Comentário de Habacuque Capítulo 1 (Part. 1)
Deus algum dia destruirá os iníquos? Neste caso, quanto tempo temos de esperar ainda? Perguntas como essas são feitas por pessoas em toda a Terra. Onde podemos encontrar as respostas? Podemos encontrá-las nas divinamente inspiradas palavras proféticas sobre o tempo designado de Deus. Estas nos asseguram que Deus executará em breve o julgamento contra todos os iníquos. Só então a Terra “se encherá [completamente] do conhecimento da glória de Yehowah assim como as próprias águas cobrem o mar”. Esta é a promessa profética encontrada na Palavra Sagrada de Deus, em Habacuque 2:14.
O livro de Habacuque, escrito por volta de 628 AEC, consiste em uma série de três sentenças condenatórias proferidas por Yehowah. Duas destas sentenças já foram executadas. A primeira foi a que Deus executou contra a nação desobediente do antigo Judá. Que dizer da segunda? Foi a que Ele executou contra a opressiva Babilônia. Por isso, temos certamente todos os motivos para confiar que a terceira destas sentenças divinas também será executada. Na realidade, podemos esperar que o cumprimento disso se dê muito em breve. Nestes últimos dias, pela causa dos justos, Deus causará a destruição de todos os humanos iníquos. O último deles deixará de respirar na “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, que se aproxima rapidamente. — Apocalipse 16:14, 16.
A guerra do grande dia de Deus está cada vez mais perto. E a execução do julgamento divino nos iníquos em nosso tempo é tão certa como foi o cumprimento dos julgamentos de Yehowah contra Judá e Babilônia. Que tal, porém, imaginarmos agora mesmo estar em Judá nos dias de Habacuque? O que está acontecendo naquela terra?
Uma terra em tumulto: Imagine Habacuque, o profeta de Yehowah, sentado no terraço, usufruindo a fresca brisa da noitinha. Tem ao seu lado um instrumento musical. (Habacuque 1:1; 3:19) Mas Habacuque ouve uma notícia chocante. O Rei Jeoiaquim acaba de matar Urijá e mandar que o cadáver seja lançado no cemitério do povo comum. (Jeremias 26:23) É verdade que Urijá não continuara confiando em Deus, tendo ficado com medo e fugido para o Egito. No entanto, Habacuque sabe que a violência de Jeoiaquim não foi motivada pelo desejo de defender a honra de Yehowah. O que torna isto evidente é a total desconsideração que o rei demonstra pela lei divina e o seu ódio ao profeta Jeremias e a outros que servem a Deus.
Habacuque vê a fumaça de incenso subindo dos terraços de casas vizinhas. As pessoas não queimam este incenso como adoradores de Yehowah. Empenham-se em atos da religião falsa patrocinados pelo iníquo Rei Jeoiaquim, de Judá. Que situação vergonhosa! Os olhos de Habacuque enchem-se de lágrimas, e ele roga: “Até quando, ó Yehowah, terei de clamar por ajuda e tu não ouvirás? Até quando clamarei a ti por ajuda contra a violência e tu não salvarás? Por que me fazes ver o que é prejudicial e continuas a olhar para a mera desgraça? E por que há assolação e violência diante de mim, e por que vem a haver altercação, e por que se sustenta contenda? Portanto, a lei fica entorpecida e a justiça nunca sai. Visto que o iníquo está em torno do justo, por isso a justiça sai pervertida.” — Habacuque 1:2-4.
Deveras, prevalecem saques e violência. Para onde quer que Habacuque olhe, ele vê dificuldades, brigas e lutas. ‘A lei ficou entorpecida’, paralisada. E a justiça? Ora, ela “nunca sai” vitoriosa! Nunca prevalece. Em vez disso, “o iníquo está em torno do justo”, forjando as medidas legais feitas para proteger os inocentes. Deveras, “a justiça sai pervertida”. Ela é desvirtuada. Que situação lamentável se encontrava esse povo que dizia amar a Deus!
Habacuque pára e pensa na situação. Vai desistir? De forma alguma! Depois de refletir em toda a perseguição movida aos servos fiéis de Deus, este homem leal renova sua determinação de continuar firme e resoluto como profeta de Yehowah. Habacuque continuará a proclamar a mensagem de Deus — mesmo que isso lhe custe a vida.
Deus realiza uma “atividade” impressionante: Habacuque vê em visão os religiosos falsos que desonram a Deus. Escute o que Deus lhes diz: “Vede entre as nações e olhai, e olhai pasmados um para o outro.” É provável que Habacuque se pergunte por que Deus se dirige a esses iníquos desta forma. Depois ouve Yehowah dizer-lhes: “Ficai pasmados; pois nos vossos dias se realiza uma atividade que não acreditareis, embora seja relatada.” (Habacuque 1:5) Na realidade, o próprio Deus está realizando esta atividade que eles acham impressionante. Mas, de que se trata?
Habacuque escuta atentamente as próximas palavras de Deus, registradas em Habacuque 1:6-11. Esta é a mensagem de Deus — e nenhum deus falso ou ídolo sem vida pode impedir seu cumprimento: “Eis que suscito os caldeus, nação amarga e impetuosa, que vai aos lugares espaçosos da terra para tomar posse de residências que não lhe pertencem. Aterradora e atemorizante é ela. Sua própria justiça e sua própria dignidade procedem dela mesma. E seus cavalos mostraram-se mais velozes do que os leopardos e mostraram-se mais ferozes do que os lobos da noitinha. E seus corcéis escarvaram o chão e seus próprios corcéis vêm de longe. Voam como a águia que se apressa a comer algo. Vem na sua totalidade para a mera violência. A reunião das suas faces é como o vento oriental, e ajunta cativos como areia. E ela, da sua parte, faz troça dos próprios reis, e os dignitários são algo risível para ela. Da sua parte, ri-se até mesmo de cada praça forte, e amontoa pó e a captura. Naquele tempo certamente avançará como o vento e passará, e tornar-se-á realmente culpada. Este seu poder se deve ao seu deus.”
Que aviso profético da parte do Altíssimo! Yehowah suscita os caldeus, a nação selvagem de Babilônia. Na sua marcha através dos “lugares espaçosos da terra”, ela conquistará muitíssimas residências. Como isso é aterrorizante! A hoste caldéia é “aterradora e atemorizante”, terrível e medonha. Faz as suas próprias leis inflexíveis. ‘Sua própria justiça procede dela mesma.’
Os cavalos de Babilônia são mais velozes do que os rápidos leopardos. Sua cavalaria é mais feroz do que os lobos famintos que caçam à noite. Ansiosos de avançar, ‘seus corcéis escarvam o chão’ com impaciência. Desde a distante Babilônia, vão para Judá. Voando como a águia que se apressa para comer algo apetitoso, os caldeus logo se lançarão sobre a sua presa. Mas, será isso apenas uma investida, somente um ataque de surpresa de poucos soldados? De forma alguma! “Vem na sua totalidade para a mera violência”, como uma hoste enorme que avança para causar devastação. Com as faces coradas pela animação, cavalgam para o oeste em direção a Judá e Jerusalém, avançando tão rapidamente como o vento oriental. As forças babilônicas apanham tantos prisioneiros, que estão ‘ajuntando cativos como areia’.
O exército caldeu faz troça de reis e ridiculariza dignitários, os quais não têm nenhum poder para impedir seu inexorável avanço. ‘Ri-se de cada praça forte’, porque a fortaleza cai quando os babilônios ‘amontoam pó’, construindo um aterro para atacá-la. No tempo designado de Deus, o terrível inimigo “certamente avançará como o vento”. Por atacar Judá e Jerusalém, ‘tornar-se-á realmente culpado’ de causar dano ao povo de Deus. Depois da vitória relâmpago, o comandante caldeu se gabará: ‘Este poder se deve ao nosso deus.’ Como ele está mal-informado!
Continuação de nosso estudo bíblico do livro do profeta Habacuque:
Cf. Comentário de Habacuque Cap. 1 (Part. 2)
Cf. Comentário de Habacuque Cap. 2 (Part. 1)
Cf. Comentário de Habacuque Cap. 2 (Part. 2)
Cf. Comentário de Habacuque Cap. 2 (Part. 3)
Cf. Comentário de Habacuque Cap. 3 (Part. 1)
Cf. Comentário de Habacuque Cap. 3 (Part. 2)
O livro de Habacuque, escrito por volta de 628 AEC, consiste em uma série de três sentenças condenatórias proferidas por Yehowah. Duas destas sentenças já foram executadas. A primeira foi a que Deus executou contra a nação desobediente do antigo Judá. Que dizer da segunda? Foi a que Ele executou contra a opressiva Babilônia. Por isso, temos certamente todos os motivos para confiar que a terceira destas sentenças divinas também será executada. Na realidade, podemos esperar que o cumprimento disso se dê muito em breve. Nestes últimos dias, pela causa dos justos, Deus causará a destruição de todos os humanos iníquos. O último deles deixará de respirar na “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, que se aproxima rapidamente. — Apocalipse 16:14, 16.
A guerra do grande dia de Deus está cada vez mais perto. E a execução do julgamento divino nos iníquos em nosso tempo é tão certa como foi o cumprimento dos julgamentos de Yehowah contra Judá e Babilônia. Que tal, porém, imaginarmos agora mesmo estar em Judá nos dias de Habacuque? O que está acontecendo naquela terra?
Uma terra em tumulto: Imagine Habacuque, o profeta de Yehowah, sentado no terraço, usufruindo a fresca brisa da noitinha. Tem ao seu lado um instrumento musical. (Habacuque 1:1; 3:19) Mas Habacuque ouve uma notícia chocante. O Rei Jeoiaquim acaba de matar Urijá e mandar que o cadáver seja lançado no cemitério do povo comum. (Jeremias 26:23) É verdade que Urijá não continuara confiando em Deus, tendo ficado com medo e fugido para o Egito. No entanto, Habacuque sabe que a violência de Jeoiaquim não foi motivada pelo desejo de defender a honra de Yehowah. O que torna isto evidente é a total desconsideração que o rei demonstra pela lei divina e o seu ódio ao profeta Jeremias e a outros que servem a Deus.
Habacuque vê a fumaça de incenso subindo dos terraços de casas vizinhas. As pessoas não queimam este incenso como adoradores de Yehowah. Empenham-se em atos da religião falsa patrocinados pelo iníquo Rei Jeoiaquim, de Judá. Que situação vergonhosa! Os olhos de Habacuque enchem-se de lágrimas, e ele roga: “Até quando, ó Yehowah, terei de clamar por ajuda e tu não ouvirás? Até quando clamarei a ti por ajuda contra a violência e tu não salvarás? Por que me fazes ver o que é prejudicial e continuas a olhar para a mera desgraça? E por que há assolação e violência diante de mim, e por que vem a haver altercação, e por que se sustenta contenda? Portanto, a lei fica entorpecida e a justiça nunca sai. Visto que o iníquo está em torno do justo, por isso a justiça sai pervertida.” — Habacuque 1:2-4.
Deveras, prevalecem saques e violência. Para onde quer que Habacuque olhe, ele vê dificuldades, brigas e lutas. ‘A lei ficou entorpecida’, paralisada. E a justiça? Ora, ela “nunca sai” vitoriosa! Nunca prevalece. Em vez disso, “o iníquo está em torno do justo”, forjando as medidas legais feitas para proteger os inocentes. Deveras, “a justiça sai pervertida”. Ela é desvirtuada. Que situação lamentável se encontrava esse povo que dizia amar a Deus!
Habacuque pára e pensa na situação. Vai desistir? De forma alguma! Depois de refletir em toda a perseguição movida aos servos fiéis de Deus, este homem leal renova sua determinação de continuar firme e resoluto como profeta de Yehowah. Habacuque continuará a proclamar a mensagem de Deus — mesmo que isso lhe custe a vida.
Deus realiza uma “atividade” impressionante: Habacuque vê em visão os religiosos falsos que desonram a Deus. Escute o que Deus lhes diz: “Vede entre as nações e olhai, e olhai pasmados um para o outro.” É provável que Habacuque se pergunte por que Deus se dirige a esses iníquos desta forma. Depois ouve Yehowah dizer-lhes: “Ficai pasmados; pois nos vossos dias se realiza uma atividade que não acreditareis, embora seja relatada.” (Habacuque 1:5) Na realidade, o próprio Deus está realizando esta atividade que eles acham impressionante. Mas, de que se trata?
Habacuque escuta atentamente as próximas palavras de Deus, registradas em Habacuque 1:6-11. Esta é a mensagem de Deus — e nenhum deus falso ou ídolo sem vida pode impedir seu cumprimento: “Eis que suscito os caldeus, nação amarga e impetuosa, que vai aos lugares espaçosos da terra para tomar posse de residências que não lhe pertencem. Aterradora e atemorizante é ela. Sua própria justiça e sua própria dignidade procedem dela mesma. E seus cavalos mostraram-se mais velozes do que os leopardos e mostraram-se mais ferozes do que os lobos da noitinha. E seus corcéis escarvaram o chão e seus próprios corcéis vêm de longe. Voam como a águia que se apressa a comer algo. Vem na sua totalidade para a mera violência. A reunião das suas faces é como o vento oriental, e ajunta cativos como areia. E ela, da sua parte, faz troça dos próprios reis, e os dignitários são algo risível para ela. Da sua parte, ri-se até mesmo de cada praça forte, e amontoa pó e a captura. Naquele tempo certamente avançará como o vento e passará, e tornar-se-á realmente culpada. Este seu poder se deve ao seu deus.”
Que aviso profético da parte do Altíssimo! Yehowah suscita os caldeus, a nação selvagem de Babilônia. Na sua marcha através dos “lugares espaçosos da terra”, ela conquistará muitíssimas residências. Como isso é aterrorizante! A hoste caldéia é “aterradora e atemorizante”, terrível e medonha. Faz as suas próprias leis inflexíveis. ‘Sua própria justiça procede dela mesma.’
Os cavalos de Babilônia são mais velozes do que os rápidos leopardos. Sua cavalaria é mais feroz do que os lobos famintos que caçam à noite. Ansiosos de avançar, ‘seus corcéis escarvam o chão’ com impaciência. Desde a distante Babilônia, vão para Judá. Voando como a águia que se apressa para comer algo apetitoso, os caldeus logo se lançarão sobre a sua presa. Mas, será isso apenas uma investida, somente um ataque de surpresa de poucos soldados? De forma alguma! “Vem na sua totalidade para a mera violência”, como uma hoste enorme que avança para causar devastação. Com as faces coradas pela animação, cavalgam para o oeste em direção a Judá e Jerusalém, avançando tão rapidamente como o vento oriental. As forças babilônicas apanham tantos prisioneiros, que estão ‘ajuntando cativos como areia’.
O exército caldeu faz troça de reis e ridiculariza dignitários, os quais não têm nenhum poder para impedir seu inexorável avanço. ‘Ri-se de cada praça forte’, porque a fortaleza cai quando os babilônios ‘amontoam pó’, construindo um aterro para atacá-la. No tempo designado de Deus, o terrível inimigo “certamente avançará como o vento”. Por atacar Judá e Jerusalém, ‘tornar-se-á realmente culpado’ de causar dano ao povo de Deus. Depois da vitória relâmpago, o comandante caldeu se gabará: ‘Este poder se deve ao nosso deus.’ Como ele está mal-informado!
Continuação de nosso estudo bíblico do livro do profeta Habacuque:
Cf. Comentário de Habacuque Cap. 1 (Part. 2)
Cf. Comentário de Habacuque Cap. 2 (Part. 1)
Cf. Comentário de Habacuque Cap. 2 (Part. 2)
Cf. Comentário de Habacuque Cap. 2 (Part. 3)
Cf. Comentário de Habacuque Cap. 3 (Part. 1)
Cf. Comentário de Habacuque Cap. 3 (Part. 2)