Sofonias 2 — Explicação das Escrituras

Em Sofonias 2, o profeta continua a transmitir mensagens de julgamento, mas também oferece um vislumbre de esperança e possibilidade de restauração.

Sofonias 2 começa com um chamado para se reunir e se arrepender antes que chegue o dia da ira do Senhor. O profeta descreve a destruição iminente de várias nações e cidades, incluindo Filístia, Moabe, Amon, Cush e Assíria. Cada uma dessas nações é retratada como tendo agido com orgulho e arrogância, e sua queda é vista como resultado de seu desafio à vontade de Deus.

No entanto, em meio a essas profecias de julgamento, Sofonias também apresenta uma mensagem de esperança. Ele fala de um remanescente de pessoas humildes e justas que buscarão refúgio no Senhor. A esses fiéis é prometida proteção e um relacionamento renovado com Deus. O capítulo termina com uma declaração de que “o Senhor teu Deus está contigo, o Poderoso Guerreiro que salva”, retratando uma imagem da eventual restauração e salvação de Deus para aqueles que se voltam para Ele.

Explicação

II. JUDÁ É CHAMADO A SE ARREPENDER (2:1–3)
Deus exorta a nação indesejável (ou desavergonhada, NKJV marg.) a se arrepender. O versículo 3 parece apontar para um remanescente de judeus justos. Se buscarem ao Senhor, ficarão escondidos no dia do ardor da sua ira.

III. A PERDA DAS NAÇÕES GENTIAS (2:4-15)
A. Os filisteus (2:4-7)
Os versículos 4–15 predizem o julgamento sobre as nações vizinhas ao oeste, leste, sul e norte. Primeiro estão os filisteus, que também são identificados por seu outro nome - os quereteus. Suas cidades - Gaza, Asquelom, Asdode - serão abandonadas e desoladas. Eles serão destruídos e suas terras serão usadas por Judá como pasto.

B. Os moabitas e amonitas (2:8–11)
Em seguida vêm Moabe e Amon. Deus ouviu suas palavras insolentes e se vangloria contra Seu povo. Eles serão deixados desolados, e o restante do povo de Deus habitará lá. O versículo 11 antecipa as condições milenares, quando o SENHOR reduziu a nada todos os deuses da terra.

C. Os Etíopes (2:12)
A Etiópia será punida pela espada de Deus (o rei da Babilônia). Alguns, como Feinberg, relacionam os “etíopes” aqui com o Egito:

As fortunas da Etiópia estavam ligadas às do Egito, que estava sujeito a dinastias etíopes. Observe Jeremias 46:9 e Ezequiel 30:5, 9. Há motivos para acreditar que o próprio Egito se refere ao termo etíope. (Charles Lee Feinberg, Habakkuk, Zephaniah, Haggai, Malachi, p. 59)

D. Os assírios e especialmente a cidade de Nínive (2:13–15)
Nabucodonosor também destruirá a Assíria. Nínive será um refúgio para animais e pássaros, e todo aquele que passar por ela assobiará e sacudirá o punho.

Notas Adicionais
 
2.1- 3 A chamada ao arrependimento. Em vista da vinda do Dia do Senhor, o apelo é feito às nações para se humilharem e se arrependerem dos seus pecados.

2.2 O apelo para se humilharem diante de Deus é um apelo urgente. Enquanto ainda há tempo! Quando o julgamento vier, a oportunidade dada ao homem voará como a palha. Esta época de graça e apelo é vista claramente em 2 Co 6.1-2. “Agora” é o tempo de Deus para a salvação. • N. Hom. 2.3 Os abrigados da ira no Dia do Senhor: 1) Os que buscam ao Senhor no dia de Sua graça (Is 55.6; 2 Co 6.1, 2; Tg 4.8); 2) Os que fazem a Sua vontade (Jo 14.21; 1 Co 6.9-11; Ap 6.15-17); 3) Os justificados pela graça de Cristo (Rm 5.1, 2; 8.30-39); 4) Os que compartilham da mansidão de Cristo (Mt 5.5).

2.4-7 O julgamento dos filisteus. Estas quatro cidades referidas no v. 4 são as principais cidades da Filístia.

2.5 Quereítas... e filisteus. Faziam parte da grande leva de imigrantes à costa sul da Palestina, cerca do ano 1200 a.C.

2.8-11 O julgamento de Moabe e Amom. Moabe será levada à ruína como Sodoma, e Amom se tornará como Gomorra. O Senhor tratará severamente os inimigos do Seu povo.

2.12 O julgamento do Egito. O Egito é aqui chamado Etiópia; que também passará pela espada, em cumprimento à promessa de Deus a seu povo (cf. NCB, p 904).

2.13-15 O julgamento da Assíria. Esta profecia foi cumprida logo no ano 612 a.C., quando Nínive foi tomada e destruída pela Babilônia. Isto será lembrado; esta catástrofe é o tema da profecia de Naum. Seus efeitos são aqui descritos na mesma linguagem de Naum 3.

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