Isaías 22 — Comentário Devocional
Isaías 22
Isaías 22 contém uma profecia a respeito de Jerusalém e seus líderes, concentrando-se em seu orgulho e no julgamento iminente.
O capítulo começa com uma representação do Vale da Visão, referindo-se a Jerusalém, que é vista como um lugar de folia e excessos. No entanto, em vez de se voltarem para Deus em tempos de crise, os líderes de Jerusalém mostram-se concentrados no seu próprio prazer e segurança.
A profecia fala então sobre o fracasso dos líderes de Jerusalém em se prepararem para um ataque iminente. O capítulo critica a sua falta de fé e confiança na proteção de Deus, pois em vez disso constroem defesas e armazenam recursos por conta própria.
Comentário Devocional
22.1-13 O “vale da Visão” refere-se à cidade de Jerusalém, onde o próprio Deus se revelou. Jerusalém seria atacada, a não ser que o povo de Deus se voltasse para Ele. Em vez disso, empregaram todos os meios possíveis de proteção, e não lhe pediram ajuda. Preferiram confiar em sua engenhosidade, em suas armas e até em seus vizinhos pagãos (ver 2 Cr 32. que descreve o cerco de Jerusalém).22.4 - Isaías prevenira o povo. Mas como não se arrependeram, sofreram o castigo divino. Por se importar com eles, Isaías condoeu-se com a punição e por eles lamentou. Às vezes, as pessoas de quem gostamos ignoram a nossa intenção de ajuda-las, e passam pelo sofrimento do qual desejávamos poupá-las. Nestas ocasiões, afligimos-nos por causa de nossa preocupação. Deus espera que nos envolvamos com os nossos semelhantes. E isso, às vezes, pode fazer nos compartilhar o seu sofrimento.
22.6,7 - Elão e Quir estavam sob o domínio assírio. Todo o exército assírio, inclusive os reinos vassalos, juntaram-se para o ataque a Jerusalém.
22.8-11 - Os líderes fizeram o possível a fim de preparar-se para a guerra. Conseguiram armas, inspecionaram as muralhas e armazenaram água em um reservatório. Mas todo o seu esforço foi inútil porque não pediram a ajuda de Deus. Muitas vezes adotamos medidas que, embora adequadas, na verdade, não são suficientes para fornecer o auxílio de que necessitamos. Devemos conseguir armas e inspecionar as muralhas, porém precisamos de que Deus nos dirija os esforços.
22.13,14 - O povo disse “Comamos e bebamos porque amanhã morreremos”, porque haviam perdido toda a esperança. Atacados por todos os lados (22.7), deveriam ter-se arrependido (22.12), mas, em lugar disso, preferiram festejar. A raiz do problema era que Judá não confiava no poder de Deus ou em suas promessas (ver 56.12; 1 Co 15.32). Hoje, ainda vemos pessoas vivendo sem esperança. Existem algumas reações muito comuns à falta de esperança: o desânimo (e até mesmo o desespero) e a autocomiseração. Mas não devemos agir como se não tivéssemos mais esperança. Ao enfrentar dificuldades, a melhor reação será confiar em Deus e em suas promessas.
22.15-25 - Sebna, um oficial ou funcionário de alto nível da corte, era tão materialista quanto os demais habitantes de Jerusalém (22.13). Ele pode ter pertencido ao grupo que estava a favor de uma aliança com os estrangeiros e que ignorava a advertência de Isaías. O Senhor revelou que Sebna perderia a sua posição, e seria substituído por Eliaquim (22.20). Eliaquim seria um “prego” firmemente fixado na terra (22.23). Infelizmente, este também cairia (22.25).
Índice: Isaías 1 Isaías 2 Isaías 3 Isaías 4 Isaías 5 Isaías 6 Isaías 7 Isaías 8 Isaías 9 Isaías 10 Isaías 11 Isaías 12 Isaías 13 Isaías 14 Isaías 15 Isaías 16 Isaías 17 Isaías 18 Isaías 19 Isaías 20 Isaías 21 Isaías 22 Isaías 23 Isaías 24 Isaías 25 Isaías 26 Isaías 27 Isaías 28 Isaías 29 Isaías 30 Isaías 31 Isaías 32 Isaías 33 Isaías 34 Isaías 35 Isaías 36 Isaías 37 Isaías 38 Isaías 39 Isaías 40 Isaías 41 Isaías 42 Isaías 43 Isaías 44 Isaías 45 Isaías 46 Isaías 47 Isaías 48 Isaías 49 Isaías 50 Isaías 51 Isaías 52 Isaías 53 Isaías 54 Isaías 55 Isaías 56 Isaías 57 Isaías 58 Isaías 59 Isaías 60 Isaías 61 Isaías 62 Isaías 63 Isaías 64 Isaías 65 Isaías 66