Panorama da Epístola de Tiago

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Perseverança paciente quais “cumpridores da palavra” (1:1-27). Tiago inicia com palavras de encorajamento: “Considerai tudo com alegria, meus irmãos, ao enfrentardes diversas provações.” Mediante perseverança paciente, eles virão a ser completos. Se a pessoa tiver falta de sabedoria, deve persistir em pedi-la a Deus, não duvidando, como uma onda do mar levada pelo vento, mas com fé. Os humildes serão enaltecidos, mas os ricos desvanecer-se-ão como a flor que perece. Feliz o homem que suporta a provação, pois “receberá a coroa da vida, que Yahweh prometeu aos que continuarem a amá-lo”. Deus não tenta o homem com coisas más, para causar-lhe a queda. É o próprio desejo errado da pessoa que se torna fértil e dá à luz o pecado, e este, por sua vez, produz a morte. — 1:2, 12, 22.

Donde vêm todas as boas dádivas? Do invariável “Pai das luzes celestiais”. “Porque ele o quis”, diz Tiago, “ele nos produziu pela palavra da verdade, para que fôssemos certas primícias das suas criaturas”. Os cristãos, pois, devem ser rápidos no ouvir, vagarosos no falar, vagarosos no furor, e devem afastar toda a imundície e maldade moral e aceitar a implantação da palavra de salvação. “Tornai-vos cumpridores da palavra e não apenas ouvintes.” Pois aquele que olha de perto para a lei da liberdade, semelhante a um espelho, e persiste nisso, “será feliz em fazê-la”. A adoração formal do homem que não refreia a sua língua é fútil, mas “a forma de adoração que é pura e imaculada do ponto de vista de nosso Deus e Pai é esta: cuidar dos órfãos e das viúvas na sua tribulação, e manter-se sem mancha do mundo”. — 1:17, 18, 22, 25, 27.

A fé aperfeiçoada por obras corretas (2:1-26). Os irmãos fazem distinção, preferindo os ricos aos pobres. Mas, “não escolheu Deus os que são pobres com respeito ao mundo, para serem ricos na fé e herdeiros do reino”? Não são opressores os ricos? Os irmãos devem aplicar a lei régia: “Tens de amar o teu próximo como a ti mesmo”, e devem evitar o favoritismo. Que pratiquem também a misericórdia, pois, quanto à Lei, quem transgride num só ponto, transgride em todos. A fé sem obras é sem significado, como o é dizer a um irmão ou irmã em necessidade: ‘Mantenha-se aquecido e bem alimentado’, sem dar ajuda prática. Pode a fé ser mostrada à parte de obras? Não foi a fé de Abraão aperfeiçoada por meio de suas obras, em oferecer Isaque no altar? Similarmente, Raabe, a meretriz, foi “declarada justa pelas obras”. Assim, a fé sem obras é morta. — 2:5, 8, 16, 19, 25.

Controlando a língua para ensinar sabedoria (3:1-18). Os irmãos devem acautelar-se quanto a tornar-se instrutores, temendo receber julgamento mais pesado. Todos tropeçam muitas vezes. Assim como o freio controla o cavalo e um pequeno leme um grande barco, aquele pequenino membro, a língua, tem grande poder. É como um fogo que pode incendiar uma grande floresta! É mais fácil domar animais selvagens do que a língua. Com ela os homens bendizem a Deus, todavia, amaldiçoam seu próximo. Isto não é correto. Será que uma fonte produz tanto água amarga como doce? Pode a figueira produzir azeitonas? A videira, figos? A água salgada, água doce? Tiago pergunta: “Quem é sábio e entendido entre vós?” Mostre ele suas obras com mansidão e evite a contenda, a jactância animalesca contra a verdade. Pois “a sabedoria de cima é primeiramente casta, depois pacífica, razoável, pronta para obedecer, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, sem hipocrisia”. — 3:13, 17.

Evitem o prazer sensual, a amizade com o mundo (4:1-17). “Donde vêm as lutas entre vós?” Tiago responde à sua própria pergunta: “Dos vossos desejos ardentes de prazer sensual”! As motivações de alguns são erradas. Os que desejam ser amigos do mundo são “adúlteras”, e tornam-se inimigos de Deus. Portanto, ele exorta: “Oponde-vos ao Diabo, e ele fugirá de vós. Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós.” Deus enaltecerá o humilde. Portanto, os irmãos devem parar de julgar uns aos outros. E, visto que ninguém pode ter certeza de que estará vivo no dia de amanhã, devem dizer: “Se Yahweh quiser, havemos de viver e também de fazer isso ou aquilo.” O orgulho é iníquo, e é pecado saber o que é correto e não fazê-lo. — 4:1, 4, 7, 8, 15.

Felizes os que perseveram em justiça! (5:1-20). ‘Chorai e uivai, vós, ricos!’, declara Tiago. ‘A ferrugem de vossa riqueza será testemunho contra vós. Yahweh dos exércitos ouviu os clamores de ajuda dos ceifeiros a quem privastes. Vivestes em luxo e prazer sensual, e condenastes e assassinastes o justo.’ Contudo, devido à iminência da presença do Senhor, os irmãos devem exercer paciência, como o lavrador que espera pela colheita, e considerar o exemplo dos profetas, “que falaram em nome de Yahweh”. Felizes são os que perseveraram! Os irmãos devem lembrar-se da perseverança de Jó e o resultado que o Pai deu, “que Yahweh é mui terno em afeição e é misericordioso”. — 5:1-6, 10, 11.

Que parem de jurar! Antes, que o seu “sim” signifique “sim” e o “não”, “não”. Devem confessar abertamente os seus pecados e orar uns pelos outros. Segundo demonstrado pelas orações de Elias, “a súplica do justo . . . tem muita força”. Se alguém for desencaminhado da verdade, aquele que o fizer voltar “salvará a sua alma da morte e cobrirá uma multidão de pecados”. — 5:12, 16, 20.