Estudo Bíblico
Gênesis 42
PROBLEMAS MISTERIOSOS NO EGITO (42.1-45.28)
A seca levou a família de Jacó a sair para comprar alimentos fora de
Canaã e o único lugar em que havia mantimentos à venda era o Egito. Mas quando
os filhos de Jacó foram para o Egito, passaram por inesperadas dificuldades.
Por alguma razão, o primeiro-ministro fez acusações logicamente injustas contra
eles e exigências que desafiavam pronta explicação. Mas o primeiro-ministro
sabia com quem estava lidando e achava-se determinado a extrair vantagem
extrema do fato de os filhos de Jacó não o terem reconhecido.
O caso terminou de modo inesperado e dramático. Foi um fim que
convenceu José da mudança interior dos irmãos; surpreendeu-os revelando que o
irmão que eles venderam era a autoridade que estava diante deles; e encheu de
alegria um oprimido e agoniado pai que ouviu maravilhado que o rapaz que ele
julgava morto estava vivo.
Suspeita e Acusação (42.1-28)
Suspeita e Acusação (42.1-28)
Em vista da seca, Jacó censurou os filhos: Por que estais olhando
uns para os outros? (1, tradução apoiada por Moffatt). Em consequência
disso, dez filhos foram despachados para comprar alimentos no Egito (3).
O mais novo ficou em casa, pois Jacó se opunha a deixar Benjamim (4) ir,
para que lhe não suceda, porventura, algum desastre. A relutância do pai
revela sua lembrança dolorosa do desaparecimento de José e um medo permanente e
corrosivo de que os outros mostrassem profundo desafeto pelos filhos de Raquel.
Para comprar mantimentos, eles tinham de obter visto da pessoa
encarregada pelo programa, sobretudo se fossem estrangeiros. Imediatamente,
José conheceu-os (7) e decidiu mostrar-se estranho para com eles, fazendo
um interrogatório hostil. Acusou-os de serem espias (9), mas eles
protestaram que eram homens de retidão (11). A nudez da terra (9) fica
melhor como “até que ponto a terra é indefesa” (Moffatt; cf.ARA).
Consideravam-se honestos, afirmação que deve ter feito José rir consigo mesmo.
Visto que José persistia nas acusações, fizeram um relato preciso da situação
da família. O fato de Benjamim não estar com eles deu a José a oportunidade de
fazer mais pressão. Não impôs vingança, mas se serviu de sua autoridade para
prová-los severamente e fazê-los revelar quem realmente eram. Isso é (14)
significa “é como já vos disse: sois espiões” (ARA).
A acusação de serem espiões tinha a intenção de revelar o verdadeiro
propósito de terem ido ao Egito; o encarceramento era para impressioná-los com
a amplitude do poder que ele exercia sobre eles. A ordem de José para que
enviassem alguém a buscar Benjamim escondia o intento de descobrir a verdadeira
atitude que demonstravam para com seu irmão, o outro filho de Raquel. Pela
vida de Faraó (15) é um tipo de juramento: “Tão certo quanto vive Faraó”
(Moffatt).
Depois de três dias (17), mudou um pouco de tática, pois já
havia engendrado novos expedientes para fazer o teste. Chamou-os à sua presença
e disse que poderiam ir para casa. Mas um deles tinha de ficar como refém até
que o irmão mais novo (20) fosse trazido para o Egito. Este desdobrar
dos fatos revelou uma consciência coletiva que os provou e amedrontou. A
memória do que fizeram a José ficou mais intensa com o passar dos anos. Não há
que duvidar que Rúben (22) se agitou nessa consciência muitas vezes, e
agora os lembrava que a justiça estava alcançando-os.
José conversava com eles por meio de intérprete (23), assim não
tinham como saber que ele entendia o que falavam na língua materna. Ao ouvir o
que diziam foi tomado por tamanha comoção que teve de sair para se refazer,
pois não conseguiu conter a emoção. Sozinho, chorou (24) provavelmente
de alívio e um pouco de alegria pelo fato de a dureza e o ódio terem dado lugar
à angústia de alma sobre o pecado que cometeram. A escolha de Simeão como refém
pode indicar que ele foi o cabeça da trama contra José.
Sem os irmãos saberem, José deu ordens para que o dinheiro (25)
pago pelos mantimentos fosse colocado no saco de cada homem. Na
primeira parada a caminho de casa, descobriram o dinheiro quando abriram
um saco para alimentar os animais (27). A explicação para esta reviravolta
estava além do imaginável, mas com temor suspeitaram que Deus (28)
tinha algo a ver com isso.
Os irmãos tinham um relato estranho para contar ao pai (29). Ao
ser informado da exigência do egípcio em ver Benjamim, da prisão de Simeão e do
misterioso reembolso do dinheiro, Jacó ficou quase histérico em sua aflição e
medo. Responsabilizou os filhos por todos os seus infortúnios, pela perda de José
(36), de Simeão e, agora, a ameaçadora perda de Benjamim.
Rúben (37) procurou acalmar os
temores de Jacó oferecendo-lhe os seus dois filhos como reféns, os quais
poderiam ser mortos caso ele não voltasse com Benjamim do Egito. Mas Jacó não
se convenceu. Desconfiava intensamente dos filhos mais velhos e se preocupava
muito pelo único filho que restava de sua amada Raquel. Perder Benjamim levaria
Jacó a descer com tristeza à sepultura (38).
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