Interpretação Historicista do Livro de Apocalipse
Cf. Teologia do Livro de Apocalipse
Cf. Perspectiva do Livro de Apocalipse
Cf. Estilo do Livro de Apocalipse
Cf. Interpretação Historicista do Livro de Apocalipse
O
ponto de vista histórico interpreta o Apocalipse como uma simbólica narrativa prévia da história da Igreja, a contar da era apostólica até ao retorno de Cristo e ao juízo final. Assim, pois, o quebrar dos selos representaria a queda do império romano, os gafanhotos saídos do abismo simbolizariam as invasões muçulmanas, a besta apontaria para o papado (de acordo com os reformadores Protestantes), e assim por diante. Porém, as explicações sobre os símbolos individuais variam de tal maneira, entre os intérpretes pertencentes a essa escola que a dúvida acaba maculando esse próprio método de interpretação. Porque embora a linguagem profética possa ser um tanto opaca, antes de sucederem os eventos preditos, o cumprimento dessas profecias deveria aclarar suficientemente a linguagem usada de forma a ficar impedida a gama de variações interpretativas que se vê entre os historicistas. (Por exemplo, os historicistas têm identificado variegadamente os gafanhotos saídos do abismo, em 9:1 ss.. como os vândalos, os godos, os persas, os islamitas, os hereges. etc.) Geralmente falando, os historicistas aferram-se ao pós-milenismo, isto é, a ideia utópica de que Cristo voltará após um prolongado período áureo (o milênio), resultante da conversão do mundo ao cristianismo - conceito esse muito popular no século XIX; ou então esposam o amilenismo (posição mais usual desses intérpretes em nossos dias), o qual nega que haverá um reinado literal de Cristo durante mil anos, sobre a restaurada nação de Israel e sobre os gentios, transmutando o reinado milenar de Cristo em Seu presente domínio espiritual, estando assentado à mão direita de Deus Pai.