Apocalipse 14 — Estudo Devocional
Apocalipse 14 — Estudo Devocional
Apocalipse 14
14.1-5 vi o Cordeiro em pé no monte Sião. O momento de encontro com o ser de Deus revela a
reverência diante da magnitude do Senhor. Ele é santo e puro, e na sua presença
também estaremos totalmente purificados. Uma vez que estas passagens estão
repletas de simbologia, ou seja, de figuras que apontam para uma realidade mais
profunda, precisamos tomar cuidado para não fazer delas uma leitura legalista
que nos levaria para conclusões discordantes dos ensinos de Jesus e de todo o
restante do Novo Testamento. Assim, ao descrever aqueles que foram “comprados
por Deus”, o texto descreve uma forma de santidade que, se fosse entendida de
forma literal — não simbólica — destoaria do que Cristo afirma, ou seja, que
seus seguidores se caracterizariam sobretudo pelo amor a Deus, entre si, e aos
demais. Lembremos que a santidade do cristão é resultado de uma ação do
Espírito Santo em sua vida e se expressa primeiramente de uma forma positiva,
por sua boa atuação no mundo, e só secundariamente se manifesta de forma
negativa, por aquilo que ele não faz.
14.3 Os cento e quarenta e quatro mil. Este número, em vez de ser um grupo especial,
representa provavelmente a totalidade do povo de Deus (12x12x1000), salvo e
santificado pelo Cordeiro. Veja o quadro “Os números no Apocalipse”
(Ap 4).
14.4-5 nem cometeram nenhuma falta. Enquanto na terra a verdadeira Igreja é perseguida e
as testemunhas de Cristo são mortas, Deus revela que estão absolutamente todos
no céu com Jesus, e todos são completamente puros, santificados e perfeitos, não
haviam tido relações com mulheres. Refere-se provavelmente ao contraste com
os cultos idólatras que incluíam a prostituição (Ap 2.14), mas aqui representa
especialmente a purificação plena que os crentes terão no céu (tanto homens
quanto mulheres), onde não há mais casamento humano, mas sim a união com o
próprio Jesus Cristo, as “bodas do Cordeiro” (Ap 19.7; Ef 5.31-32).
14.6-20 chegou a
hora de Deus julgar a humanidade. Novamente os
cristãos são encorajados a aguentar o sofrimento com paciência e serem
fiéis, o que consiste em obedecer aos mandamentos de Deus e ser fiéis a
Jesus (v. 12), numa espécie de demonstração de harmonia entre Antigo e Novo
Testamentos. É apresentada bem resumidamente a proclamação do evangelho, que
leva ao juízo, ao fim da civilização sem Deus (“Babilônia”) e ao
castigo eterno de todo o sistema maligno com seus monstros (Ap 13) e
adoradores, retirando toda a vida do mal. Apesar de tanta destruição, a Bíblia
garante que todo sofrimento terá um fim na vinda do Senhor (Ap 19) ou antecipadamente, com nossa morte (v.
13). Se muitas vezes parece que Deus não se importa com nosso
sofrimento, os anjos que trazem as taças com as pragas (Ap 15; 16) mostram
que ele vingará toda vida ceifada por amor a ele.14.14-20 uma nuvem branca. Referência à profecia de Dn 7.13, que descreve a volta de Jesus à terra para executar o juízo final. Em outras passagens da Bíblia é referido o arrebatamento, o encontro dos cristãos com Jesus nos ares. (1Tes 4.16-17). Veja as notas sobre Mt 2 4 e o quadro “Escatologia — As últimas coisas” (2Tes 2).
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