Significado de Deuteronômio 14
Deuteronômio 14
Deuteronômio 14 aborda várias questões relacionadas às práticas alimentares e à santidade do povo de Israel.
No início do capítulo, Moisés instrui o povo sobre os animais que são considerados puros e impuros para consumo. Ele lista os animais que podem ser consumidos, como bois, ovelhas, cabras, cervos e várias aves específicas, e os animais que são proibidos de serem consumidos, como camelos, coelhos e porcos, entre outros. Essas restrições alimentares servem para promover a santidade do povo de Israel e separá-los das práticas dos povos pagãos ao seu redor.
Além disso, Moisés instrui o povo sobre o dízimo dos produtos de sua colheita, que deve ser separado anualmente para ser consumido em um lugar escolhido por Deus. Ele também fala sobre a necessidade de ajudar os pobres e os necessitados, reservando uma parte dos dízimos para eles.
O capítulo continua com orientações sobre o comportamento em relação à carne de animais encontrados mortos ou destinados aos sacrifícios pagãos. Moisés adverte o povo para não comer da carne desses animais, mas sim para jogá-la aos cães ou para queimar no fogo.
Além disso, Moisés fala sobre a importância de manter a santidade do povo de Israel, evitando a prática de tatuagens e cortes no corpo em sinal de luto pelos mortos. Ele destaca a importância de ser um povo santo e separado para Deus.
Em resumo, Deuteronômio 14 trata das práticas alimentares e de outras orientações destinadas a manter a santidade do povo de Israel. Moisés instrui sobre os alimentos permitidos e proibidos, o dízimo dos produtos da colheita, o cuidado com os pobres e necessitados, e a importância de manter-se separado das práticas pagãs ao seu redor.
Deuteronômio 14:1 Filhos sois do Senhor. A motivação para o comportamento diferenciado e a ética de Israel residia na relação especial que essa nação mantinha com o Senhor (Dt 1.31; 8.5). Por isso, os israelitas não poderiam realizar os rituais de luto pagãos, que encorajavam agressões físicas, como golpes no próprio corpo e calva entre os olhos. Tais práticas eram uma forma de magia pela qual as pessoas buscavam exercitar o controle sobre seu bem-estar e sobre os deuses (1 Rs 18.28). Comentário de Deuteronômio 14
Deuteronômio 14:2 Como povo santo ao Senhor, os israelitas foram separados para Ele, distinguidos das outras nações e escolhidos para praticar a vontade divina na terra, conforme a afirmação te escolheu [...] para lhe seres o seu povo próprio (compare com 1 Pe 2.9). A palavra traduzida do hebraico como santo (qdôsh) significa ser separado ou ser distinto.
Deuteronômio 14:3 Nenhuma abominação comereis. As regras acerca da dieta separaram Israel das outras nações (Lv 11). È provável que Deus tenha proibido o consumo de certos animais a fim de diferenciar as práticas dos israelitas das práticas dos povos vizinhos, pois este sinal físico simbolizava a santidade de Israel. O Senhor geralmente se referia aos procedimentos pagãos como abominação, palavra que indica uma forte repugnância, por isso ordenou aos hebreus que se afastassem deles.
Deuteronômio 14:4-11 Os animais próprios para o consumo eram os que remoem e têm as unhas fendidas. Caso não tivessem nenhuma dessas duas características, ou tivessem apenas uma delas, seriam proibidos como alimento (Lv 11).
Deuteronômio 14:12-18 As aves impuras eram principalmente as predadoras e as que se alimentavam de carniça, pois estavam associadas à carne morta e putrefata e muitas vezes eram portadoras de doenças.
Deuteronômio 14:19 Todo réptil que voa. Esta expressão se refere aos insetos que não podiam ser consumidos.
Deuteronômio 14:20 Comereis. O uso deste verbo com sentido afirmativo demonstra que algumas das leis de Deus proibiam, enquanto outras permitiam.
Deuteronômio 14:21 Não cozerás o cabrito com o leite da sua mãe. Ao contrário dos cananeus, que cozinhavam os cabritos vivos no leite de suas mães como um sacrifício aos deuses da fertilidade, os israelitas deveriam praticar uma forma mais humana de sacrifício animal. Israel era diferente de seus vizinhos, e isto é ser santo.
Deuteronômio 14:22-15:18 Esta seção apresenta expressões concretas de preocupação com o necessitado.
Deuteronômio 14:22-29 As leis do dízimo abrangiam todos os produtos agrícolas. Ao dar o dízimo ao Senhor (a décima parte de tudo o que era colhido) , os israelitas reconheciam que a terra pertencia a Deus e que usufruíam seus benefícios apenas por causa da bênção divina. O dízimo deveria ser desfrutado na presença do Senhor, a não ser que o indivíduo tivesse de percorrer uma longa distância para chegar ao local escolhido por Deus. Nesse caso, o dízimo podia ser trocado por prata e usado para comprar comida e bebida em Jerusalém.
Deuteronômio 14:25-27 O termo dinheiro faz referência ao peso de prata, pois as moedas não foram cunhadas até o período persa.
Deuteronômio 14:28, 29 Ao fim de três anos o dízimo era retirado da nova safra de produtos e utilizado para saciar o levita, o estrangeiro, o órfão e a viúva. Compadecendo-se dos necessitados, o doador seria abençoado por Deus.
Índice: Deuteronômio 1 Deuteronômio 2 Deuteronômio 3 Deuteronômio 4 Deuteronômio 5 Deuteronômio 6 Deuteronômio 7 Deuteronômio 8 Deuteronômio 9 Deuteronômio 10 Deuteronômio 11 Deuteronômio 12 Deuteronômio 13 Deuteronômio 14 Deuteronômio 15 Deuteronômio 16 Deuteronômio 17 Deuteronômio 18 Deuteronômio 19 Deuteronômio 20 Deuteronômio 21 Deuteronômio 22 Deuteronômio 23 Deuteronômio 24 Deuteronômio 25 Deuteronômio 26 Deuteronômio 27 Deuteronômio 28 Deuteronômio 29 Deuteronômio 30 Deuteronômio 31 Deuteronômio 32 Deuteronômio 33 Deuteronômio 34