Comentário de João 17:1

Essas palavras falou Jesus,… Se referindo aos sermões e discursos, scomentario biblico, evangelho de joão, novo testamentouas palavras de conforto, conselho, direção e instrução, conforme entregues nos capítulos precedente:

E levantou seus olhos para os céus;… O assento da Majestade Divina, o trono de seu Pai. Esse é um gesto de oração. É dito (c) de R. Tanchuma, que הגביה פניו לשמים, “ele ergueu sua face para os céus”, e disse diante do Deus Bentido, Senhor do Mundo, etc, e isso é uma expressão da ardência do fervor e afeição da mente de Cristo, e de sua confiança do favor divino: isso mostra que sua mente estava cheia de devoção e fé, e estava livre de temor e vergonha, e estava cheio de grande liberdade, , coragem, e intrepidez:

E disse: Pai;… Ou “meu Pai”, como as versões Siríaca, Árabe e Persa leem; e sem dúvidas ele usou a palavra Abba,[1] que significa “meu Pai”, afirmando seu interesse e relação com ele:

É chegada a hora;… De se afastar do mundo, para sofrer e morrer por seu povo, o que foi acordado entre ele e seu Pai de toda a eternidade, e isso foi bem-vindo a ele, em virtude da salvação de seu povo e, portanto, ele falou com um ar de prazer e satisfação; e seria mais rápido terminado, apenas uma hora, como era o caso, apesar de um tempo de grande angústia e escuridão e, por isso, uma tempo apropriado para a oração:

Glorifique o teu Filho;... Como Homem e Mediador; pois como Deus, ele não precisou de glória nenhuma, nem qualquer poderia ser acrescentada a ele: mas projeta alguns rompimentos da glória nele devido a sua morte; o apoiando debaixo de todas as tristezas e sofrimentos que teria; e o levando por estes meios; de forma que, assim ele conquistaria os inimigos de seu povo, e o seu próprio, o pecado, Satanás, o mundo, e a morte, e obteve a redenção eterna para eles: e à ressurreição dele; não o permitindo permanecer para sempre na sepultura, para ver a corrupção;[2] e levantando no momento exato que foi predito pelos profetas; e enviando um anjo para rolar a pedra fora; e levantando os santos juntos com ele; e como isso é o padrão e exemplo da ressurreição dos santos, pondo tal glória no seu corpo: e à sua ascensão para o céu, quando ele conduziu cativo do cativeiro;[3] e quando ele sentou à mão direita de Deus, acima de todo principado e poder; e pela efusão do Espírito nos seus discípulos, e o poder divino que assistiu ao seu Evangelho, fazendo isto eficazmente para as grandes multidões, tanto de Judeus e Gentios; por tudo isso, foi ele glorificado, como resposta a sua oração; em cuja finalidade é...

Para que teu Filho possa te glorificar;… como ele tinha feito em toda a sua vida e conduta, e por seu ministério e milagres, e agora, pelos os seus sofrimentos e morte, através da salvação de seus escolhidos, em que a sabedoria, graça, justiça, santidade, poder e fidelidade de Deus são muito glorificado, e depois, em outros desempenhos de seu ofício mediatório, em fazer intercessão pelo seu povo, no ministério da sua palavra e ordenações, por seus agentes, assistido com o seu Espírito Santo, e pela administração do seu ofício.


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Notas

(c) Vajikra Rabba, sect. 34. fol. 174. 4.
[1] Cf. Marcos 14:36; Romanos 8:15; Gálatas 4:6. N do T.
[2] Cf. Atos 2:27. N do T
[3] Cf. Efésios 4:8. N do T.