Gênesis 45 — Estudo Bíblico

Gênesis 45

45:1 não conseguiu se conter: as emoções de José estavam agora no limite. Seus sentimentos eram como faixas apertadas prestes a quebrar. Todo o controle se foi.

45:2 José chorou tão alto que sua voz foi ouvida por todo o palácio (46:29)!

45:3 Eu sou José: José deve ter dito isso em hebraico e não em egípcio (42:23). Ainda assim, os irmãos não podiam acreditar em seus ouvidos. Eles haviam vendido José como escravo. Ele certamente estaria morto. Poderia ser verdade? O senhor egípcio que tinha suas vidas em suas mãos era seu irmão!

45:4 José percebeu que sua aparência física, suas maneiras egípcias, sua alta posição e seu total poder sobre todos eles conspiravam para tornar suas palavras inacreditáveis. Ele disse a eles para se aproximarem para que pudessem reconhecer seu rosto e voz. José se identificou como o irmão que eles haviam vendido. O medo tomou conta dos irmãos de José novamente. José se vingaria?

45:5–7 José usou de bondade para acalmar os temores de seus irmãos. Deus me enviou antes de você para preservar a vida: Deus trabalhou por meio das más ações e atitudes odiosas dos irmãos para preservar não apenas a família de Jacó, mas também a vida de muitos no mundo antigo. Yahweh trabalhou por meio de suas ações para realizar Sua obra maior. Esse padrão pode ser encontrado nas Escrituras e na história. Chega ao seu grande clímax na morte e ressurreição do Senhor Jesus Cristo, que é o grande ponto apresentado por Pedro em seu sermão fundamental no domingo de Pentecostes, quando a Igreja foi criada por Deus. Enquanto oficiais judeus incrédulos e soldados romanos iníquos conspiraram juntos para matar Jesus, tudo isso foi feito “pelo determinado propósito e presciência de Deus” (Atos 2:23). Da mesma forma, as ações bárbaras dos irmãos de José prepararam o cenário para a grande obra salvadora do Deus vivo (50:20).

45:8 José repetiu que Deus havia cumprido Seu bom propósito por meio das más ações de seus irmãos. um pai para Faraó: José era um conselheiro de Faraó tanto quanto um pai pode ser um conselheiro de seu filho.

45:9, 10 José disse a seus irmãos que eles deveriam viver no Egito durante a fome. Este era o plano de Deus, pois Ele havia dito a Abrão que seu descendente viveria em uma terra estrangeira (15:13–16).

45:11 Eu vou prover para você: Com sua família por perto, José poderia garantir que sua família tivesse o suficiente durante a fome.

45:12, 13 minha boca: José ainda tinha que convencer seus irmãos de que ele era realmente seu irmão.

45:14 Benjamin era o único irmão pleno de José. Finalmente eles se reencontraram.

45:15–20 É outra marca da alta estima com que José era tido pelo Faraó que o relato de sua reunião com seus irmãos foi recebido com prazer pelo Faraó e seus oficiais. Faraó foi além de qualquer ato esperado de hospitalidade para com José.

45:18, 19 Visto que José estava preservando a nação da destruição, Faraó estava providenciando o melhor para José.

45:20, 21 José enviou seus irmãos de volta a seu pai com a bênção do Faraó e muitos presentes.

45:22 Benjamin, o irmão que corria o maior risco (cap. 44), agora recebia a maior bênção. 45:23–28 Quando os irmãos contaram a seu pai a grande notícia a respeito de José, Jacó ficou perplexo. Mas ele reviveu, viu os presentes e acreditou em seus filhos. antes de morrer: Estas palavras são triunfantes. Jacó pôde ver seu filho favorito, que ele acreditava estar morto.


Notas Adicionais:
O apelo de Judá atingiu seu propósito; afetou profundamente o homem que detinha tamanho poder sobre a vida deles. Impulsionado pela emoção, José (1) ordenou que todos saíssem da sala e, para espanto de todos, começou a chorar em voz alta. Seu cora­ção duvidoso estava satisfeito; seus irmãos não eram mais os homens insensíveis que o tinham vendido para a escravidão.

Anunciou dramaticamente: Eu sou José (3), e perguntou novamente pelo pai. Os irmãos ficaram mudos, incapazes de acreditar no que tinham acabado de ouvir. Se este fosse José, com certeza ia castigá-los. Mas José os tranquilizou, pedindo que não se re­preendessem pelo que lhe haviam feito, porque, para conservação da vida, Deus me enviou diante da vossa face (5).

José entendeu então que Deus invalidou a intenção má dos seus irmãos e tornou possível ele ser alto funcionário no Egito. Nessa condição, abriu caminho à mudança da família de Canaã, atingida pela falta de chuva, para a terra onde ele havia armazenado alimentos contra a fome. Os irmãos pensaram que tinham se livrado dele vendendo-o como escravo. Mas Deus o usou para salvá-los do período de fome em que não haverá lavoura nem sega (6). Deus me tem posto por pai de Faraó, e por senhor de toda a sua casa (8) é melhor Deus “me fez primeiro-ministro de Faraó, chefe de todo o seu palácio” (Moffatt). Transformando a má intenção em bem e dando força durante tempos de angústia, Deus mostrou que seu propósito último é redentor e que suas relações com os homens são fomentadas pelo amor.

José detalhou seus planos para fazer toda a família se mudar para a terra de Gósen (10; ver Mapa 3). O versículo 12 é traduzido fluentemente por Smith-Goodspeed: “Vedes por vós mesmos, e meu irmão Benjamim vê também, que sou eu mesmo quem vos fala” (cf. ARA). Depois, lançando de si a dignidade de soberano, abraçou o irmão Benjamim (14) e juntos choraram. Fez o mesmo com cada um dos irmãos (15), e só assim falaram com ele.

O caminho para a plena reconciliação foi árduo para José e seus irmãos. Os irmãos tiveram de enfrentar a culpa, confessar os pecados (42.21,22) e reconhecer que Deus estava castigando-os (42.28). Tiveram de pedir misericórdia (44.27-32) e mostrar que haviam mudado (44. 33-34). Para José, a provação também foi penosa. Teve de se asse­gurar da nova sinceridade dos irmãos pondo-os em situações embaraçosas, algumas das quais causando sofrimento em seu pai. Teve de manter o disfarce como egípcio, embora estivesse ansioso para se revelar. Quando chegou a hora da revelação, sua posição e poder tornaram difícil seus irmãos acreditarem que ele era mesmo o irmão José e que ele realmente os havia perdoado.

A nova (16) de que os homens que vieram de Canaã eram irmãos do primeiro-ministro do Egito mexeu com a corte faraônica. Quando chegou aos ouvidos de Faraó, ele ordenou que a família de José se servisse de provisões e carros (19) para transportar o clã inteiro para o Egito. A expressão não vos pese coisa alguma das vossas alfaias (20) significa “não vos importeis com vossos bens” (Smith-Goodspeed; cf. ARA). José se encarregou de abastecer os irmãos de tudo que precisassem para a mudança. A cada irmão deu mudas de roupa, mas abarrotou Benjamim (22) de bens e víveres e enviou grande quantidade de gêneros alimentícios para o pai (23). Não contendais pelo caminho (24) é tradução apoiada por Moffatt.

A volta para casa foi diferente desta vez. Não houve mistérios e nem exigências desconcertantes, somente notícias incríveis. A informação de que José (26) estava vivo foi choque quase comparável à notícia de que ele havia morrido por um animal. O que convenceu Jacó foi a história detalhada do que aconteceu no Egito e os carros (27) que foram enviados carregados de comida e presentes. Então, seu espírito reviveu (27). O desejo ardente de Jacó era ver José antes de morrer (28).

Os resultados do perdão e da reconciliação já eram visíveis. Abundância de alimen­tos estava disponível sem custo. A vida de Jacó foi poupada devido ao retorno de Benjamim e à notícia de que José vivia. A unidade familiar foi restaurada, e percebia-se a libertação da culpa e do medo.

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