Interpretação de Lucas 11

Lucas 11

Lucas 11 se aprofunda nos ensinamentos de Jesus, abordando temas como a oração, o poder do Espírito Santo e o sinal de Jonas. Este capítulo oferece insights sobre a abordagem de Jesus à espiritualidade, Seus ensinamentos sobre persistência na oração e Suas interações com vários grupos. 

Ensinando sobre Oração (Lucas 11:1-13): O capítulo começa com os discípulos de Jesus pedindo que Ele os ensine a orar. Em resposta, Jesus oferece o que é comumente conhecido como Oração do Senhor ou “Pai Nosso”. Esta oração serve de modelo para nos dirigirmos a Deus com reverência, reconhecendo Sua soberania, buscando Sua vontade, pedindo provisão diária, perdão e orientação.

O ensinamento de Jesus sobre a oração enfatiza a persistência e a fé. Ele usa a parábola do amigo persistente e a analogia de um pai dando boas dádivas para ilustrar que Deus responde às nossas orações, especialmente quando nos aproximamos Dele com confiança e necessidade genuínas.

Poder do Espírito Santo (Lucas 11:14-26): Jesus expulsa um demônio de um homem mudo, e alguns O acusam de usar o poder de Belzebu, o príncipe dos demônios. Jesus refuta esta acusação, explicando que uma casa dividida contra si mesma não pode subsistir. Ele afirma que é pelo dedo de Deus que Ele expulsa os demônios, indicando o poder do Espírito Santo em ação.

Esta passagem destaca a guerra espiritual presente no ministério de Jesus e o poder divino por trás de Suas ações. Também enfatiza a importância de reconhecer o papel do Espírito Santo na realização do Reino de Deus.

O Sinal de Jonas (Lucas 11:29-32): Jesus responde às exigências de um sinal apontando para a história de Jonas. Ele se compara a Jonas, dizendo que assim como a pregação de Jonas levou o povo de Nínive ao arrependimento, Seu próprio ministério e mensagem servem como um sinal para o povo.

O “sinal de Jonas” sublinha a importância do arrependimento e o significado de responder à mensagem de Deus. Também prenuncia a morte, o sepultamento e a ressurreição do próprio Jesus.

A Lâmpada e o Olho (Lucas 11:33-36): Jesus usa a analogia de uma lâmpada para ensinar sobre a importância da iluminação espiritual. Ele enfatiza que uma lâmpada não está escondida e que os olhos devem estar saudáveis para que o corpo fique cheio de luz. Ele contrasta luz e escuridão, sugerindo que a disposição interna afeta a percepção da verdade.

Este ensinamento sublinha a necessidade de clareza espiritual e abertura à verdade de Deus, bem como o significado da perspectiva de alguém sobre assuntos espirituais.

Ai dos líderes religiosos (Lucas 11:37-54): Jesus critica os fariseus e os líderes religiosos pela sua hipocrisia e demonstração externa de justiça, ao mesmo tempo que negligenciam a justiça, o amor e a misericórdia. Ele condena o seu foco em detalhes legalistas, ao mesmo tempo que desconsidera as questões mais importantes da lei. Ele os repreende por construírem túmulos para os profetas que seus ancestrais mataram.

Esta seção expõe o perigo da hipocrisia e a importância da verdadeira justiça, que envolve tanto a transformação interior como a preocupação genuína pela justiça e pela misericórdia.

Interpretação

11:1. Estava Jesus orando. Nem Lucas, nem Mateus dão a localização exata da ocasião em que Jesus deu aos seus discípulos esta oração modelo. Mateus a inclui no Sermão do Monte (Mt. 6:9-13).

11:2. Quando orardes, dizei. Ele não pretendia que seus discípulos repetissem esta oração como papagaios. Antes, diversos pedidos nela contidos serviriam de guia para uma atitude e conteúdo corretos. Pai. Jesus usou uma palavra infantil para pai, a qual também aparece em Rm. 8:15. É usada pelos hebreus de hoje dentro do círculo familiar, e implica em familiaridade baseada no amor. Deus é o Pai de todos os que aceitam a Cristo (Jo. 1:12). Santificado seja o teu nome. O primeiro pedido refere-se à honra de Deus não às necessidades do suplicante. A santidade de Deus não deve ser conspurcada pela atitude daquele que ora. Venha o teu reino. O governo de Deus deve se tornar mundialmente conhecido. Jesus não mandaria que seus discípulos orassem pela vinda do Reino se já estivesse presente. Seja feita a tua vontade (não aparece na Almeida). A vontade de Deus está sendo feita no céu pelos anjos sem hesitação ou discordância. A oração pede o mesmo tipo de obediência da parte do adorador.

11:3. Dá-nos de dia em dia. O grego é conciso e pitoresco: Continua nos dando a nossa parte diariamente.

11:4. E perdoa-nos os nossos pecados. É um pedido e uma confissão. É um reconhecimento da necessidade, porque o homem é pecador; e um pedido da graça divina. A todo o que nos deve. O pecado é uma dívida que temos para com Deus e a qual o homem jamais poderá pagar. “Em quem (Cristo) temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua graça” (Ef. 1:7). E não nos deixes cair em tentação. A tentação nem sempre significa solicitação do mal, pois Deus não tenta nesse sentido (Tg. 1:13). A oração é no sentido do crente ser poupado do teste que o forçaria a cometer o mal.

11:5. Qual dentre vós tendo um amigo. A parábola seguinte foi dada por Jesus para ilustrar a certeza do atendimento à oração. Nela, Ele colocou a oração sobre a base da amizade pessoal com Deus. Meia-noite. A hora mais perigosa e mais inconveniente para uma visita. Nos dias de nosso Senhor, raramente uma pessoa se aventurava sair à noite, por causa dos bandidos.

11:6. Um meu amigo... chegando de viagem. Se o amigo viajou a pé o dia inteiro, e só chegou à meia-noite, devia estar com muita fome. A hospitalidade exigia que fosse alimentado.

11:7. Já está fechada a porta, e os meus filhos estão comigo, também já estão deitados. Os lares orientais não tinham quartos de dormir separados. Geralmente o pai da família trancava a porta e, então, desenrolava esteiras sobre o assoalho para as crianças. Ele e a esposa ocupavam a cama ou o espaço mais perto da parede. Seria impossível alcançar a porta sem perturbar as crianças.

11:8. Por causa da importunação. O persistente bater do visitante noturno era mais aborrecido do que abrir a porta e dar-lhe o pão.

11:9. Pedi o que não tendes; buscai o que não está visível; batei e os obstáculos serão removidos. Estas três palavras sintetizam o conteúdo da oração persistente.

11:10. Todo o que. Nosso Senhor prometeu dar uma resposta completa; ele não fez exceções.

11:11. O pai. Jesus indicou um laço mais forte entre Deus e o homem do que entre amigo e amigo. Ele dá não somente porque o homem é persistente, mas porque Ele ama Seus filhos. Ele não fará menos por estes do que qualquer pai terrestre faria por sua família.

11:13. Pois, se vós. Se os seres humanos que são maus podem agir de maneira benigna e amorosa, quanto mais Deus? O Espírito Santo. Mateus, em passagem paralela, diz “boas dádivas” (Mt. 7:11). Lucas enfatiza de maneira especial o dom do Espírito Santo.

11:15. Belzebu. O texto grego nos melhores manuscritos diz Belzebul, uma tradução de Baalzebub, no hebraico, “senhor das moscas” ou “senhor da habitação”. Era o título conferido a um dos deuses filisteus, e foi introduzido no judaísmo como título de Satanás. Uma vez que inimigos de Jesus não admitiam que ele viesse de Deus, atribuíam a uma fonte super-demoníaca o seu poder sobre os demônios.

11:16. Um sinal do céu. A completa irracionalidade dos seus inimigos ficou comprovada pela exigência que se dessem um sinal quando tinham acabado de testemunhar um.

11:18. Se também Satanás estiver dividido contra si. O Senhor destacou que seria tolice pensar que Satanás estivesse desfazendo a sua própria obra.

11:19. Por quem os expulsam vossos filhos? Se as suas obras deviam ser atribuídas ao poder do diabo, os judeus podiam justificar melhor seus próprios filhos quando exorcizavam demônios?

11:20. Pelo dedo de Deus. Uma figura de linguagem para o poder de Deus. O exercício do poder de Deus provava que Jesus introduziu o governo de Deus entre nós.

11:21. O valente... armado. Satanás é o valente que mantém em suas garras aquilo de que se apossou.

11:22. Um mais valente. Jesus declarou sua superioridade sobre Satanás, e sua capacidade de libertar os homens do poder do diabo.

11:23. Quem não é por mim. Compare este versículo com o seu oposto em 9:50. No exemplo anterior ele falava de um homem que estava cooperando inconscientemente com ele, enquanto que neste exemplo ele falava daqueles que conscientemente se lhe opunham.

11:24. Quando o espírito imundo sai do homem. Cristo usou o milagre que acabara de realizar como ilustração de uma verdade espiritual. O vácuo deixado pelo afastamento do mal tem de ser preenchido com o que é bom, ou o mal não se torna pior. Por lugares áridos. Os desertos eram supostamente habitados pelos maus espíritos (veja Is. 13:19-22).

11:27. Bem-aventurado aquela que te concebeu. Pronunciando uma bênção sobre a mãe de Jesus, esta mulher estava elogiando o próprio Salvador.

11:28. Bem-aventurados são os que ouvem a palavra de Deus e a guardam. O Senhor insinuou que Ele desejava obediência e não elogios.

11:29. Sinal... o do profeta Jonas. A milagrosa libertação de Jonas da morte iminente, para que cumprisse com a obrigação que tinha com os ninivitas, era uma figura da Ressurreição. A volta de Cristo da morte foi uma tão grande prova do Seu ministério quanto o salvamento de Jonas.

11:31. A rainha do sul. A rainha de Sabá, um país na extremidade sul da Arábia. Veio dos confins da terra. Considerando que as viagens eram lentas e difíceis, a longa viagem da rainha foi uma prova de sua ansiedade em conhecer Salomão (I Reis 10:1-10). A sabedoria de Salomão. Hoje, Salomão seria classificado como escritor, cientista, “connoisseur” de arte, patrono da indústria e homem de estado. Nosso Senhor foi proclamado maior do que Salomão.

11:32 A pregação de Jonas trouxe o arrependimento aos habitantes pagãos da populosa e perversa cidade de Nínive (Jn. 3:5-9; 4:11). Jesus declarou que era um pregador maior do que Jonas. O mundo não reconheceu sua grandeza de sabedoria ou pessoal.

11:33. Uma candeia. Literalmente, lamparina. Em lugar escondido. A palavra (gr. knyptên) pode ser traduzida para porão (veja Arndt in loco). Do alqueire (gr. modios, uma palavra emprestada do latim). Uma medida contendo aproximadamente um celamim (pouco mais de dois litros e meio). Velador. Uma haste de madeira para sustentar a lamparina.

11:34. Bons. Desanuviado, devidamente focalizado, ou sadio. Maus refere-se ao defeito físico.

11:37 Um fariseu o convidou para ir comer com ele. Lucas registra ocasiões numerosas nas quais o Senhor foi convidado para jantar (5:29; 7:36; 14:1; 19:5; cons. Jo. 2:1-11; 12:1, 2). Ele utilizava essas oportunidades para alcançar os homens que de outra maneira não lhe dariam atenção.

11:38. Admirou-se ao... que não se lavara primeiro. Os fariseus lavavam-se regularmente antes das refeições, observando um cerimonial. A negligência de Jesus parecia ser uma recusa direta de guardar a Lei, e um insulto ao anfitrião. A reação do fariseu talvez fosse expressa em palavras, ou então o Senhor talvez tenha lido seus pensamentos.

11:39. Vós, os fariseus, limpais o exterior. Os fariseus eram os puritanos do judaísmo, que eram excessivamente severos em relação à observância externa da Lei. Jesus os criticou drasticamente por causa de sua hipocrisia, pois eles nutriam toda sorte de cobiça e crueldade em seus corações.

11:40. Insensatos! Um termo que Cristo raramente usou, e só em relação àqueles que eram moralmente pervertidos, não apenas mentalmente obtusos.

11:41. Dai antes do que tiverdes. Se os fariseus dessem generosamente aos pobres, não teriam de se preocupar com purificações cerimoniais.

11:42 Dais o dízimo da hortelã, a arruda, e de todas as hortaliças. Eles davam o dízimo até dos vegetais que cresciam em suas hortas, mas deixavam de cumprir obrigações maiores de amar seus próximos.

11:43. Primeiras cadeiras nas sinagogas. Os assentos da frente nas sinagogas eram geralmente reservados para os membros mais importantes.

11:44. As sepulturas invisíveis. Qualquer contato com um defunto ou com uma sepultura constituía infração da Lei. Geralmente as sepulturas eram pintadas de branco para que fossem visíveis à noite, além do dia. Jesus disse que os fariseus, através do seu exemplo, inconsciente obrigavam os outros homens a infringir a Lei e a se contaminarem.

11:47. Porque edificais os túmulos dos profetas. Os mártires de uma geração tornam-se os heróis da seguinte. Era mais fácil para os filhos construírem monumentos aos profetas do que para os seus pais obedecê-los.

11:50. Desta geração. A rejeição dos mensageiros divinos culminou com o crime da geração de Jesus, porque eles o recusaram.

11:51. Desde o sangue de Abel, até ao sangue de Zacarias. Abel foi o primeiro mártir da história do V. T. (Gn. 4:8), Zacarias foi o último (II Cr. 24:20-22), de acordo com os livros da Bíblia hebraica, a qual termina com os livros de Crônicas, e não como a nossa.

11:52. Tomaste a chave da ciência. Jesus acusava os peritos na Lei de não cumprirem com suas obrigações. Era obrigação sua dar a luz ao povo, explicando a Lei; pelo contrário, eles mantinham o povo na ignorância.

Notas Adicionais:

11:1 Jesus estava orando. Não apenas em ocasiões especiais (por exemplo, batismo, 3:21 [ver nota ali]; escolha dos Doze, 6:12; Getsêmani, 22:41), mas também como uma prática regular (5:16; Mt 14:23; Mc 1:35; ver Introdução: Características). ensina-nos a rezar. A oração-modelo do Senhor, dada aqui em resposta a um pedido, é semelhante a Mt 6:9-13, onde faz parte do Sermão da Montanha. Seis petições estão incluídas na oração dada no Sermão da Montanha por Mateus, enquanto cinco aparecem na oração em Lucas, e várias delas são mais curtas do que em Mateus. Lucas preserva o coração da oração de Jesus.

11:4 Perdoe-nos os nossos pecados. Mt 6:12 tem “dívidas”, mas os pecados são nossas dívidas espirituais. Jesus ensinou esta verdade também em outras ocasiões (ver Mt 18:35 e nota; Mc 11:25; cf. Ef 4:32 e nota).

11:5–13 Depois de sua oração modelo (vv. 1–4), Jesus agora exorta à ousadia na oração (vv. 5–8) e garante que Deus responde à oração (vv. 9–13). O argumento é do menor para o maior (v. 13). Ver artigo.
 

A Parábola do Viajante Persistente

Lucas 11:5–8
Compreender a cultura do mundo bíblico é sempre importante, mas talvez em nenhum lugar tanto quanto nas parábolas de Jesus. Eles geralmente refletem situações reais no Israel do primeiro século, mesmo quando certas práticas parecem estranhas para nós. Mas pelo menos uma vez em quase todas as parábolas, algo ultrapassa os limites do realismo e forma uma chave para o nível simbólico de significado da história.

A parábola do amigo à meia-noite (Lc 11,5-8) oferece um excelente exemplo. Poucos teriam levantado as sobrancelhas sobre um amigo chegando à meia-noite sem avisar em um mundo sem formas modernas de comunicação ou a capacidade de estimar a duração da viagem com precisão. Durante as épocas quentes do ano, uma pessoa pode viajar deliberadamente no frescor da noite. Quer o viajante tivesse jantado ou não, a hospitalidade ditava que se lhe oferecesse algo para comer no final da viagem. As famílias pobres podem não ter sobras, mas os vizinhos regularmente compartilham uns com os outros, de modo que o pedido do novo anfitrião, mesmo à meia-noite, não é incomum.

Nem a relutância do vizinho em se levantar. Ele e toda a sua família podem ter dormido em um quarto, um nível acima da área onde a vaca, ovelha ou cabra da família pode ter passado a noite dentro de casa ao lado de uma porta trancada com um ferrolho de metal pesado e cadeado. Ajudar o homem que pedia pão não era tarefa simples. Os três pães solicitados eram provavelmente pães do tamanho de um punho, dificilmente extravagantes.

O que chama a atenção é que o homem ajudará o próximo em resposta à sua “audácia desavergonhada” (v. 8). As traduções do grego anaideia aqui são muitas vezes muito fracas. A palavra significa mais do que apenas persistência ou ousadia, mas importunação ou impudência - chutzpah ou moxie. Como indica a nota do texto da NVI, alguns usam o termo para se referir ao desejo do homem adormecido de não perder a face, embora isso pareça um pouco menos provável gramaticalmente.

É claro que, como parábola, Jesus não está falando principalmente sobre conseguir comida de um vizinho para um convidado surpresa, mas sobre a natureza de nossas orações a Deus. A lógica é “quanto mais”: se um vizinho relutante pode ser persuadido a nos ajudar, quão mais ansiosamente Deus responderá às orações pelo bem de seu povo? E se parece que temos que pedir com audácia desavergonhada, Deus pode lidar com isso. Não precisamos abordá-lo com um determinado humor, estilo de fala ou forma de tratamento.
 
11:13 dar o Espírito Santo. Mt 7:11 tem “dar boas dádivas”. Para Lucas, o maior deles é o Espírito Santo. Lucas enfatiza a obra do Espírito, que é um dos maiores dons de Deus.

11:14 demônio que era mudo. Veja a nota em 4:33. Esse espírito maligno causava mudez. A provável passagem paralela em Mateus (12:22-30; ver também Marcos 3:20-27) indica que o homem também era cego.

11:15 Belzebu, o príncipe dos demônios. Satanás (v. 18). Veja a nota em Mt 10:25.

11:16 sinal do céu. Jesus tinha acabado de curar uma pessoa que era muda. Aqui estava o sinal deles, e eles não o reconheceriam (ver Mc 8:11 e nota).

11:17 reino dividido contra si mesmo. Se Satanás desse poder a Jesus, que se opôs a ele de todas as maneiras, ele estaria apoiando um ataque contra si mesmo.

11:19 por quem seus seguidores...? Jesus não confirmou se os seguidores dos fariseus (Mt 12:24) realmente expulsavam demônios (ver nota no v. 24); mas eles alegaram expulsá-los pelo poder de Deus, e Jesus reivindicou o mesmo. Então, acusar Jesus de usar o poder satânico era implicitamente condenar seus próprios seguidores também. seus juízes. Eles o condenarão por sua acusação contra eles.

11:20 dedo de Deus. Veja Êx 8:19 e observe. o reino de Deus chegou. No sentido de que o reino prometido vem com Jesus (ver notas em 4:43; 17:21); os poderes do mal estavam sendo derrotados.

11:22 alguém mais forte ataca. Jesus era mais forte que Belzebu e, por meio de seu exorcismo de demônios, demonstrou que havia dominado Satanás e o desarmado. Portanto, foi tolice sugerir que Jesus havia expulsado demônios pelo poder de Satanás.

11:23 Quem não apoia Jesus se opõe a ele, impossibilitando a neutralidade (ver nota em Mt 12:30). Mesmo o trabalhador em 9:50, a quem os discípulos descreveram como “nenhum de nós” (9:49), era aparentemente um crente, agindo em nome de Jesus (veja nota em Mc 9:38), e Jesus não condenou dele.

11:24 espírito impuro sai. Jesus talvez esteja se referindo ao trabalho dos exorcistas judeus, que afirmavam expulsar demônios (cf. v. 19 e nota), mas que rejeitavam o reino de Deus e cujos exorcismos eram, portanto, ineficazes. Veja Mt 12:43-45, onde Jesus faz um comentário semelhante sobre a nação judaica daquela época.

11:25 encontra a casa varrida. O local havia sido limpo, mas deixado desocupado. Uma vida reformada, mas sem a presença e o poder de Deus, está aberta ao retorno do mal.

11:28 Bem-aventurado. Jesus não está negando a bem-aventurança de Maria. Ele está enfatizando que é ainda mais abençoado ser seu seguidor obediente.

11:29 pede um sinal. Em várias ocasiões, os líderes judeus pediram sinais milagrosos (ver v. 16; Mt 12:38; Mc 8:11 e notas), mas Jesus rejeitou seus pedidos porque eles tinham motivos errados. Cfr. nota em João 2:11.

11:30 como Jonas era um sinal. Assim como a pregação de Jonas foi um sinal para os ninivitas, a mensagem do reino de Jesus foi um sinal para sua geração. Para uma aplicação diferente de Jonas como um sinal, veja Mt 12:40 e observe.

11:31–32 algo maior que Salomão... algo maior que Jonas. Jesus argumentou do menor para o maior. Se a rainha de Sabá respondeu positivamente à sabedoria de Salomão, e o povo de Nínive à pregação de Jonas, quanto mais o povo da época de Jesus deveria ter respondido ao ministério de Jesus, que é infinitamente maior do que Salomão ou Jonas? !

11:31 A Rainha do Sul. A rainha de Sabá (ver 1Rs 10:1–10 e notas).

11:33 pode ver a luz. Uma lâmpada destina-se a iluminar aqueles que estão perto dela (v. 36). Jesus havia exibido publicamente a luz do evangelho para que todos vissem, mas “uma geração perversa” (v. 29) solicitou sinais mais espetaculares. O problema não era nenhuma falha da parte de Jesus em dar luz; foi com a visão defeituosa de seu público.

11:34 lâmpada do seu corpo. Veja a nota em Mt 6:22. seus olhos são saudáveis. Quem pede um sinal não precisa de mais luz; eles precisam de bons olhos para permitir a entrada de luz. Cfr. Mt 6:22–23 e notas.

11:38 não lavou primeiro. Especialmente para a purificação cerimonial, não ordenada na lei a ninguém senão aos sacerdotes no serviço do templo, mas acrescentada na tradição dos fariseus (cf. Mt 15,9 e nota sobre Jo 2,6).

11:39 limpe o lado de fora. Envolva-se em lavagens cerimoniais do corpo. ganância e maldade. Esses fariseus estavam mais preocupados em manter suas tradições do que em ser morais (cf. Mc 7,20 e nota).

11:40 faça o interior também. Porque o interior de uma pessoa se manifesta no comportamento externo.

11:41 tudo ficará limpo. Dar de coração faz tudo certo. Se alguém dá aos pobres, seu coração não está mais nas garras da “ganância e maldade” (v. 39).

11:42–52 Seis ais pronunciados por Jesus sobre os líderes religiosos (ver nota em Mt 23:13–32; ver também o artigo).

11:42 décimo. O dízimo de todos os produtos agrícolas era exigido pela lei do AT (ver Dt 14:22-29 e nota). rue. Ervas fortemente perfumadas com folhas amargas.

11:44 sepulturas não marcadas. Os judeus caiaram seus túmulos para que ninguém os tocasse acidentalmente e se contaminasse (cf. Nu 19:16; Mt 23:27 e nota). Assim como tocar uma sepultura resultava em impureza cerimonial, também ser influenciado por esses líderes religiosos equivocados poderia levar à impureza moral.

11:46 carregar as pessoas. Acrescentando regras e regulamentos à lei autêntica de Moisés (ver nota em Mt 15:2) e não fazendo nada para ajudar os outros a cumpri-los (Mt 23:4), enquanto inventam maneiras de contorná-los (cf. Mt 11:28). e nota).

11:47 túmulos para os profetas. Externamente, esses “peritos na lei” (v. 46) pareciam honrar os profetas na construção ou reconstrução de memoriais, mas interiormente rejeitavam o Messias anunciado pelos profetas. Eles viviam em oposição aos ensinamentos dos profetas, assim como seus ancestrais costumavam fazer.

11:49 Deus em sua sabedoria disse. Não é uma citação do AT ou de qualquer outro livro conhecido. Pode se referir a Deus falando por meio de Jesus, ou pode estar se referindo em forma de citação à decisão de Deus de enviar profetas e apóstolos mesmo sabendo que eles seriam rejeitados.

11:52 chave do conhecimento. As próprias pessoas que deveriam ter aberto a mente das pessoas com relação à lei obscureceram seu entendimento por meio de uma interpretação falha e um sistema errôneo de teologia. Eles mantiveram a si mesmos e as pessoas na ignorância do caminho da salvação, ou, como diz o relato de Mateus, eles “fecharam a porta do reino dos céus na cara das pessoas” (Mt 23:13).

11:54 esperando para pegá-lo. A determinação de certos líderes religiosos de prender Jesus é evidente em Lucas (ver 6:11 e nota; 19:47–48; 20:19–20; 22:2).

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