Números 5 — Explicação das Escrituras

Números 5

Números 5 apresenta várias leis relativas à pureza e ao tratamento de situações específicas na comunidade israelita. O capítulo começa com instruções para isolar indivíduos com certas doenças contagiosas de pele, garantindo a saúde e o bem-estar da comunidade. Em seguida, aborda questões de restituição e confissão para quem comete ofensas contra outrem, enfatizando a importância de assumir a responsabilidade por seus atos. O conceito de ciúme de um marido sobre a fidelidade de sua esposa é discutido, e um ritual conhecido como “água de amargura” é prescrito para testar tais suspeitas. No geral, Números 5 enfatiza a importância de manter a pureza e a justiça dentro da comunidade, abordando vários aspectos da vida pessoal e comunitária.

Explicação

5.1-4 A purificação do arraial: lei de prevenção contra doenças contagiosas tais como a lepra, doenças sexuais e impurezas. Os doentes deveriam ser isolados para manter a saúde e a higiene do arraial. • N. Hom. O quinto capítulo nos ensina: 1) A necessidade da santidade, vista nas constantes e variadas exortações sobre o assunto; 2) A estreita relação que há entre a santidade que se exige dos homens, e a presença e o caráter de Deus: “no meio do qual eu habito”, v. 3; 3) As condições de sermos considerados aceitáveis a Deus sempre são o sacrifício e a purificação, vv. 5-10; 4) O grande princípio da restituição tanto aos homens como ao próprio Deus.

5.2 Todo leproso. A impureza física e a impureza espiritual são consideradas como coisas que separam da comunhão com Deus. Na Lei de Moisés, são separadas do arraial para não contaminar o povo de Deus; no evangelho de Jesus Cristo, é Ele mesmo quem perdoa os pecados, e sana os corpos, para expulsar a impureza mas ainda conservar aquele que fora impuro.

5.5-10 A lei da reparação e indenização do pecado cometido contra o próximo. Deus não está satisfeito apenas com a reparação do erro; por isso, requer também a indenização dos prejuízos que foram causados. Neste caso, a restituição deveria ser de 20% a mais do valor dos danos causados. O indivíduo precisa ser responsabilizado perante a sociedade, e esta, lei promovia a ordem, a concórdia e a moralização do arraial.

5.11 Segue-se a descrição das águas amargas, cujos efeitos são semelhantes à convicção produzida pela pregação da Palavra.

5.14 O espírito de ciúmes. Estes ciúmes podiam surgir do poder de perceber uma situação verídica; mas, para evitar um divórcio súbito e injusto, a lei de Deus protege as famílias contra os ciúmes falsos e pecaminosos, que não procedem do amor.

5.11-31 A lei contra a infidelidade conjugal exige que o marido leve a esposa suspeita de infidelidade diante do sacerdote que, depois de descrever a lei que condena este pecado, a escreveria num pergaminho, e, antes que as letras secassem, mergulharia a sentença num recipiente de água a qual era acrescentado um pó amaríssimo. Esta água amarga, tendo dissolvido as palavras condenatórias, dava-se à mulher para beber e, mediante a intervenção divina, talvez acompanhada pelo fator psicológico de culpa, a mulher cairia doente, com inchação do ventre, infecção do útero, descaimento da coxa, arrastando a perna ao andar, comprovando-se assim sua infidelidade. Assim a lei mantinha a pureza conjugal, a fidelidade da mulher em sua sujeição ao amor do seu marido, e controlava os ciúmes.

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