Livro de Apocalipse — Introdução
O autor do livro de Apocalipse designa-se simplesmente João. Embora residente na Ásia Menor (ou, antes, Ásia proconsular), ele era claramente um cristão hebreu como a linguagem e o estilo do livro revelam, e assumiu posição de influência entre as igrejas dessa região. Era natural, em vista da forte tradição de que João, o filho de Zebedeu, emigrou para Éfeso, que os escritores cristãos identificassem João, o apóstolo, com o vidente que escreveu o Apocalipse. O motivo mais ponderável para essa conclusão é, talvez, o fato que o profeta simplesmente se chama “João”, como se não houvesse nenhum outro líder cristão nessa região com quem ele pudesse ser confundido. As muitas afinidades notáveis de pensamento e redação entre o Evangelho e o Apocalipse, quanto aos pormenores, também reclamam o reconhecimento de alguma ligação na autoria dos dois livros.
Por outro lado, a apresentação geral do pensamento e, ainda mais, do estilo e redação do Apocalipse divergem tão largamente do Evangelho, que uma autoria comum se torna problemática. O problema é ainda mais complicado pela opinião vigorosamente debatida por C. C. Torrey, de que o Apocalipse foi escrito em aramaico; desta forma, o grego incomum do livro se explica como sendo uma tradução muito literal. Se outro autor fez essa tradução, o argumento, quanto à diferença de estilo entre o Apocalipse e o Evangelho, cairia por terra ou, pelo menos, perderia sua principal força, porque ninguém pode assegurar que o quarto evangelista escreveu grego clássico.
Em vez de fazer arbitrária decisão sobre tão complicada matéria, é mais prudente admitir que não estamos atualmente em condições de afirmar ou negar que o profeta era o apóstolo do mesmo nome (ver The New Bible Handbook, I. V. F., págs. 408 e segs.). Contudo, a autoria deste livro é de mínima importância em relação ao seu conteúdo; isto não prejudica, de nenhum modo, a interpretação do texto. Em todo caso, o livro pretende ser a “Revelação de Jesus Cristo que Deus lhe deu... e que Ele, enviando por intermédio do seu anjo, notificou a seu servo João” (1). O livro ganha o seu valor pela sua origem, não pela identificação do seu autor humano. O conteúdo do livro é consistente com essa origem divina.
Cf. Título do Livro de Apocalipse
Cf. Teologia do Livro de Apocalipse
Cf. Introdução Geral ao Livro de Apocalipse
Cf. Fundo Histórico do Livro de Apocalipse
Por outro lado, a apresentação geral do pensamento e, ainda mais, do estilo e redação do Apocalipse divergem tão largamente do Evangelho, que uma autoria comum se torna problemática. O problema é ainda mais complicado pela opinião vigorosamente debatida por C. C. Torrey, de que o Apocalipse foi escrito em aramaico; desta forma, o grego incomum do livro se explica como sendo uma tradução muito literal. Se outro autor fez essa tradução, o argumento, quanto à diferença de estilo entre o Apocalipse e o Evangelho, cairia por terra ou, pelo menos, perderia sua principal força, porque ninguém pode assegurar que o quarto evangelista escreveu grego clássico.
Em vez de fazer arbitrária decisão sobre tão complicada matéria, é mais prudente admitir que não estamos atualmente em condições de afirmar ou negar que o profeta era o apóstolo do mesmo nome (ver The New Bible Handbook, I. V. F., págs. 408 e segs.). Contudo, a autoria deste livro é de mínima importância em relação ao seu conteúdo; isto não prejudica, de nenhum modo, a interpretação do texto. Em todo caso, o livro pretende ser a “Revelação de Jesus Cristo que Deus lhe deu... e que Ele, enviando por intermédio do seu anjo, notificou a seu servo João” (1). O livro ganha o seu valor pela sua origem, não pela identificação do seu autor humano. O conteúdo do livro é consistente com essa origem divina.
Cf. Título do Livro de Apocalipse
Cf. Teologia do Livro de Apocalipse
Cf. Introdução Geral ao Livro de Apocalipse
Cf. Fundo Histórico do Livro de Apocalipse