Apocalipse 7 — Comentário Literário da Bíblia

Comentário Literário de Apocalipse 7






Apocalipse 7

Primeiro, João vê “quatro anjos”. O fato de estarem “nos quatro cantos da terra, [...] em pé”, indica a autoridade deles sobre todo o mundo (assim Is 11.12; Ez 7.2; Ap 20.8; cf. 2Br 6.4—7.2; T. Aser 7.1-7; Apoc. Gr. Ed. 3.6; cf. tb. 3En 48A.10). A expressão “os quatro ventos” também se refere a todo o mundo conhecido, como deixa claro o uso da mesma expressão nos seguintes textos: Jeremias 49.36; Daniel 8.8; 11.4; lEnoque 18.2; 4Esdras 13.5; Mateus 24.31; Marcos 13.27 (Tg. de Is 11.12 traduz “quatro cantos da terra”, do TM, por “quatro ventos da terra”).

“Os quatro ventos da terra” correspondem aos quatro cavaleiros de 6.1-8, por sua vez moldados claramente segundo os cavaleiros de Zacarias 6.1-8. Os quatro cavaleiros de Zacarias também são identificados como “os quatro ventos do céu” (Zc 6.5; v. Carrington 1931, p. 139; Kiddle & Ross 1940, p. 131-2; Caird 1966, p. 94; Beasley-Murray 1974, p. 142; Morris 1987, p. 113; Wilcock 1975, p. 79; Josefo, G .J . 6.297-301). Essa identifica­ção fica mais óbvia quando lemos que o selamento dos crentes em 7.3-8 explica como podem estar protegidos espiritualmente das calamidades provocadas pelos quatro cavaleiros, as quais devem suportar. A necessidade de se reter os ventos para evitar sua ação nociva é evidência de sua natureza rebelde e perversa (Caird 1966, p. 94; observe que os quatro ventos de Jr 49.36 [cf. lE n 76] são agentes do juízo divino). Se existe algum significado na mudança de "ventos do céu” de Zacarias para “ventos da terra”, pode ser a intenção de enfatizar a devastação da terra provocada por esses agentes celestiais. Sobre os “ventos” em geral como agentes do juízo divino em outras passagens do AT veja: Salmos 18.10; 104.3,4; Isaías 19.1; 66.15; Jeremias 4.11,12; 23.19; 51.1; Os 13.15,16 (cf. tb .Jb 2.2). Relevante para a comparação a Apocalipse 7.1 é Josefo (G.J. 6.297-301), segundo o qual carruagens celestiais supostamente foram vistas como sinais de alerta da iminente destruição de Jerusalém, seguidas por uma referência a “uma voz dos quatro ventos”, também como sinal de alerta.

7.2-3 — A visão de Ezequiel 9 oferece o melhor pano de fundo para a compreensão da atividade do selamento divino. Com o prenúncio do iminente saque babilônico a Jerusalém, Deus manda um anjo com a missão de aplicar uma marca em todos os verdadeiros crentes, mas instrui outros anjos a matar os israelitas infiéis (observe os paralelos com a marca de sangue sobre as portas dos hebreus, na Páscoa [Êx 12.7,13,22-28]). É muito improvável que essa visão tenha plena correspondência com os fatos da queda de Jerusalém, provocada pelos babilônios. Os anjos começam a matar no Templo e depois vão para fora, enquanto os babilônios, presumivelmente, se movimentam na direção oposta, de fora para dentro da cidade. Também não é seguro supor que só os ímpios foram mortos e os justos foram todos poupados na invasão. O próprio Ezequiel parece estar em dúvida sobre a condição espiritual de muitos exilados (v., e.g., Ez 36.20; cf. tb. a severa denúncia de Jeremias contra alguns que faziam parte do “remanescente” [42.2] em Jr 43 e 44). Por se tratar de uma visão, o “selamento” de Ezequiel provavelmente se refira à proteção espiritual do remanescente fiel na hora da destruição ou à preservação deles, que simboliza a esperança futura de Israel no cativeiro, sobretudo quando forem restaurados.

O próprio João claramente não está preocupado com a segurança física, mas com a defesa da fé e com a salvação dos crentes em meio aos vários sofrimentos e perseguições que lhes são infligidos, quer por Satanás, quer por seus agentes terrestres ou demoníacos (como enumerados, e.g., em 6.1-11; os membros da comunidade de Qumran aplicavam Ez 9.4 a si mesmos: acreditavam que eram o remanescente verdadeiro e fiel do Israel dos últimos dias [CD-B XIX, 12]). João parece entender a passagem de Ezequiel 9 como tipológica do remanescente fiel na comunidade da igreja e de sua preservação espiritual por Deus em face das provações e perseguições.

É provável que o “selo” na testa deva ser igualado ao “nome” de Deus, que em outras passagens marca seus servos (e.g., Ap 14.1). Podemos fazer uma comparação com Êxodo 28.11-21 ( = 39.6-14), em que se menciona a maioria das pedras preciosas encontradas em Apocalipse 21.19,20, e o nome de uma das doze tribos está escrito em cada pedra para mostrar quem é membro da comunidade israelita da aliança. Diz-se que as doze pedras preciosas com os “nomes” das tribos de Êxodo 28.10,11,21 eram “selos” que ficavam nos ombros do sumo sacerdote, e a tradição textual grega do AT de Êxodo 28.11 (LXX) apresenta várias formas de particípio semelhantes às de Apocalipse 7.4-8 (e.g., sphragismenõn no manuscrito 552 [cf. outras prováveis variantes no aparato crítico, em Wevers 1991]). Esses selos correspondem ao “selo” colocado na testa de Arão, que também representava Israel, como registra Êxodo 28.31-38 (cf. epi tou metõpou Aarõn [“sobre a testa de Arão”] em Êx 28.38, com epi tõn metõpõn autõu [“sobre a testa deles”], em Ap 7.3). O selo de Êxodo 28.36, em lugar dos nomes das tribos de Israel, traz a expressão “ Santo ao Senhor ” (hagiasma kyriou), que encerra a ideia de Israel como possessão consagrada de Yahweh (assim Êx 19.6). O texto de Apocalipse 7.2,3 presume que os crentes selados são posse consagrada do próprio Deus.

7.4-8 — Bauckham (1993a, p. 217-29) argumenta de forma convincente que em Apocalipse 7.4-8 os que são contados constituem o exército escatológico de Deus — não um exército literal de israelitas, mas um símbolo da “igreja militante”, que guerreia contra os inimigos espirituais e vence o Diabo por meio do testemunho fiel a respeito de Jesus. A evidência para esse ponto de vista pode ser resumida da seguinte forma:

1) Nos recenseamentos do AT, o objetivo da contagem era sempre medir o poderio militar da nação, como se vê, por exemplo, em Números 1.3,18,20 e 26.2,4, 2Samuel 24.1-9 e lCrônicas 27.23 (o uso de “m il”, em Ap 7, também pode ter conotação militar, como, e.g., em Nm 1; 31.14,48 [assim Boring 1989, p. 131]). A repetição de ek phylês (“da tribo”), em Apocalipse 7.5-8, pode ecoar a repetida expressão quase idêntica ek tês phylês (“da tribo”), de Números 1.21-43 (LXX) (v. tb. “dos filhos de Israel” [ARA], em Nm 2.32, e a mesma expressão em Ap 7.4).

2) Eram contados no AT apenas os homens em idade militar, e os 144 mil de Apocalipse 14.1-4 são “virgens” do sexo masculino.

3) O recenseamento militar de Números 1 influenciou, no relato em 1QM, o entendimento da comunidade de Qumran sobre a iminente guerra messiânica, pela qual eles reconquistariam a terra da promessa. Por exemplo, 1QM organiza o exército da seita de Qumran no tradicional agrupamento das doze tribos (II, 2-3, 7; III, 13-14; V, 1-2).

7.5 — O fato de Judá encabeçar a lista no registro das tribos, em 7.5-8, é surpreendente, visto que na maioria das listas das doze tribos do AT raramente essa tribo é citada em primeiro lugar (cf. Nm 2.3-32; 34.19; Js 21.4; lCr 12.23- 37; de igual modo, L.A.B 25.4; cf. Jz 1.2-4). A prioridade de Judá aqui enfatiza a precedência do Rei messiânico proveniente da tribo de Judá (cf. Gn 49.10; lCr 5.1,2; v. tb. Midr. Rab. de Gn 98.2). Isso retrata o cumprimento da profecia de Gênesis 49.8, segundo a qual as outras onze tribos iriam “se prostrar” diante de Judá. A passagem de Ezequiel 37.15- 19 desenvolve Gênesis 49.8 e afirma que, na hora da restauração, todas “as tribos de Israel” serão incorporadas à “tribo de Judá”. Em seguida, é dito que todo o Israel, inclusive Efraim, terá Judá como líder e representante (37.24,25). Em particular, 37.24,25 diz que, de Judá, um Davi dos últimos dias governará como rei sobre todas as tribos (tb. 34.23-25). Portanto, Apocalipse 7.5 é uma continuação de 5.5, em que Jesus é identificado como o prometido líder de Judá.

7.9-17 — O relacionamento entre o grupo de 7.4-8 e 0 de 7.9-17 tem ocasionado muitos debates. É possível que se trate de dois grupos distintos, mas os argumentos já apresentados com relação ao “censo” sustentam a igualdade entre os dois grupos. Bauckham (1993a, p. 215-6) observa que a relação entre os dois segmentos constitui um paralelo exato com a relação entre o leão e 0 cordeiro, em 5.5,6. Assim como João ouve falar de um leão e vê seu significado através do simbolismo de um cordeiro, ele toma conhecimento dos 144 mil e entende seu significado por meio da visão de uma multidão incontável. “O Leão da tribo de Judá (5.5) [...] corresponde à lista dos selados das tribos de Israel, liderados pelos que são da tribo de Judá (7.5) [...]. O Cordeiro em pé (5.6), que resgatou pessoas de toda tribo, língua, povo e nação (5.9), corresponde à multidão de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do Cordeiro (7.9)” (Bauckham 1993a, p. 216). O paralelismo entre 0 capítulo 5 e 0 capítulo 7 é ainda confirmado pela sugestão anterior de Bauckham, segundo a qual 7.4-8 descreve a contagem de um exército para a guerra santa liderada por Judá, que 7.9-14, ironicamente, 0 retrata como lutando para perseverar na fé em meio ao sofrimento e à derrota no mundo (de modo semelhante, Valentine 1985, p. 219-23). A ideia de que o grupo de 7.9-17 são os mesmos guerreiros de 7.4-8 é refor­çada ainda pela observação de que em 7.9 o termo oclilos (“multidão”) pode ser traduzido por “exército” e que as túnicas brancas e as palmas estão associadas em outras passagens com as vitórias militares (v., respectivamente, 2Mc 11.8; lM c 13.51; cf. T. Naf. 5.4; v. comentário de 7.9 adiante), a tradu­ção viável de sõtêria em 7.10 por “libertação” ou “vitória” parece confirmar essa conclusão (Bauckham 1993a, p. 225-6).

7.9 — A expressão “uma grande multidão, que ninguém podia contar” evoca a promessa feita a Abraão e Jacó de que Deus multiplicaria a descendência dele, “de modo que, de tão numerosa, não poderá ser contada” (v. esp. Gn 16.10; 32.12; v. tb. Gn 13.16; 15.5; 22.17; 26.4; Os 1.10; Jb 13.20; 14.4-5; Hb 11.12 [veem a ligação: D Aragão 1968, p. 478; Mounce 1977, p. 171; Sweet 1979, p. 150; Hughes 1990, p. 95; Bauckham 1993a, p. 223; Ulfgard 1989, p. 94; cf. Prigent 1981, p. 123]). Como em todo o livro de Apocalipse, a promessa feita a Israel é aplicada à igreja de todas as nações. Ao refletir sobre a promessa feita a Abraão, a tradição judaica até questiona por que alguns textos do AT afirmam que o povo de Israel pode ser contado, enquanto a promessa abraâmica diz que Israel se multiplicará a ponto de seu número não poder ser computado. Uma das respostas à questão é que só Deus sabe o número exato do verdadeiro remanescente em Israel, portanto nenhum ser humano será capaz de calcular esse número pela perspectiva eterna ou celestial (e.g., Midr. Rab. de Nm 2.14,18,19; Sípre de Dt Piska 47; b. Yoma 22b). Outra resposta da tradição exegética judaica é que, em qualquer geração específica de Israel em que a maioria se toma desobediente, é possível enumerar o remanescente fiel, mas quando a nação é fiel (na era messiânica, todos os obedientes serão reunidos [assim Midr. Rab. de Nm 2.14]), o grupo é numeroso demais para ser contado (assim Midr. Rab. de Nm 2.18; 20.25; Sipre de Dt Piska 47; b. Yoma 22b).

Algo semelhante ocorre em Apocalipse 7.9. Da perspectiva divina, sobre a qual João é informado em 7.4-8, a descendência eleita de Abraão é conhecida como um remanescente que pode ser contado. No entanto, eles são incontáveis pela perspectiva humana de João, especialmente em sintonia com o vocabulário da descendência multiplicada prometida a Abraão. Os santos vestem “túnicas brancas” (v. comentário de 3.4,5), seguram ramos de “palmas nas mãos” e estão em pé diante do trono de Deus e do Cordeiro. A referência aos ramos de “palmas” é uma alusão à Festa dos Tabernáculos (cf., e.g., Lv 23.40,43; Ne 8.15; 2Mc 10.7; v. Ulfgard 1989, p. 89-92, 95). No AT, era uma ocasião para a nação, uma vez por ano, se alegrar e agradecer a Deus pela abundância das colheitas. A festa também comemorava a habitação de Israel em tendas sob a proteção divina durante sua peregrina­ção no deserto, após serem libertos do jugo egípcio (Lv 23.40,43). Ela os lembrava de que a continuidade de sua existência como nação teve seu fundamento na redenção operada por Deus no mar Vermelho e pela vitória sobre os egípcios (em lM c 13.51, e incluída em 2Mc 10.7, os ramos de palmas simbolizam a vitória sobre o inimigo; Filo [Interp. Alcg. 3.74] refere- -se a uma “palmeira [como] símbolo da vitória”; cf. Suetônio, Cal. 32). A mesma figura agora é aplicada por João aos povos de todas as nações que se regozijam na redenção do êxodo futuro, na vitória sobre os perseguidores e no fato de Deus protegê-los durante a peregrinação no deserto (cf. 12.6,14) da “grande tribulação”. A celebração escatológica da Festa dos Tabernáculos em Zacarias 14.16-19 pode estar no pano de fundo. 7JI4 Daniel 12.1 LXX é reconhecido como a provável origem da ideia da “grande tribulação”: “Haverá um tempo de tribulação como nunca houve desde que existiu nação até então”. A expressão “grande tribulação” (thlipsis megale) ocorre em outras passagens do NT, como Mateus 24.21 e Atos 7.11. Em Mateus 24.21, a expressão é parte de uma referência mais ampla e explícita a Daniel 12.1 (cf. Mc 13.19).

A tribulação em Daniel consiste na perseguição do oponente escatológico aos santos por causa da fidelidade deles à aliança com Deus (cf. Dn 11.30-39,44; 12.10). Alguns irão apostatar e também perseguir os que permanecerem fiéis, especialmente na tentativa de fazer com que abandonem sua lealdade (Dn 11.32,34; 12.10). João entende que essa tribulação já começou (cf. lM c 9.27, que sugere ter a “grande tribulação” de Daniel 12.1 começado já no segundo século a.C., como resultado do caos produzido pela morte de Judas Macabeus pelas mãos do inimigo de Israel). A referência às multidões “no seu santuário”, quando Deus “estenderá o seu tabernáculo sobre eles”, é um eco claro da profecia da restauração de Israel, registrada em Ezequiel 37.26-28 LXX. Ali Deus diz: “Porei o meu santuário no meio deles para sempre. Meu tabernáculo [kataskênõsis] permanecerá com eles [...] quando o meu santuário estiver no meio deles para sempre”. A ligação com Ezequiel é confirmada pelo paralelo em Apocalipse 21.3, em que Ezequiel 37.27 é citado de maneira mais completa e imediatamente seguido, em 21.4,6b, das mesmas alusões ao AT encontradas em 7.16,17 na seqüência de 7.15. Mais uma vez, a multidão incontável dos redimidos da igreja é vista como o cumprimento de uma profecia sobre a restauração de Israel nos últimos dias. A aplicação da profecia de Ezequiel 37.27 à igreja é surpreendente porque, de acordo com Ezequiel, quando essa profecia se concretizar o resultado imediato será que “As nações saberão que eu sou o Senhor que santifico Israel, quando o meu santuário estiver no meio deles” (37.28). Assim, a igreja parece ser a continuação do verdadeiro Israel.

7.16,17 — A multidão de salvos de todos os povos (cf. 7.9) que desfruta da presença de Deus continua a ser descrita como o cumprimento da profetizada restauração de Israel. Eles desfrutam o bem-estar da presença divina, prometida como parte da restauração. João apela para Isaías 49.10 que afirma: “Nunca sentirão fome nem sede; nem o calor do deserto nem o sol os afligirá; [...] e os conduzirá mansamente aos mananciais das águas” (cf. Jo 6.35). Os “mananciais das águas” de Isaías agora são as “fontes das águas da vida”. A palavra zõês (“da vida”) pode ser um genitivo apositivo (“fontes das águas que são vida”) ou, mais provavelmente, um genitivo adjetivo (“fontes de águas vivas”). Essas “águas da vida”, que simbolizam a vida eterna, têm sua origem em Deus e no Cordeiro (assim 21.6; 22.1,17) [lE n 48.1-4 é um desenvolvimento do texto de Isaías juntamente com Is 49.6; v. tb. Sl 36.8,9; 46.4,5; Pv 14.27; Is 12.3; 33.21; 55.1-3; Jr 2.13; J1 3.18; lE n 96.6; Jo 4.14; 7.38; em contraste, 1QHJ XVI, 4-10 identifica o Mestre da Justiça, de Qumran, como o manancial de águas vivas do qual os santos devem beber). Essa é a vida de comunhão eterna com Deus e com Cristo.

Mesmo a imagem do Cordeiro que “os apascentará”, em 7.17, tem origem em Isaías 49.9, em que o Senhor diz que “em todos os caminhos serão pastoreados” (assim 49.10; cf. Sl 23.1,2). Tanto Isaías 49 quanto o salmo 23 retratam Deus como pastor, de modo que a função pastoral de Cristo aqui reforça sua posição como figura divina. Outra alusão a uma promessa de restauração, agora extraída de Isaías 25.8, é anexada ao final de Apocalipse 7.17 a partir da formulação de Isaías 49.10: “Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima”. A razão pela qual não haverá mais pranto é que Deus “aniquilará a morte para sempre”, que é a expressão introdutória de Isaías 25.8. Embora João omita a primeira linha sobre a aniquilação da morte, ele provavelmente a presume como a base da promessa de que não haverá mais choro, pois inclui esse trecho de Isaías 25.8 em 21.4: “Não haverá mais morte”, que se segue logo após a frase: “Ele lhes enxugará dos olhos toda lágrima”

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