Divisões na Igreja de Corinto

PRIMEIRA, CORÍNTIOS, CARTA, DIVISÕES, ESTUDO BIBLICO
Divisões na Igreja de Corinto (Ler 1 Coríntios 1-4). As facções existentes na assembléia cristã de Corinto se derivavam de sua veneração a heróis (vide 1:12). Os admiradores de Paulo eram-lhe leais como o fundador original da igreja local, mas Paulo não se aliou nem mesmo com seus próprios seguidores (vide, especialmente, 1:13). Os adeptos de Apolo aparentemente ficavam boquiabertos ante a sua grande eloqüência. Os seguidores de Cefas (Pedro) talvez formassem o segmento judaico da igreja, ou então fossem os tradicionalistas, que se escudavam na autoridade do primeiro líder do grupo apostólico. Os chamados seguidores de Cristo bem podem ter sido aqueles que não queriam sujar as mãos com aquelas desavenças, e, por isso mesmo, adotavam uma atitude distante e de superioridade espiritual. Alternadamente, a posição do próprio Paulo é expressa pelas palavras “Eu (sou) de Cristo”, que condenava aqueles que seguiam meros líderes humanos. Os detalhes não são perfeitamente claros, mas parece que aquelas facções tinham sido originadas pelo culto a personalidades, e não devido a diferenças doutrinárias. Pelo menos todas as facções continuavam reunindo-se num mesmo lugar, pois Paulo foi capaz de dirigir a eles uma única epístola.

Em I Coríntios 1:14-17, Paulo afirma que se alegrava por não ter batizado a muitos dos coríntios. Não queria que as pessoas se sentissem orgulhosas por haverem sido batizadas por ele. Paulo não estava negando a validade do batismo - porquanto admite haver batizado a alguns - mas negava peremptoriamente que ele ou qualquer outro evangelista cristão deveriam batizar convertidos a fim de obter um grupo de adeptos. Pelo contrário, a tarefa propriamente dita dos evangelistas cristãos dificilmente chega a ser popular, porque a pregação acerca de um Salvador que morreu como se fora um criminoso ofende o orgulho humano e a sabedoria deste mundo. Em conseqüência a maioria dos crentes procede das camadas mais humildes da sociedade. Porém, o que a maioria deles não conta, no que concerne a passado formativo e a realizações, Cristo contrabalança: Ele é a sabedoria, a retidão, a santificação e a redenção deles (vide 1:18-31).

Cf. Assunto da Ressurreição na Igreja de Corinto
Cf. Divisões na Igreja de Corinto
Cf. Casamento e Divórcio na Igreja de Corinto
Cf. Falar em Línguas na Igreja de Corinto

No segundo capítulo desta epístola, Paulo relembra que quando chegara a Corinto, vindo de Atenas, onde os filósofos, sábios à maneira mundana, tinham-no rejeitado, ele pregara a cruz de Cristo em fraqueza e tremor, e não com os artificiais métodos retóricos empregados pelos filósofos sofistas. Tais métodos, calculados a impressionar os ouvintes com a erudição e as habilidades do orador, destroem a eficácia da pregação do evangelho. Sem embargo, Paulo insiste em que ensinava uma genuína sabedoria. Tal sabedoria procede do Espírito Santo, o único que conhece a mente de Deus.

Por causa das facções existentes em Corinto, Paulo acusa de carnalidade, uma atitude pecaminosa, aos crentes dali. Explica ele ser errado jactarmo-nos de líderes humanos, porquanto os tais são meros homens. Adicione-se a isso que aqueles líderes são colegas de labor, e não rivais (capítulos 3, 4). A seção se encerra com uma admoestação cujo escopo é a unidade entre os crentes. Fica implícito que os crentes podem preservar a unidade espiritual, se assim o quiserem e se esforçarem nesse sentido.