Cristologia do Novo Testamento
Cristologia do Novo Testamento
(Índice: Cristologia)
I. Humanidade. A humanidade de Cristo é subentendida
em todas as páginas do Novo Testamento. Ele nasceu como um bebê, de uma mãe
humana, cresceu, aprendeu, experimentou fome, ansiedade, dúvida,
desapontamento, surpresa e foi aperfeiçoado, pelo que sofreu, foi humilhado,
padeceu e morreu. Ver as seguintes referências: Luc. 2:40; 7:9; Mar. 2:15;
14:33; 15:34; Gál. 4:4; João 1:14; Heb. 2:9,10; 5:7,8; Mat. 27:1 ss. Quanto ao
desenvolvimento desse assunto, ver o artigo sobre a Humanidade de Cristo.
II. Impecabilidade. Embora fosse um
ser humano, é declarado que ele não cometeu pecado. (Ver Heb. 4:15; II Cor.
5:21; I Ped. 2:22). Porém, poderia ele ter caído em pecado? Quanto a essa
pergunta, ver o artigo sobre Cristo, Tentação de, sob o quinto item, A Teologia
da Tentação de Cristo; e ver também sobre a Impecabilidade de Jesus.
III. Filho do Homem. Em M ateus
8:20, onde a humanidade de Cristo está em pauta , ele aparece como um homem
típico ou representativo, ou seja, a humanidade é ilustrada em Cristo. Porém, o
trecho de Marcos 14:62 tem o título “Filho do homem” com o trecho de Daniel
7:13 em mente, aquela figura celestial e elevada autoridade espiritual, um
ideal que representa o povo de Deus. Esse título também pode salientar a sua
humildade e aparente insignificância (Mar. 2:10; 2:28; Luc. 12:19). O evangelhode João usa o título em contextos que enfatizam sua preexistência (João 2:13 ss;
6:62 ss e 8:6 ss). Nos escritos de Paulo, ele é o homem descido do céu, o segundo
Adão (Rom. 5 e I Cor. 15).
IV. Servo. Jesus é Aquele que cumpre supremamente
a vontade de Deus, e, dessa maneira, serve melhor aos homens. Ele é o Servo
Sofredor retratado no livro de Isaías. Ver Mat. 12:18; Mar. 10:45; Luc. 24:26. Foi
na qualidade de Servo que Cristo ofereceu a si mesmo pelos pecados do seu povo
(João 1:29; Isa. 53).
V. Humilhação. Por ocasião da encarnação (que vide),
ele deixou de lado a sua glória celestial, a fim de poder obter glória para os
homens (Fil. 2:5 ss, João 1:14).
VI. Encarnação. O Logos encarnou-se na forma de Jesus
(João 1:14). Da mesma maneira que ele assumiu a natureza humana, assim também o
homem, por intermédio dele, haverá de assumir a sua natureza divina (Rom. 8:29;
II Cor. 3:18; Col. 2:10; II Ped. 1:4). Ver o artigo sobre a Encarnação.
VII. Cristo, o Messias. Em sua
encarnação, Cristo tomou sobre si mesmo a incumbência de cumprir a missão do
Messias, que é chamado Cristo, em grego. (Ver Atos 10:38; João 1:41; Rom. 9:5).
Ver o artigo sobre o Messias, e o artigo sobre o Cristo.
VIII. Divindade. A encarnação consistiu no fato
de que o Logos de Deus tornou-se o homem Jesus. Ora, o Logos é Deus (João 1:1).
O Filho do homem é, por igual modo, o Filho de Deus (Mat. 11:27; Mar. 13:32; João
20:17). O Filho e o Pai são um só (João 5:19,30; 16:32). Ele vive cheio de toda
a plenitude de Deus (Gál. 2:9). Quanto a completos detalhes sobre essa questão,
ver o artigo sobre a Divindade de Cristo.
IX. O Logos. Ver João 1:1. Neste particular, a filosofia
é empregada, porque a doutrina do Logos tem uma longa história na filosofia e
foi tomada por empréstimo pela cristologia. Foi um apto subsídio para ajudar a
expressar a divindade de Cristo, e isso mediante a ideia da encarnação. Ver o
artigo sobre o Verbo, quanto a detalhes completos sobre a questão.
X. O Redentor. A realização expiatória de
Cristo,’ vinculada a outros aspectos de sua missão, produz a redenção. Ver Rom
. 3:24; 8:23; I Cor. 1:30; Col. 1:14; Heb. 9:12,15. Ver o artigo sobre a
Redenção, e também sobre a Expiação.
XI. O Restaurador de Tudo. Ver o trecho de
Efésios 1:10 quanto ao mistério da vontade de Deus, que é a restauração
universal em torno de Cristo. Ver o artigo sobre a Restauração.
XII. O Senhor de Tudo. Cristo não é
apenas o Salvador. Ele também é o Senhor. E , no devido tempo, haverá de impor
o seu senhorio sobre todas as coisas, de modo palpável e evidente. Doutra
sorte, seu caráter de Salvador seria anulado. Ver Rom. 10:9,10; Fil. 2:11. Ver
o artigo sobre o Senhorio de Cristo.
XIII. Mediador. Ver o trecho de Heb. 7:24 ss. quanto
ao ofício de Cristo de Mediador e Sumo Sacerdote (que vide).