Significado de Êxodo 13

Êxodo 13

Êxodo 13 continua a narrativa da jornada dos israelitas para fora do Egito e sua chegada ao Mar Vermelho. Neste capítulo, Deus dá instruções a Moisés sobre como os israelitas deveriam consagrar seus primogênitos e comemorar sua libertação da escravidão. O capítulo também relata como Deus guiou os israelitas com uma coluna de nuvem durante o dia e uma coluna de fogo durante a noite.

O primeiro parágrafo de Êxodo 13 descreve a consagração do primogênito. Deus diz a Moisés que todos os primogênitos em Israel, tanto de pessoas quanto de animais, pertencem a Ele e devem ser consagrados a Ele. Este é um lembrete de como Deus poupou os primogênitos dos israelitas durante a praga final no Egito. O capítulo continua explicando que os israelitas deveriam comemorar sua libertação da escravidão observando a Festa dos Pães Asmos. Este festival dura sete dias e é um lembrete da saída apressada dos israelitas do Egito.

O segundo parágrafo de Êxodo 13 descreve como Deus guiou os israelitas em sua jornada pelo deserto. Deus os guiou com uma coluna de nuvem durante o dia e uma coluna de fogo durante a noite, garantindo que eles sempre soubessem para onde estavam indo. Este é um testemunho da fidelidade de Deus para com Seu povo e Seu desejo de vê-los seguros durante sua jornada. O capítulo também menciona que os israelitas carregavam os ossos de José com eles, como ele havia pedido antes de sua morte.

O terceiro parágrafo de Êxodo 13 descreve as dificuldades que os israelitas enfrentaram em sua jornada. O capítulo menciona que eles não seguiram a rota mais direta para Canaã, mas sim uma rota mais longa pelo deserto. Isso porque Deus não queria que eles encontrassem os filisteus e ficassem desanimados. Apesar das dificuldades, os israelitas continuaram a confiar em Deus e seguir Sua orientação.

Em conclusão, Êxodo 13 é um capítulo que destaca a jornada dos israelitas para fora do Egito e sua chegada ao Mar Vermelho. O capítulo fornece instruções sobre como os israelitas deveriam consagrar seus primogênitos e comemorar sua libertação da escravidão. Também enfatiza a fidelidade de Deus para com Seu povo e Sua orientação em sua jornada pelo deserto. O capítulo é um lembrete de que, mesmo em meio às dificuldades, Deus está sempre com Seu povo, guiando-o e conduzindo-o à segurança.

Comentário de Êxodo 13

Êxodo 13.1-22 Antes da dramática história da passagem pelo mar Vermelho, há um registro dos institutos fundamentais dados a Israel pelo Senhor. São eles: (1) a consagração dos primogênitos (v. 1,2); (2) a festa dos pães asmos (v.3-10);e (3) a lei acerca dos primogênitos (v. 11-16). A isto é seguido o comando do Senhor aos israelitas para rumar em uma direção imprevista (v. 17-22).

Êxodo 13.1 Falou o Senhor a Moisés. Deus falava com o profeta frequentemente, e a sua relação próxima com o Senhor era especial (Êx 33.11; Nm 12.8).

Êxodo 13.2 O termo traduzido como santifica significa consagrar-se, tomar-se santo. Deus disse: Santifica-me todo primogênito, o que abrir toda madre entre os filhos de Israel, de homens e de animais; porque meu é. A explicação do ritual de consagração do primeiro filho do sexo masculino ao Senhor é feita mais tarde, nos versículos 11 a 16.

Êxodo 13.3 Lembrai-vos deste mesmo dia. Veja comentário em Êxodo 12.41,42,51.

Êxodo 13.4 No mês de abibe. Veja comentário sobre este primeiro mês em Êxodo 12.2.

Êxodo 13.5-7 E acontecerá que, quando o Senhor te houver metido na terra dos cananeus, e dos heteus, e dos amorreus, e dos heveus, e dos jebuseus... Várias nações ocupavam a terra de Canaã na época em que Deus prometeu dá-la em herança a Israel. Aqui, alguns povos são listados, mas há variações nestas listas. A relação mais completa está em Gênesis 15.18-21, onde dez nações são mencionadas. Nas listas em Êxodo, três, cinco ou seis povos são citados, e quase nunca na mesma ordem (Êx 3.8,17; 23.23,28; 33.2; 34.11). Aqui, os ferezeus não são mencionados. Estas diferenças indicam que o objetivo principal não é o catálogo completo dos povos, e sim a lembrança de que a terra de Canaã estava ocupada e de que seus habitantes teriam de ser removidos à força para que a promessa divina se concretizasse.

Êxodo 13.8 Mesmo as futuras gerações de israelitas que não fizeram parte do êxodo deveriam dizer: isto é pelo que o Senhor me tem feito, quando eu saí do Egito. Todos os hebreus compartilhariam a libertação divina por causa de seus efeitos duradouros e da promessa de Deus de bem permanente.

Êxodo 13.9-11 E te será por sinal sobre tua mão e por lembrança entre teus olhos; para que a lei do Senhor esteja em tua boca; porquanto, com mão forte, o Senhor te tirou do Egito. Um mandamento similar é encontrado em Deuteronômio 6.8. Por isso, os judeus ortodoxos usam duas caixinhas de couro presas a uma tira de couro [hb. tefilin; port. filactérios], com quatro trechos da Torá [Êx 13.1-10, 11-16; Dt 6.4-9; 11.13-21], sobre a testa e as mãos durante as orações. Isto lhes serve como memorial. Com ou sem tal sinal físico, o símbolo representa uma realidade interna: as instruções de Deus deveriam tornar-se a regra principal da vida de um indivíduo que tivesse aliança com Ele.

Êxodo 13.12 Apartarás para o Senhor tudo o que abrir a madre [...] os machos serão do Senhor. O verbo utilizado aqui, apartarás, ajuda a explicar o significado de consagrar no versículo 2. A ideia é tratar com distinção, distinguir como especial. O termo machos qualifica todos os primogênitos.

Êxodo 13.13, 14 O primogênito macho do jumento era resgatado com um cordeiro. Não era permitido que um jumento fosse oferecido em sacrifício ao Senhor. Similarmente, os israelitas deveriam resgatar seus primeiros filhos. Eles não poderiam nunca matá-los em sacrifício humano. Desta forma, os israelitas eram dramaticamente relembrados das coisas que o Senhor fez para que eles pudessem ser libertos da escravidão. O Senhor poupou os primogênitos dos israelitas, mas matou os primogênitos egípcios — humanos e animais — para dar a Seu povo a libertação. Mais tarde, o Senhor ordenaria que os levitas fossem separados para Ele no lugar dos primogênitos dos israelitas (Nm 3.40-51).

Êxodo 13.15 Esta era uma dura lembrança a Israel do custo de sua redenção. Mais tarde, a estratégia foi mudada pelo Senhor ao tomar os levitas para si em lugar dos primogênitos (Nm 3.40-51).

Êxodo 13.16 Esse sinal era uma lembrança, um memorial, um símbolo da grande libertação operada pelo Senhor em favor de Seu povo (veja Êx 13.9; compare com Dt 6.8).

Êxodo 13.17 Se o povo de Israel tivesse ido diretamente para Canaã, ele teria andado rumo ao norte, ao longo da planície costeira mais tarde conhecida como a terra dos filisteus. Havia alguns indivíduos deste povo vivendo em Canaã desde os tempos mais remotos, mas a principal invasão, com a consequente colonização da terra, não se deu antes dos meados do século 12 a.C. O uso do nome Canaã é similar à utilização posterior dos nomes pelos quais as cidades-celeiro em que Israel trabalhou no Egito foram chamadas (Êx 1.11).

Para que, porventura, o povo não se arrependa, vendo a guerra, e tornem ao Egito. Os egípcios tinham fortalecido a rota costeira, a fim de proteger o território. O povo hebreu possivelmente seria forçado a entrar em uma batalha com os egípcios (ou filisteus) antes de estarem preparados.

Êxodo 13.18 Rodear o povo pelo caminho do deserto, perto do mar vermelho. O texto é bastante claro quando diz que o povo hebreu não deveria ir direto a Canaã. Por conta disso, muitas rotas alternativas foram propostas para explicar a direção que os israelitas tomaram. O caminho tradicional diz que eles se moveram na direção sul, ao longo da costa oeste da península do Sinai, até que atingissem o monte Sinai, na longínqua região centro-sul da península. A sugestão de proximidade com o mar Vermelho vem da Septuaginta, a tradução grega do Antigo Testamento, completada aproximadamente em 150 a.C. A expressão hebraica traduzida como mar Vermelho equivale a mar dos juncos [que dava à água uma coloração vermelha], um local próximo à antiga extensão setentrional do mar Vermelho. Muitos acreditam que o mar de juncos era um dos lagos pantanosos da região.

Êxodo 13.19 A história do último desejo de José é encontrada em Gênesis 50.22-26. É tão maravilhoso ver que, após mais de 400 anos, um pedido feito no leito de morte, e que demandava grande fé no Deus vivo, estava sendo satisfeito!

Êxodo 13.20 Não sabemos a localização de Sucote, Etã e alguns outros antigos lugares de acampamento de Israel (para Sucote, leia Êx 12.37).

Êxodo 13.21, 22 A presença de Deus junto a Seu povo se manifestava de maneira espetacular em forma de uma coluna de nuvens e de uma coluna de fogo (Êx 14-19,20,24; 40.38; Nm 9.21). Deus esteve com Seu povo durante toda a experiência do êxodo. Por estes e outros maravilhosos sinais, Ele se fez inesquecível! Deus é Espírito (Jo 4.24), e a onipresença é um dos Seus atributos. O Senhor fez com que Sua presença fosse vista e sentida dentre as pessoas que saíram do Egito. Se todos concentrassem suas atenções na divina presença, não teriam motivos para temer.

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