Isaías 27 — Comentário Devocional
Isaías 27
Isaías 27 continua os temas da restauração e do julgamento e contém uma mensagem profética sobre o plano final de Deus para o Seu povo.
O capítulo começa usando uma linguagem metafórica para descrever como Deus lidará com um “leviatã”, muitas vezes interpretado como um símbolo do mal ou de um inimigo poderoso. Esta imagem transmite a ideia de que Deus tem o poder de vencer e subjugar qualquer força que se oponha a Ele.
O capítulo então muda para a visão de uma vinha frutífera e enfatiza o cuidado de Deus pelo Seu povo. Apesar do julgamento que enfrentaram, a passagem fala de um tempo em que Deus cuidará da Sua vinha e produzirá fecundidade e abundância.
Isaías 27 destaca temas de julgamento divino, restauração e soberania final de Deus. Transmite a mensagem de que o propósito final de Deus é redimir e restaurar o Seu povo, apesar dos desafios e provações que possam enfrentar. O capítulo sublinha o princípio de que os planos de Deus vão além das circunstâncias imediatas e que a Sua providência acabará por trazer um tempo de bênção e renovação. Serve como um lembrete de que mesmo em tempos de julgamento e dificuldade, há esperança e a promessa de intervenção divina para aqueles que se alinham com os caminhos de Deus.
Comentário Devocional
27.1 “Aquele dia” é uma referência ao fim deste mundo pecador como o conhecemos. Na antiga literatura aramaica (ugarítica), o Leviatã era um monstro de sete cabeças, inimigo da ordem criada por Deus. Deste modo, Isaías está comparando o massacre de Deus aos iníquos à vitória sobre um grande inimigo. Embora o mal seja um poderoso adversário, Deus o esmagará e o eliminarão da terra para sempre.27.2-6 A vinha pisoteada do cap. 5 será restaurada na nova terra de Deus. Ele protegerá e cuidará da vinha, que é o seu povo. Nunca mais produzirão frutos inúteis, mas frutos suficientes para o mundo inteiro. Os gentios conhecerão a Deus através de Israel. Esta seção fala de um dia em que o Senhor libertará Judá. A passagem mostra Israel como uma vinha protegida e cuidada pelo Senhor (vs. 2-3). Fala de um dia em que a ira do Senhor se acalmou e Ele deseja que inimigos, representados por espinhos e sarças, venham contra Judá para que ele possa defender a nação (v. 4). Melhor ainda, Ele deseja que as nações venham a Ele e façam as pazes quando Jacó se tornar seguro e se expandir sobre a terra (vs. 5-6). O uso anterior de imagens de vinhedos ocorreu em 5:1-7 e descreveu Israel como um vinhedo selvagem e indomado que só produziria frutos sem valor. Aqui, a vinha representa Israel como redimido. O Senhor cuidará da vinha e produzirá. O julgamento de Deus será suplantado por Sua libertação, à medida que a nova vinha prospera sob Seus cuidados. O retorno das imagens da vinha destaca a virada dramática que ocorrerá para o povo de Deus. As garantias dadas em 27:2-6 ressaltam a próxima restauração de Israel e colocam a situação de Israel em alívio com a das nações.
27.9 Somente Deus pode remover o pecado, mas ser expulso da terra era considerado um castigo que purificaria o povo de Deus. A passagem em Deuteronômio 28:49-52,64 explica a advertência divina a respeito destas consequências.
27.11 Isaías compara as condições da vida espiritual de Israel a ramos secos que são quebrados e usados para acender o fogo. Nas Escrituras, as árvores frequentemente representam a vida espiritual. O tronco é o canal por onde corre a força de Deus; os ramos, as pessoas que o servem. Às vezes, os ramos tremulam e são impelidos pelo vento. Assim como Israel, podem secar devido à sua podridão interior, e tornar-se inúteis para qualquer coisa que não seja acender o fogo. Que espécie de ramo é você? Se sentir que está oscilando espiritualmente, procure verificar se está livremente ligado a Deus.
27.12 “Padejar” ou “debulhar” significa “julgar”. O propósito de Deus ao julgar a terra não é a vingança, mas a purificação. Ele deseja corrigir-nos e conduzir-nos de volta à sua presença. Não nos castiga pelos pecados somente para nos fazer sofrer, mas a fim de tornar-nos mais bem equipados para um serviço fecundo.
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