Interpretação de 2 Reis 15

Interpretação de 2 Reis 15

Interpretação de 2 Reis 15


2 Reis 15


7) Reinado de Azarias sobre Judá. 15:1-7.
A importância do reinado de Uzias jaz no seu fracasso de eliminar os cultos nos lugares altos, que dividiam a unidade religiosa do povo, contrariando Dt. 12:1-5 , 14; 16:16.
1. No ano vinte e sete de Jeroboão. Veja comentário sobre 14:17.
3. Fez o que era reto. Ele imitou o começo da vida de seu pai Amazias.
5. O Senhor feriu ao rei. Uzias intrometeu-se no trabalho do sacerdote (II Cr. 26:17 e segs.), e por isso foi ferido de lepra (cons. Nm. 12:10; Dt. 24: 8, 9; II Sm. 3 : 29; II Reis 5:27). A falta de visão espiritual de Azarias, revelada na permissão da continuação dos lugares altos, contribuiu para que tentasse controlar o sacerdócio (cons. II Cr. 26:16,17).

8) Reinados de Zacarias, Salum, Menaém, Pecaías e Peca em Israel. 15:8-31.
A falta de informação sobre as atividades destes homens é intencional, para mostrar como o seu desprezo pela aliança apressou a queda de Samaria, agora em sua final desintegração.
8. No ano trinta e oito de Azarias. Veja comentário sobre 14:17 e segs. Zacarias continuou violando a aliança através da manutenção dos bezerros de Dã e Betel, cujo culto idólatra dividiu a nação.
10.Diante do povo. Zacarias foi publicamente assassinado. Falta de vingança da parte do povo indica que todos já estavam profundamente mergulhados em seus pecados.
12. Esta foi a palavra. Zacarias era o quarto descendente de Jeú, o último desta linhagem a manter o trono (cons. 10:30).
13. Salum . . . começou a reinar. A rápida sucessão de assassinatos ilustra amplamente a condição deplorável do reino.
14. Menaém . . . feriu . . . Salum. Manaém, o comandante em chefe, segundo Josefo (Antiq. ix. 11. l), estando aquartelado em Tirza, ouviu sobre o assassinato, marchou contra Salum, derrotou-o e matou-o e depois ele mesmo tomou o trono. A atitude de Manaém baseava-se no fato do reino israelita ser uma monarquia militar, Salum ser um usurpador e, tendo a linhagem de Jeú acabado, o trono poderia passar para o comandante-em-chefe do exército.
16. Menaém feriu a Tifsa. Não a Tifsa (Thapsacus) sobre o Eufrates, mas a que fica perto de Tirza; na primeira a Assíria teria impedido qualquer coisa nesse sentido. Ali surgiu uma recusa de reconhecê-lo como rei e seus feitos ferozes tinham a intenção de advertir e desmoralizar seus oponentes. Não restava nenhuma vitalidade espiritual para se lhe opor.
17. Desde o ano trinta e nove. Zacarias subiu ao trono no trigésimo oitavo ano de Uzias, e os reinados dos dois reis, Zacarias e Salum, passaram para o seu trigésimo nono ano.
18. Fez o que era mau. Veja comentário sobre versículo 8.
19. Pul, rei da Assíria. Este é Tiglate-Pileser III, que tinha um outro nome, a saber, Pul (Pulu da Assíria, inscrições. Veja JNES, Julho, 1944, págs. 137-188. Veja também Thiele, Mysterious Numbers, págs. 76, 77). Esta primeira referência bíblica aos assírios revela que a Assíria estava a caminho do seu império. A Assíria se transformou no grande poder do Oriente Próximo. O império caiu em cerca de 611 A.C. Tiglate-Pileser diz : “O terror se apossou dele (Menaém), fugiu como um pássaro solitário e se me sujeitou. Eu o levei de volta ao seu lugar e . . . prata . . . recebi . . . seu tributo” (Luckenbill, Anc. Rec., Vol. 1, parágrafo 815). Menaém fugiu; mas foi capturado, estabelecido como fantoche e forçado a pagar tributo – mil talentos de prata. A data é aproximadamente em 743 A.C. (veja Thiele, op. cit., pág. 98).
23. No ano cinqüenta de Azarias . . . começou a reinar Pecaías. O reino de dois anos de Pecaías coincidiu com os dois últimos anos de Azarias, sobrepondo-se ao seu qüinquagésimo ano (veja Thiele, op. cit., págs. 73, 74).
24. Fez o que era mau. Cons. comentário sobre o versículo 8. O mal foi ele seguir os pecados de Jeroboão.
25. Peca . . . conspirou. Peca era um auxiliar de Pecaías, um capitão de cinqüenta homens da guarda pessoal do rei. O fato da guarda pessoal, em lugar de proteger o rei, ajudar Peca a matá-lo, mostra como os laços da disciplina, ordem, fidelidade e obediência tinham se dissolvido. “Porque o Senhor tinha uma contenda com os habitantes da terra” (Os. 4:1 , 2).
27. No ano cinqüenta e dois. Peca tomou o trono de Israel no último ano de Uzias. A correlação de todas as referências a Pecaías, Uzias, Jotão, Acaz e Oséias revelam o fato espantoso que Peca usurpou os anos de Menaém e Pecaías (veja Thiele, op. cit., págs. 102 e segs.; também págs. 133, 134).
28. Fez o que era mau. Veja comentário sobre o versículo 8. Peca perpetuou os pecados de Jeroboão, violando a aliança. Parece que o cativeiro sob Tiglate-Pileser foi o juízo sobre os pecados de Peca.
29. Nos dias de Peca ... veio Tiglate-Pileser. Estas atividades ocorreram antes de 732 A.C., quando Tiglate, como constatamos dos dados de Eponym Chronicle, colocou Oséias no trono de Israel. Esta deportação tomou-se o começo do fim de Israel, profetizada por uma longa linha de profetas. Tiglate-Pileser III (745-727 A.C.) fizera de Menaém um vassalo (veja Luckenbill, Anc. Rec., Vol. I, parágrafo 816). Tomou . . . e levou. A primeira das duas deportações de Israel, a segunda sendo de Salmaneser V em 723/722. Isto aconteceu em cumprimento de Dt. 28:36. Ijom. Em Naftali. Veja I Reis 15:20. Abel-Bete-Maaca. Veja II Sm. 20:14,18. Janoa. Também em Naftali, provavelmente perto da primara das duas. Quedes. A noroeste do lago Hulé. Hazor foi escavada por Yigael Yadin (veja BA, XIX, n.º 1, Fev., 1956; XX, n.º 2, Maio, 1957; XXI, n.º 2, Maio, 1958; XXII, n.º 1, Fev., 1959).
30. Oséias ... conspirou contra Peca. Tiglate-Pileser diz: “Coloquei Ausi (Oséias) sobre eles como rei”. O que aconteceu foi que Oséias precisou que Tiglate aprovasse a usurpação do trono já efetuada.

9) Judá sob o governo de Jotão e Acaz. 15:32 - 16:20.
32. No segundo ano de Peca. Cons. 15:5 ; II Cr. 27:1-9. Jotão teve uma co-regência com Uzias, 751/750 a 740/739, e quatro anos de co-regência com Acaz, 736/735 - 732/731 A.C. (cons. Thiele, Mysterious Numbers, págs. 116 e segs.). Na realidade começou a reinar no segundo ano do reinado de Menaém (II Reis 15:17).
33. Dezesseis anos. Veja comentário sobre o versículo 37.
34. Em tudo procedeu segundo fizera seu pai Uzias, exceto que não entrou no santuário (II Cr. 26:16), isto é, não usurpou as funções do sacerdócio.
35. Os altos. Jotão permitiu que os altos divisivos continuassem existindo (veja comentário sobre 12:3). Ele edificou a porta de arma (alta, E.R.C.). Cons. Ez. 9:2 sobre o lado norte do Templo. Ele a reconstruiu. O versículo fala dos altos e da porta de cima ou mais alta, de cuja justaposição de palavras conclui-se que Jotão construiu a porta para atrair o povo ao Templo a fira de que oferecesse seus sacrifícios ali.
37. Naqueles dias. Nos dias de Jotão. Rezim . . . Peca. A Síria e Israel estavam agora procurando forçar Jotão no campo pró-Assíria (cons. Thiele, op. cit., pág. 117). Acaz foi colocado no trono e Jotão só reinou dezesseis anos (15 : 53) devido ao ressentimento popular de sua (de Jotão) política anti-Assíria. Veja também comentário sobre o versículo 32.

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