Gênesis 43 — Estudo Bíblico

Gênesis 43

43:1–6 lidar tão injustamente: Jacó culpou seus filhos por dizerem ao egípcio que ainda havia outro irmão. Seus filhos responderam que simplesmente responderam às perguntas que lhes foram feitas (v. 7).

43:7, 8 Envie o rapaz comigo: Judá prometeu que manteria Benjamim a salvo. Judá havia mudado tremendamente (compare 38:1). Em vez de deixar a família, ele protegeu o irmão e se preocupou com o bem-estar do pai.

43:9 O verbo por fiança está relacionado com o substantivo “promessa” em Gn. 38:17, 18. A culpa vem do verbo hebraico frequentemente traduzido como pecado (40:1; 41:9).

43:10, 11 Por causa da fome, os frutos que colheram podem ter sido secos e as nozes podem ter sido de colheitas anteriores. O principal alimento de que precisavam era o grão.

43:12–14 Esta é a quarta vez em Gênesis que Deus é chamado de El Shaddai (Gn 17:1; 28:3; 35:11). Se estou de luto: Jacob finalmente percebeu que não havia outra opção. Misericórdia, aqui, é uma palavra que fala de maneira incomum do calor do amor de Deus por Seu povo. A palavra é o plural de uma palavra relacionada ao útero; pode descrever a afeição materna de Deus por Seu povo. Esta é a base do AT para as palavras de Paulo “as misericórdias de Deus” em Rom. 12:1. O velho Jacó ainda não sabia que Deus em Seu grande carinho maternal por ele já havia possibilitado a plena reunião da família, inclusive do filho dado como morto.

43:15–18 Os irmãos devem ter ficado surpresos. Na última vez, eles foram tratados como espiões e criminosos (42:9-14). Ora, José os convidou a entrar em sua casa para jantar com ele.

43:19–23 O mordomo respondeu de maneira inesperada. Ele não os acusou de nada; em vez disso, convidou-os a entrar na casa com uma bênção de paz. Seu Deus e o Deus de seu pai: Surpreendentemente, o mordomo expressou sua própria fé no Deus de José e Jacó. Eu tinha seu dinheiro: Claro, isso não é toda a verdade.

43:24 Eles lavaram seus pés porque usavam sandálias abertas em trilhas poeirentas.

43:25, 26 Pela segunda vez (42:6) os irmãos de José se curvaram a ele, assim como seus sonhos reveladores haviam predito (37:5–11).

43:27–29 Benjamim não fizera parte da conspiração anterior contra José. A relação entre José e seu irmão mais novo deve ter sido particularmente próxima, pois José ficou maravilhado ao ver Benjamim (v. 30).

43:30–32 lugar sozinho: José manteve seu disfarce, então ele seguiu o costume egípcio de comer em uma mesa separada dos hebreus. abominação: Esta palavra pode indicar a repulsa mais forte, algo que pode causar doença física (46:34). Os egípcios podem ter sido repelidos por pêlos corporais.

43:33, 34 de acordo com seu direito de primogenitura: Os irmãos podem ter ficado surpresos e inquietos por terem sido sentados de acordo com suas idades.


Notas Adicionais:
A continuação da fome (1) forçou a família de Jacó a ir ao Egito (2) pela segunda vez para comprar mantimentos. Judá (3) insistiu que não ousariam ir sem Benjamim Israel (6, Jacó) protestou incoerentemente que eles não deveriam ter contado ao oficial de Faraó sobre a existência de Benjamim. Mas Judá (8), como seu irmão Rúben (42.37), ofereceu-se como fiador (9), ou seja, como garantia de que Benjamim voltaria em segurança.

Enfrentando bravamente o que parecia o inevitável, Israel (11) instruiu os filhos a levarem um presente para o varão, que consistia em algumas iguarias de Canaã. Deviam devolver o dinheiro (12) em dobro pelo pagamento da primeira compra, só para o caso de o reembolso ter sido mesmo um erro. O idoso pai concluiu suas palavras com uma nota de confiança resignada na misericórdia do Deus Todo-poderoso (14) para que seus filhos voltassem, mas agora ele estava pronto a aceitar a perda de todos, se chegasse a esse ponto.

Vendo, pois, José a Benjamim com eles (16) ficou satisfeito pela grande mudança ocorrida na atitude dos irmãos e ordenou que os criados preparassem um banquete para todos. Os irmãos ficaram ressabiados com a ida à casa (18) do oficial e imediatamente suspeitaram que algo ruim lhes sucederia. Temiam a acusação de roubar o di­nheiro que estava nos sacos, sendo escravizados por isso. Por precaução, abordaram o varão que estava sobre a casa de José (19) para explicar que tinham ficado perple­xos quando acharam o dinheiro nos sacos e que agora os devolviam a José. Também garantiram que dispunham de mais dinheiro para pagar por mais comida. Nosso di­nheiro por seu peso (21) é interpretado por Smith-Goodspeed assim: “Todo o nosso dinheiro” (cf. ARA).

A resposta do administrador deve tê-los deixado mais surpresos e ressabiados. Tratou-os com amabilidade e admitiu que ele foi o responsável pelo dinheiro nos sacos. O vosso dinheiro me chegou a mim (23) significa “Recebi o vosso dinheiro”. Sem ter conhecimento disso, tinham acabado de provar que não eram os homens gananciosos que venderam o irmão por vinte moedas de prata. Estavam agindo como homens honestos.

Simeão (23) foi trazido da prisão e se juntou aos outros. Todos foram adequadamente tratados, inclusive os animais. Os irmãos ficaram esperando ansiosamente com os presentes em mãos. Quando José chegou para a refeição do meio-dia (25), apresenta­ram-lhe os presentes e se inclinaram humildemente aos seus pés. Perguntando-lhes so­bre o pai, José viu a Benjamim, seu irmão (29), novamente. Foi demais. Sufocado pela emoção, deixou seus irmãos e, no silêncio do quarto, chorou (30). Recompondo-se, lavou o rosto (31) e voltou à sala de jantar.

Em típico estilo oriental, eles comeram em grupos separados de acordo com distinções de cargo e etnia. Os egípcios (32) eram particularmente cuidadosos em se manter separados dos outros, sendo fortemente preconceituosos contra os hebreus. Conforme prosseguia a refeição, assim continuava o padrão de incidentes inexplicáveis. Percebe­ram que estavam sentados em ordem do mais velho ao mais moço (33). José não só compartilhou com os irmãos parte dos pratos que comia, mas deu a Benjamim porção de comida cinco vezes maior do que a de qualquer deles (34). Além disso, a ocasião revelou festejo e alegria (34).

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