mostra-se, pois, que nenhuma arvorezinha é quebrada quando Deus não o permite. Ele é extremamente meticuloso no juízo. A sua ira não se precipita num automatismo cego como acontece com a ira humana (Tg 1.20).


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