Significado de Números 5
Números 5
Números 5 detalha várias leis e regulamentos relativos ao relacionamento dos israelitas com Deus e uns com os outros. Este capítulo enfoca os diferentes tipos de ofertas e votos feitos a Deus, bem como a importância de manter a palavra e as consequências de quebrar os votos.O capítulo começa descrevendo os diferentes tipos de ofertas que os israelitas foram instruídos a trazer ao Senhor. Essas ofertas incluíam holocaustos, ofertas de cereal, libações e ofertas pacíficas. Cada oferta tinha instruções específicas sobre como deveria ser preparada e apresentada a Deus. Essas ofertas eram vistas como atos de adoração e expressões de devoção a Deus.
Além disso, Números 5 discute os votos e seu significado. Um voto era uma promessa solene feita a Deus, geralmente em tempos de angústia ou necessidade. Quando alguém fazia um voto, esperava-se que o cumprisse fielmente. O não cumprimento de um voto era considerado uma ofensa grave, pois indicava falta de integridade e respeito para com Deus. O capítulo enfatiza a importância do cumprimento dos votos e adverte contra fazer promessas precipitadas ou precipitadas que podem não ser capazes de cumprir.
Além disso, Número 5 aborda as consequências de quebrar um voto ou deixar de cumprir a palavra. Ele afirma que se alguém deixar de cumprir um voto sem querer, deve trazer uma oferta pelo pecado ao Senhor para reparar sua falha. Por outro lado, violações deliberadas e intencionais dos votos eram vistas como desobediência direta a Deus e exigiam uma punição mais severa.
O capítulo conclui destacando a importância de manter a palavra e a importância de manter a integridade no relacionamento com Deus e com os outros. Enfatiza a seriedade de fazer votos e a responsabilidade de honrá-los, enfatizando que quebrar um voto pode resultar em consequências negativas e prejudicar o relacionamento de alguém com Deus.
Em resumo, o capítulo 5 do livro de Números fornece uma visão abrangente dos regulamentos relativos a ofertas e votos na comunidade israelita. Ele enfatiza a importância de cumprir fielmente os votos feitos a Deus e as consequências de não fazê-lo. O capítulo destaca a importância da integridade e do compromisso no relacionamento de uma pessoa com Deus e com os outros, destacando a necessidade de sinceridade e honestidade no cumprimento de suas obrigações.
Comentário de Números 5
5.1 Os temas principais deste trecho bíblico são a manutenção da pureza no acampamento e as preparações para a triunfal entrada dos israelitas na terra de Canaã. Em Números 10.11, eles começam a marcha no prazo previsto.5.1-4 Para que não contaminem os seus arraiais. Esta expressão vem ratificar que a pureza ritual era um símbolo externo de uma realidade interna. A principal preocupação de Deus era a pureza do coração de um indivíduo (Dt 10.12-20), e não apenas os problemas de pele. Os sinais evidentes de doença e deterioração eram o ensejo para executar as regras de pureza no acampamento. Ao obedecerem a estes regulamentos, os israelitas poderiam manter o arraial livre das moléstias e aprender a respeito da pureza moral, bem como da física. O contato com o cadáver estava incluso por causa do visível processo de decomposição (Nm 6.6). Entretanto, a questão principal nessas restrições não era a doença, mas o fato da presença de Deus no acampamento. Sendo Ele santo, as pessoas tinham de manter sua pureza e santidade em respeito à santidade divina.
Jesus teve contato direto com todos aqueles que estavam excluídos do convívio social. Ele curou e trouxe de volta à comunidade aqueles que sofriam com lepra (Mt 8.1-4; Lc 5.12-16; 17.11- 19) e hemorragias (Lc8.43-48). Ele chegou a tocar num morto, e ressuscitá-lo (Lc 8.54). Em cada um desses casos, havia o perigo do próprio Jesus tornar-se “impuro” cerimonialmente, mas, por Seu toque curador, o impuro foi purificado; o enfermo, curado; o morto, ressuscitado. Esses eram os sinais claros do cumprimento de Seu ministério profético (Is 61.1,2).
5.5-10 Este trecho vai dos sinais físicos de impureza (v. 1-4) até aqueles que não são menos severos, mas piores de detectar-se. Para manter o acampamento puro e santo, nenhuma pessoa poderia maltratar a outra.
5.7-10 Confessará o pecado que fez; então, restituirá pela sua culpa. Como em Levítico 6.1-7, esta expressão mostra que não era suficiente a mera confissão de uma atitude errada. O indivíduo tinha de fazer a restituição por completo e acrescentar um quinto ao valor do dano (Lv 22.14; 27.11- 13,31). Tais regras enfatizam a responsabilidade imposta por Deus, ao deixar que as pessoas cuidassem umas das outras. Se aquele que foi prejudicado não estivesse mais vivo e também não tivesse nenhum resgatador [parente, na NVI] para receber por ele, então o débito deveria ser pago ao sacerdote. A palavra resgatador é uma tradução hebraica de gô'el (Rt 3.3), que geralmente ilustra o guardião dos direitos da família.
5.11-31 A infidelidade era outra atitude que contaminava o acampamento. Dois fatores devem ser levados em consideração neste texto sobre a mulher: (1) uma esposa era considerada posse de seu marido. Assim, sua infidelidade era uma ofensa contra o homem (a palavra hebraica para marido é ba 'al, que quer dizer senhor); (2) a paternidade é mais difícil de determinar do que a maternidade. Consequentemente, havia uma grande cobrança e obrigação de que a mulher deveria ser fiel ao seu marido, a fim de que linhagem pudesse ser mantida. Este texto pode ser encarado como um julgamento excepcional e severo sobre a esposa infiel. Entretanto, há um entendimento de que esta lei melhorava a áspera realidade para uma mulher naquele tempo. O divórcio poderia ser requerido por um homem no mundo antigo simplesmente pela mera suspeita de infidelidade da esposa. Sem os limites impostos por regras como esta, havia a possibilidade de a mulher até mesmo ser executada pelo marido ciumento, apenas por causa da desconfiança de uma traição. A partir do momento em que o homem obedecia à lei, concretizava-se uma oportunidade para que a esposa provasse sua inocência e não precisasse encarar um marido colérico.
5.12-15 Determinar a impureza em relações conjugais (quando esta não era detectada no instante em que aconteceu o ato) era mais difícil do que notar as doenças de pele, mas consistia em algo similar. Deus estava no acampamento (v. 3). Assim, a questão deveria ser resolvida pelo sacerdote na presença do Senhor.
5.16-18 A água amarga que traz maldição. Esta expressão não faz alusão a nenhuma poção mágica, tampouco havia um ingrediente secreto na água. O acréscimo de terra do chão do tabernáculo à água sagrada contida num recipiente e o registro das maldições em um documento (v. 23) consistiam em sinais de uma realidade espiritual. A água santa e o pó do lugar sagrado simbolizavam que Deus era Aquele que determinava a inocência ou a culpa da mulher que estava perante o sacerdote.
5.19-21 Descair sua coxa e inchar o ventre. Esta expressão fala simbolicamente de aborto (de uma criança extraconjugal) caso a mulher estivesse grávida, e da consequente inaptidão para uma subsequente concepção (v. 28). No mundo bíblico, considerava-se sob maldição a esposa que não conseguisse gerar um filho. Neste caso, isso seria uma verdade completa.
5.22 A palavra amém vem do termo hebraico ‘amen e, como uma explicação, tem o sentido de assim seja. Neste versículo, o vocábulo indica a total concordância da mulher adúltera aos termos do ritual de maldição, a aceitação de que o julgamento recaísse sobre ela.
Ungir significava cobrir com ou aplicar azeite sobre uma pessoa ou uma coisa. Tal ritual indicava que o indivíduo ou o objeto foi separado para servir a Deus em propósitos especiais. Reis, sacerdotes e profetas foram ungidos antes de iniciarem suas atividades (Lv 8.12; 16.32; 2 Sm 2.4; 5.3; 1 Rs 19.15,16). Durante o êxodo, muitas coisas sagradas foram ungidas, incluindo o próprio tabernáculo. Em Números 7.1, vemos que o azeite sagrado era feito de uma extraordinária e cara combinação de óleo e especiarias. Este produto peculiar simbolizou a importância da consagração do tabernáculo e de sua mobília a Deus.
5.23-31 A importância do ritual demonstrava que a infidelidade conjugal era considerada uma questão extremamente séria em Israel. Entretanto, a responsabilidade de tal coisa era praticamente toda da mulher, provavelmente por causa do poder que esta possuía de conceber uma criança ilegítima. Mas, a chance de provar inocência concedida por esta lei consistia em um meio de limitar acusações injustas sobre a esposa fiel.
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