Apocalipse 18 — Estudo Devocional

Apocalipse 18

18.1-15 tomaram parte na imoralidade e na corrupção. “Desejo imoral”, “imoralidade sexual”, enriquecimento (v. 3), “corrupção” (v. 9), grandeza e poder (v. 10), opulência comercial (v. 11), tráfico humano (v. 13), riqueza e fama (v. 14), são atitudes e práticas corriqueiras e até festejadas em todos os tempos e lugares. Não é diferente em nossos dias. A mensagem do Apocalipse é contundente: todo patrimônio e todas as estruturas de poder construídos em nossa sociedade irão cair, deixando exposta a podridão do seu interior (v. 2). Encontramos muitos exemplos dessa podridão na história universal, bem como nas experiências de famílias, sociedades e corporações humanas.

18.4-8 Saiam todos dela. O texto aponta para a realidade final do julgamento de Deus sobre pessoas, povos e nações. Nesse caso, não há outra escolha: a saída é impositiva para quem não compartilha do sistema de imoralidade e corrupção reinante (v. 4). No dia a dia de cada um, muita sabedoria e discernimento espiritual são exigidos dos cristãos. Até onde participar da vida social, comercial e política sem se deixar contaminar, na tentativa de ser “sal e luz” em nome do evangelho? Sempre surgirão momentos de ruptura, em que deixar algo ou romper com alguém se faz necessário, assim como denúncia consciente e engajamento em lutas por mudanças e por mais justiça, sempre visando o bem comum e não o proveito próprio. Tiago já nos lembrava de que Deus pode nos empobrecer, para nos salvar da destruição de todas as riquezas (Tg 1.10-11). Veja o quadro “A dificuldade das riquezas” (Lc 18).

18.16-24 Ai da grande cidade. Grandes cidades constituem-se em orgulho para povos e governantes. Construí-las portentosas e mantê-las enfeitadas são iniciativas sempre valorizadas. Contudo, não é difícil perceber que esses grandes aglomerados humanos concentram também todo o repertório das maldades humanas: riqueza, luxo, ostentação; meios de transporte e intenso afluxo de pessoas; indústrias prósperas e comércio ativo; vida artística e riqueza cultural; iluminação exuberante, festividades... Que há de condenável em tudo isso? Abuso de poder, dominação, injustiças e desigualdades sociais são evidências de comprometimentos morais e também envolvimentos espirituais subjacentes (“feitiçaria”, v. 23). Porém, o delito mais grave que podem cometer, aqui apontado, é o desprezo pela Palavra de Deus trazida por suas testemunhas, seus mensageiros. Esses muitas vezes podem parecer pequeninos e inexpressivos social e culturalmente, mas têm uma dignidade dada pelo próprio Deus. Ele mesmo os vingará (vs. 20,24). Veja o quadro “A cidade”.

A cidade A cidade é responsável por uma exploração total, em que o meio natural (a natureza) vai sendo destruído e substituído por um meio artificial (como uma prótese substitui o membro de carne). A civilização utiliza os recursos naturais sem freios nem limites, sempre a serviço do dinheiro; portanto, tal como os seres humanos, a cidade é julgada por seu poder destruidor.

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