Significado de Deuteronômio 15
Deuteronômio 15
Deuteronômio 15 trata principalmente da lei do ano sabático e da lei sobre a libertação dos escravos. Estas leis são projetadas para promover a justiça social e a compaixão dentro da comunidade de Israel.
O capítulo começa com a instituição da lei do ano sabático, que ocorria a cada sete anos. Durante este ano, todas as dívidas entre membros da comunidade de Israel deveriam ser perdoadas. Isso incluía a liberação de escravos hebreus que haviam servido por seis anos. Essa prática garantia que ninguém ficasse permanentemente preso em uma condição de servidão e ajudava a evitar a acumulação de dívidas esmagadoras entre os membros mais pobres da sociedade.
Além disso, Moisés instrui sobre a maneira correta de lidar com os pobres e necessitados. Ele incentiva a generosidade e a ajuda aos necessitados, destacando a importância de ser benevolente e não endurecer o coração contra os irmãos necessitados.
O capítulo também trata da prática de oferecer sacrifícios ao Senhor e de apresentar os dízimos e ofertas voluntárias. Moisés enfatiza a importância de ser fiel e generoso nas ofertas apresentadas a Deus, reconhecendo que tudo o que têm vem do Senhor.
Em resumo, Deuteronômio 15 destaca a importância da justiça social, da compaixão e da generosidade dentro da comunidade de Israel. Moisés estabelece leis que promovem o perdão das dívidas e a libertação dos escravos a cada sete anos, incentivando a ajuda aos pobres e necessitados e enfatizando a fidelidade na adoração ao Senhor. Essas leis visam promover a harmonia e a equidade dentro da comunidade, demonstrando o cuidado de Deus para com Seu povo.
Comentário de Deuteronômio 15
Deuteronômio 15:1 Ao fim dos sete anos, farás remissão. Deus orientou Seu povo a respeitar períodos específicos necessários para uma vida santa e agradável ao Senhor: após seis dias de trabalho, o sétimo era de repouso; depois de seis anos de servidão, no sétimo se concedia a liberdade ao pobre; após seis anos de cultivo, o sétimo era de descanso da terra (Êx 23.10, 11; Lv 25.1-7). As dívidas (NVI) eram canceladas, como descrito nos versículos 2-6, ou, conforme a ARC, a remissão era feita. Tudo isso mostra um tratamento humano das pessoas acerca das relações comerciais.Deuteronômio 15:2, 3 Este, pois, é o modo da remissão: que todo credor, que emprestou ao seu próximo uma coisa, o quite. O devedor não tinha condições de pagar no sétimo ano porque os campos não podiam ser cultivados (Lv 25.1-7). Se os credores exigissem o pagamento, o pobre afundaria ainda mais em seus débitos. Nisto, Deus também mostrou Seu cuidado e Sua preocupação com o menos favorecido.
Deuteronômio 15:4, 5 Para que entre ti não haja pobre. Deus prometeu abençoar cada indivíduo de Seu povo. No entanto, havia uma condição para que isso ocorresse aos israelitas: se somente ouvires diligentemente a voz do Senhor, teu Deus, para cuidares em fazer todos estes mandamentos que hoje te ordeno.
Deuteronômio 15:6 Emprestarás[...] não tomarás empréstimos. A bênção de Deus seria abundante. A riqueza e a proeminência de Israel dentre as nações cresceriam. Por isso, o Senhor afirmou que os israelitas dominariam sobre muitas nações. Em vez de sujeitar-se a outros povos, a posição que Israel ocuparia entre eles seria a de líder (Is 55.4, 5). Isso ocorreu durante o reinado de Salomão.
Deuteronômio 15:7, 8 Não endurecerás o teu coração... a teu irmão que for pobre. A atitude das pessoas em relação aos pobres deveria ser um reflexo da gratidão delas para com Deus por causa das bênçãos que Ele lhes dera.
Deuteronômio 15:9, 10 Aquele que emprestava sabia exatamente as consequências de um empréstimo quando se aproximava o sétimo ano, no qual todos os débitos eram cancelados. Mesmo que o credor não fosse beneficiar-se do empréstimo, ele era encorajado a emprestar para aqueles que precisavam.
Deuteronômio 15:11 Nunca cessará o pobre do meio da terra. Esta é uma declaração realista comparada ao ideal expresso no versículo 4 (Mt 26.11).
Deuteronômio 15:12, 13 Quando um homem pobre perdia a sua propriedade, ele podia vender-se para o trabalho por seis anos. Contudo, no sétimo ano, [seria despedido] forro. Este era o ano de cancelamento dos débitos e libertação do devedor (Êx 21.2).
Deuteronômio 15:14 Liberalmente o fornecerás do teu rebanho, e da tua eira, e do teu lagar. O escravo-devedor era o instrumento pelo qual Deus abençoava o patrão. Quando alforriado, deveria receber um emolumento. Desta forma, o dono reconhecia o trabalho do servo e a soberania de Deus.
Deuteronômio 15:15-18 E lembrar-te-ás de que foste servo. A graça de Deus manifesta na libertação dos israelitas da escravidão egípcia era um modelo que todas as pessoas deveriam seguir, especialmente quando se tratava dos pobres. Somente quando o povo de Israel relembrava sua miséria no Egito agradecia a Deus por sua prosperidade. Ajudando os necessitados, os israelitas se tornavam aptos a desfrutar das bênçãos divinas.
Deuteronômio 15:19-16:17 Este segmento trata da regulamentação acerca dos primogênitos dos animais e das três peregrinações que ocorriam todo ano. Nele Moisés explica como Israel deveria diferir das nações vizinhas em suas celebrações. Estas eram lembretes do que Deus fizera por Seu povo no passado e oportunidades para continuar ensinando às crianças a história da redenção. E provável e natural que os jovens fizessem perguntas como “por que precisamos fazer isso?” Assim, os pais teriam a maravilhosa chance de discorrer sobre a obra e a bondade de Deus em favor deles.
Deuteronômio 15:20-23 Havendo nele algum defeito. Deus esperava o melhor dos israelitas. Ele era seu Rei, seu Pai e seu Deus (Ml 1.8). Oferecer em sacrifício ao Senhor aquilo que possuía de melhor era uma atitude de fé do povo. O indivíduo tinha de acreditar que Deus abençoaria seu rebanho, mesmo quando deste eram retirados os melhores animais.
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