Significado de Deuteronômio 21
Deuteronômio 21
Deuteronômio 21 aborda uma variedade de questões, incluindo justiça social, cuidados com o próximo e ações apropriadas em certas situações.
O capítulo começa com instruções sobre como lidar com casos de assassinato quando o assassino é desconhecido. Moisés descreve um ritual no qual os líderes e os sacerdotes devem medir a distância entre o corpo e as cidades mais próximas para determinar qual delas é responsável por realizar um ritual de expiação. Esse ritual tem como objetivo remover a culpa da terra.
Em seguida, Moisés fala sobre a maneira correta de lidar com um cadáver encontrado no campo, sem que se saiba quem é o responsável pela morte. Ele instrui os anciãos da cidade mais próxima a lavar as mãos sobre uma novilha sacrificada, simbolizando que não são culpados pela morte, e a proclamar sua inocência.
O capítulo também aborda questões relacionadas a casamentos em caso de prisioneiras de guerra e o tratamento de filhos rebeldes. Moisés estabelece leis que visam garantir a justiça e o respeito pelos direitos dos mais vulneráveis, incluindo viúvas, órfãos e prisioneiros.
Além disso, Moisés fala sobre a necessidade de tratar os corpos dos executados com respeito e dignidade, garantindo que eles sejam enterrados no mesmo dia em que forem mortos, para que a terra não seja contaminada.
O capítulo termina com uma breve menção sobre herança e direitos de primogenitura.
Em resumo, Deuteronômio 21 oferece uma série de leis e diretrizes que buscam promover a justiça, o cuidado com o próximo e o respeito pelos direitos humanos dentro da comunidade de Israel. Moisés enfatiza a importância da responsabilidade coletiva, da compaixão e do tratamento digno de todos os membros da sociedade, independentemente de sua posição ou origem.
Deuteronômio 21:1, 2 A morte pode ter sido ocasionada pelo homicídio acidental ou intencional. Como nos dias atuais, a questão da jurisdição era importante nos casos de crimes desse tipo, daí o uso da instrução medirão o espaço até às cidades que estiverem em redor do morto. Comentário de Deuteronômio 21
Deuteronômio 21:3, 4 Tomarão uma bezerra. As pessoas da cidade mais próxima do morto eram as responsáveis pela iniciação do rito que estabelecia a inocência do povo pelo assassinato.
Deuteronômio 21:5-7 Os anciãos da cidade carregavam a responsabilidade pelo crime, mesmo não sendo pessoalmente culpados. Era seu dever buscar a propiciação pelo assassinato.
Deuteronômio 21:8 Degolar a bezerra não provia a expiação. Era uma alegoria do crime horrendo. O próprio Deus perdoava graciosamente.
Deuteronômio 21:9 Matar uma pessoa inocente era uma ofensa extremamente séria na antiga Israel. A menos que o crime fosse esclarecido ou o rito realizado, não haveria o verdadeiro sossego para o povo.
Deuteronômio 21:10-14 Escolher uma esposa dentre os prisioneiros era uma prática comum em todo o mundo. Entretanto, em Israel, Deus regulava tal ação, operando um princípio de dignidade humana.
Deuteronômio 21:10, 11 Presumivelmente, os inimigos pertenciam às cidades longínquas (Dt 20.13-15), visto que os israelitas podiam fazer prisioneiros. Contudo, quanto aos adversários que habitavam a Terra Prometida, Deus ordenou sua total destruição.
Deuteronômio 21:12 Ela rapará a cabeça. Este ritual tinha como objetivo dar tempo à mulher para se ajustar à nova cultura e ao luto forçado por causa da separação de sua família. Era também um símbolo de limpeza, pois ela estava sendo preparada para se tornar membro de uma nova comunidade.
Deuteronômio 21:13 Considerando que as distintas vestes da mulher poderiam ter associação com as práticas idólatras de sua antiga família, tais vestimentas eram despojadas dela. A mulher estava prestes a fazer parte da comunidade da aliança divina. Assim, não era permitido que ela mantivesse consigo qualquer coisa que pudesse exercer a tentação da adoração a falsos deuses sobre os israelitas. Após essas precauções, a mulher prisioneira adquiria a mesma condição de qualquer outra mulher casada em Israel.
Deuteronômio 21:14 E será que, se te não contentares dela. A razão para isso não está definida. Talvez acontecesse quando o homem fosse rejeitado na relação marital ou a mulher não tivesse se convertido à verdadeira adoração ao Senhor. Há também a possibilidade de que ela não tivesse a capacidade de ter filhos. Em qualquer caso, o homem tinha a permissão de divorciar-se ou deixá-la ir. Como a mulher fora desonrada ao ser tirada de sua nação e envolvida em um casamento compulsório, conforme a sentença pois a tens humilhado, ela deveria ser tratada com dignidade no caso de qualquer incompatibilidade marital.
Deuteronômio 21:15-25:19 Nestas instruções, Moisés resume e demonstra o lugar do indivíduo na relação com a comunidade. O homem era o responsável pela preservação da pureza, da justiça, e da compaixão do povo.
Deuteronômio 21:15 Duas mulheres. A poligamia era uma prática comum nas culturas do antigo Oriente Médio e foi presumida na Lei de Moisés. Em alguns casos, o estado de polígamo era uma necessidade na antiga Israel (Dt 25.5-10).
Deuteronômio 21:16 Um pai deveria mostrar consideração pelo filho primogênito, não importando seus sentimentos em relação à mãe da criança.
Deuteronômio 21:17 Os costumes do antigo Oriente Médio estabeleciam o tratamento preferencial aos primogênitos. A dobrada porção era um sinal da bênção paterna. Entre os filhos de Jacó, foi José que recebera a dobrada porção (Gn 48.8-22; 49.22-26). Rúben perdeu seu direito de filho mais velho por causa de seu comportamento desonroso (Gn 49.3, 4).
Deuteronômio 21:18 O filho contumaz e rebelde não era o jovem normalmente difícil, mas aquele que teve um comportamento imoral por um longo período de tempo.
Deuteronômio 21:19 Seu pai e sua mãe. Os pais eram os responsáveis por seus filhos perante a comunidade, e os anciãos eram os encarregados de julgar as atitudes do povo como um todo.
Deuteronômio 21:20 E dirão aos anciãos. Os pais apresentavam aos anciãos a acusação contra o filho, embora o comportamento deste fosse indiscutivelmente sabido por todos. A expressão um comilão e beberrão, usada para definir o rapaz, quer dizer aquele que não presta.
Deuteronômio 21:21 Todos os homens da cidade dividiam a responsabilidade na execução do jovem rebelde. A pena de morte pode parecer muito dura para o leitor moderno. Entretanto, o povo não poderia consentir que o transgressor espalhasse suas práticas imorais, visto que era o povo santo de Deus.
Deuteronômio 21:22, 23 Pendurares num madeiro. A pessoa culpada não era pendurada pelo pescoço. Não se praticava esta forma de execução na antiga Israel. Na verdade, pendurar significava a empalação do corpo para que o público o visse, após a morte por apedrejamento. Todo mundo saberia que aquele indivíduo fora culpado pela sociedade. A exposição do cadáver estava limitada a um dia. Este dia lembrava o povo do julgamento divino dos pecadores.
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