Significado de Êxodo 30

Êxodo 30

Êxodo 30 continua com as instruções para a construção do tabernáculo, focando especificamente no altar do incenso e no imposto do censo. O altar de incenso é um pequeno altar de ouro que foi colocado no Lugar Santo, fora do Santo dos Santos. O altar era usado para queimar incenso, que era um símbolo das orações do povo que se elevavam a Deus. O imposto do censo era um pagamento obrigatório que todo israelita tinha de fazer, e os fundos eram usados para sustentar a manutenção do tabernáculo.

O capítulo começa com uma descrição do altar do incenso, que será feito de madeira de acácia e revestido de ouro puro. O altar será quadrado, com uma altura de um côvado e meio e um comprimento e largura de um côvado cada. O altar será adornado com uma coroa de ouro e duas argolas de cada lado, através das quais serão inseridas varas de madeira de acácia revestidas de ouro para serem transportadas.

Em seguida, o capítulo descreve o imposto do censo que todo israelita deve pagar. Cada pessoa dará meio siclo de prata, que será usado para sustentar o tabernáculo. O imposto do censo é um lembrete importante de que todos têm um papel a desempenhar no apoio à obra de Deus e que ninguém está isento de contribuir para a comunidade.

Em conclusão, Êxodo 30 fornece instruções para a construção do altar de incenso e descreve o imposto do censo exigido que todo israelita deve pagar. O altar de incenso é um pequeno altar de ouro usado para queimar incenso, simbolizando as orações do povo que se elevam a Deus. O imposto do censo é um pagamento obrigatório que apoia a manutenção do tabernáculo e serve como um lembrete de que todos têm um papel a desempenhar na contribuição para a comunidade. Juntas, essas instruções enfatizam a importância da adoração e do apoio da comunidade na vida do povo de Israel.

Comentário de Êxodo 30

Êxodo 30:1, 2 Este altar menor era um lugar usado para acender o incenso de aroma agradável. Assim como a arca da aliança (Êx 25.10), a mesa dos pães da proposição (Êx 25.23) e o altar de holocaustos (Êx 27.1), este altar era feito de madeira de cetim (Êx 25.10). Ele media 45 cm de cada lado e 90 cm de altura.

Êxodo 30:3 Como o altar maior, o menor também era revestido com ouro. Os cantos eram uma cópia decorativa daqueles que estavam no altar de holocausto (Êx 27.2).

Êxodo 30:4, 5 Argolas e varais eram usados para carregar o altar, sinalizando mais uma vez o grande respeito que era preciso ter ao fazer o transporte das mobílias sagradas.

Êxodo 30:6 O altar ficava no lugar santo, perto do véu que separava esse cômodo do santíssimo. A menção à arca do Testemunho nos faz lembrar da mobília mais importante do tabernáculo.

Êxodo 30:7, 8 Arão foi ordenado a queimar incenso aromático a cada manhã e à tarde, com o acender das lâmpadas (Êx 27.20, 21). Surge, então, a pergunta: por que era o sumo sacerdote a pessoa encarregada de cuidar desses ritos simples? Acender o incenso era, de fato, um privilégio, pois a prática de tal ato ficava restrita àqueles que tinham permissão para se aproximar de Deus. Quanto ao período em que essa tarefa deveria ser desempenhada, a expressão do hebraico traduzida como à tarde pode ser entendida como entre duas manhãs. Posteriormente, os rabinos, algumas vezes, definiriam crepúsculo como o ponto em que a luz natural não era mais suficiente para distinguir uma linha preta de uma branca.

Êxodo 30:9 Estranho significa nenhum outro tipo de incenso, isto é, não santificado. Nenhuma oferta diferente da especificada podia ser colocada nesse altar.

Êxodo 30:10, 11 O comando fará expiação significa cobrirá, fará propiciação. Arão teria de cumprir esse rito uma vez no ano, o qual recebeu o nome de o Dia da Expiação. Esse evento é especificado em Levítico 16.

A consagração de objetos como essa consistia em uma cerimônia de purificação para fazer com que estes se tornassem santos perante o Senhor. Visto que o homem é pecador, todos os utensílios que entravam em contato com ele ficavam contaminados. Uma vez por ano, tudo o que os seres humanos tocaram no tabernáculo tinha de ser cerimonialmente limpo.

Esse procedimento era santíssimo ao Senhor. A palavra traduzida como santíssimo significa literalmente Santo dos santos e é a mesma expressão do hebraico usada em Êxodo 26.34. Nos versículos em análise, a fraseologia não faz referência ao santíssimo, mas à suprema santidade dos artigos de adoração perante o Senhor (v. 29).

Êxodo 30:12, 13 Este texto é obscuro quanto à sua conotação: se é uma ordem que está sendo dada ou se é uma concessão. Não fica claro se os israelitas tinham de ser recenseados, e assim fazer o que se segue, ou se podiam ser recenseados e assim teriam de fazer o que foi dito. O termo resgate (hb. kopher) está relacionado às palavras expiação e propiciação (Êx 10; 29.36, 37). A ideia é pagar o preço pela vida de um indivíduo. Os hebreus deveriam ficar cientes de que sua vida vinha de Deus e era governada por Ele. Por isso, era necessário que o povo oferecesse uma oferta em dinheiro, equivalente a metade de um siclo, isto é, seis gramas de prata (Êx 21.32; 38.26).

Êxodo 30:14-17 Cada homem deveria contribuir com metade de um siclo para o resgate. A quantia não era baseada no merecimento ou na riqueza dos indivíduos. O recolhimento auxiliou os levitas a manterem o tabernáculo.

Êxodo 30:18 Pia de cobre com a sua base. O formato da pia não é especificado, mas observa-se claramente que possuía duas partes: a pia em si e sua base. As mulheres proveram os espelhos de bronze que eram a matéria-prima para a pia (Êx 38.8).

Êxodo 30:19-21 Lavarão as suas mãos e os seus pés. A constante limpeza das mãos e dos pés dos sacerdotes é compreensível. Entretanto, os pés ficavam sujos muito rápido, porque eles usavam sandálias. A lavagem contínua representava a necessidade de estar limpo do pecado regularmente. A seriedade da manutenção da santidade dos sacerdotes perante Deus (Êx 28.43) é enfatizada na expressão para que não morram.

Êxodo 30:22-25 Os sacerdotes usavam o azeite em cerimônias para unção (Êx 29.7). A preciosa e rica mistura desse elemento com as demais especiarias deve ter tido um aroma maravilhoso e inesquecível. Esse azeite em especial foi declarado sagrado, porque seu uso era destinado apenas aos ritos religiosos especificados pela Lei (v. 32, 33). O perfumista, assim como os artesãos que trabalhavam com madeira, tecido e metal, era um homem altamente habilidoso (v. 35).

Êxodo 30:26-29 Tudo o que era ligado à adoração a Deus deveria ser ungido com os azeites especiais. Desta forma, as criações dos artesãos se tornavam santas e separadas para o uso especial no culto ao Senhor.

Êxodo 30:30 A unção iniciava os sacerdotes no privilégio de servir a Deus.

Êxodo 30:31-33 O azeite da santa unção era reservado exclusivamente para a consagração do tabernáculo e de toda a sua mobília. Qualquer outro uso desse elemento resultaria em uma sentença divina, como será extirpado dos seus povos, ou seja, será morto (Gn 17.14).

Êxodo 30:34-38 Como no caso do azeite da unção (v. 22-25), as instruções para a fabricação do incenso também foram precisas. O resultado da mistura era um artigo generoso, caro e precioso.

Êxodo 30:36 Diante do Testemunho. Uma porção do incenso aromático deveria ser levada até o santíssimo como um símbolo sagrado para o povo perante o Senhor.

Êxodo 30:37, 38 O incenso não poderia ser feito para uso pessoal nem utilizado com outro propósito senão aquele que Deus instruíra. A afirmação santo será para o Senhor era uma lembrança da importância da separação das coisas santas para a adoração a Deus.

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