Hermenêutica — Revelação Progressiva da Bíblia

HERMENEUTICA, TEOLOGIA, EVANGELHO
A Bíblia é feita de dois testamentos, o Antigo e o Novo. No entanto, do ponto de vista cristão, os dois não estão em pé de igualdade. Isto porque o Novo Testamento (NT) interpreta o Antigo. Na prática, isto quer dizer que o Antigo Testamento (AT), que constitui dois terços da Bíblia, é lido à luz do Novo.

Passagens como Is 7.14 e Is 53, que, vistas em seus contextos no AT, se afiguram tão enigmáticas, são interpretadas no NT. Tanto assim que não se precisa mais perguntar de quem estão falando. Também não se precisa fazer de conta que não se sabe a quem esses textos se referem.

A restauração de Israel, de que falavam os profetas, se cumpriu, não com a criação do Estado de Israel, em 1947, mas, como fica claro no NT, com a vinda do reino de Deus em Jesus Cristo (Gl 6.16; Fp 3.3; lPe2.9).

A perspectiva missionária que norteia a ação da Igreja é a que aparece no NT. Ela é basicamente centrífuga, isto é, implica um movimento de Jerusalém para o mundo, em contraposição à perspectiva do AT, que era basicamente, embora não de forma exclusiva, centrípeta, ou seja, esperava-se que as nações fossem a Jerusalém (Is 2.2-4; Is 60.4-9).

Este princípio se aplica também ao sábado e ao dízimo. Tudo aquilo que não foi reinstituído no NT, inclusive o sábado e o dízimo, foi abolido em Cristo.