Significado de 2 Reis 17

2 Reis 17

2 Reis 17 narra a queda do reino do norte de Israel e os motivos de sua destruição.

Oseias torna-se rei de Israel e reina por nove anos. Ele continua o padrão de pecado e desobediência que caracterizou os reinados dos reis anteriores em Israel. O capítulo enfatiza como Israel seguiu as práticas das nações vizinhas, adorando ídolos e praticando várias formas de idolatria.

O rei da Assíria, Shalmaneser V, sitia Samaria, a capital de Israel, e finalmente a captura. Isso marca o fim do reino do norte de Israel como uma entidade separada. Os assírios deportam os israelitas para vários locais dentro de seu império, substituindo-os por pessoas de outras terras conquistadas.

O capítulo destaca as repetidas advertências dadas por Deus por meio dos profetas ao povo de Israel, exortando-os a se arrependerem e se voltarem para Ele. No entanto, as pessoas ignoram persistentemente esses avisos.

Os assírios, tendo se estabelecido na terra de Israel, continuam lutando contra a presença de leões. Eles interpretam isso como um sinal de que os deuses da terra estão descontentes por não saberem como adorá-los adequadamente. Um sacerdote de Israel é trazido de volta para ensinar-lhes os caminhos da adoração.

Em resumo, 2 Reis 17 retrata a queda do reino do norte de Israel devido à sua persistente idolatria e desobediência a Deus. O capítulo destaca a importância da obediência e fidelidade aos mandamentos de Deus e destaca as trágicas consequências de se afastar de Deus. Serve como um lembrete sério das consequências do pecado impenitente.

Significado

17.1, 2 Ano duodécimo. Oseias se tomou rei em 732 a.C.; logo, os 12 anos do reinado de Acaz indicam um período de corregência com seu pai, Jotão, talvez devido às pressões da primeira campanha de Tiglate-Pileser no oeste (744—743 a.C.). Quanto ao nome Oséias, significa salvação.

17.3 Salmaneser V sucedeu a Tiglate-Pileser III como rei da Assíria em 727 a.C.

17.4 Achou em Oseias conspiração. Diversos elementos de intriga e de relações internacionais devem estar em jogo neste caso. Transições no poder eram frequentemente ocasiões para rebelião ou para golpes de Estado. Além disso, um novo homem poderoso havia surgido no Egito — Tefnakht, um faraó da vigésima quarta dinastia. O momento parecia perfeito para Oseias entrar em uma coalizão antiassíria.

17.5, 6 Após um cerco de três anos, Sarnaria foi dominada pelos assírios em 722 a.C. Sargão, o comandante de campo de Salmaneser V, que lhe sucedeu no trono, posteriormente disse que ele mesmo foi quem tomou a Samaria. Deportar cidadãos influentes de uma terra conquistada era uma prática que minimizava a possibilidade de rebeliões (2 Rs 25.11,12; Ez 1.2,3).

17.7-23 Esta notável passagem descreve o pecado de Israel que o levou à horrenda calamidade em 722 a.C. Talvez as palavras de 2 Reis 14.26,27 estivessem na mente do escritor e ele achasse necessário comentar o que acarretou a queda de Samaria e de Israel.

17.7-9 Por os filhos de Israel pecarem. A razão da queda de Samaria e do fim do Reino do Norte foi obviamente uma falha espiritual, foi dar as costas a Deus e adorar outros deuses que existem apenas na mente depravada do ser humano. Os atos que acompanham o adultério espiritual de Israel (v. 9-17) deixam claro que esse reino havia crescido grandemente em corrupção, a começar pelos líderes (v. 7-9,21). Apesar dos avisos contínuos (v. 13,14,23), Israel persistiu em toda forma de idolatria e de adoração licenciosa (v. 10-12,16,17).

17.10, 11 Os vocábulos estátuas, imagens e altos representam a trilogia pagã (2 Rs 18.4; lR s 14.23).

17.12-21 Jeroboão [...] os fez pecar. Jeroboão I iniciara a adoração nacional que, de fato, padronizou todas as atividades idólatras em Israel. A adoração aos bezerros em Dã e em Betei e a fascinação de Israel por Baal (2 Rs 17.16; 1 Rs 12.28,29; 16.32, 33) são repetidamente citadas como as principais causas da derrota espiritual e do colapso político de Israel. A heresia de Jeroboão I foi um exemplo de maldade para os reis que lhe sucederam no Reino do Norte.

17.22-24 O rei da Assíria provavelmente era Sargão II (722—705 a.C.), apesar de a prática descrita nesta passagem ter continuado de modo similar por meio de reis posteriores a este. Tal mistura de habitantes cessou com as distinções étnicas e enfraqueceu a fidelidade das pessoas. Isto também ajudou a formar um senso de império. As cidades relacionadas nestes versículos devem indicar a disposição de uma caravana de pessoas realocadas. Samaria foi a região onde o repovoamento aconteceu; os habitantes acabaram sendo chamados de samaritanos.

17.25-28 Um dos sacerdotes. Apesar de um sacerdote israelita deportado ter sido mandado de volta para instruir o povo samaritano na adoração ao Senhor, o resultado foi uma mistura de várias formas de paganismo com a religião apóstata do Reino do Norte (2 Rs 17.30-33, 40, 41). Com o tempo, tanto os samaritanos como a sua religião foram rejeitados pelos judeus (Jo 4.9; 8.48).

17.29-41 Os samaritanos foram acusados duplamente: eles não adoraram Yahweh e não observaram as leis e as ordenanças instituídas pelo Senhor da aliança. O autor de 2 Reis reafirma que somente o Senhor é o Redentor de Israel.

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