Estudo Bíblico sobre Gênesis
Gênesis 48
Os capítulos finais de Gênesis estão fundamentados nas ocorrências de
morte no presente ou futuro imediato, e no futuro de longo alcance dos
descendentes de Jacó. Sempre é ressaltado que a terra de Egito não é o lar
permanente deste povo. Eles têm de ter os olhos voltados para Canaã. Para
enfatizar este ponto, Jacó foi enterrado na caverna sepulcral da família e
José foi embalsamado para futuro sepultamento em Canaã.
Jacó Adota os Filhos de José (48.1-22)
Uma piora na saúde de Jacó levou José (1) e seus dois filhos para
o lado da cama do idoso patriarca. Com dificuldade, Jacó se sentou para
recebê-los. Tratava-se de uma reunião importante, sobre a qual pai e filho já
haviam conversado.
As recordações de Jacó viajaram àquele momento significativo em Luz (3,
Betel; ver 28.10-22). Naquela ocasião, o Deus Todo-poderoso lhe
apareceu, tornando-se pessoalmente real e transmitindo-lhe as promessas do
concerto. Agora Jacó queria passar estas promessas do concerto, junto com
obrigações anexas, para seus descendentes. Já conhecia a vontade de Deus
concernente a qual filho seria separado para este privilégio, mas não contou a
ninguém.
A primeira medida de Jacó foi adotar os dois filhos de José. Colocou-os
no mesmo nível que Rúben e Simeão (5), os dois filhos mais velhos.' Jacó
nunca esqueceu a perda de Raquel, assim queria honrá-la elevando estes netos à
condição de filhos e, por conseguinte, tribos em Israel. O nome de José seria
perpetuado por outros filhos aptos que nasceriam (6). Efrata (7) é um
nome antigo de Belém, inserido pelo escritor para tornar o local claro.
Os olhos embaçados de Jacó (10; cf. ARA) notaram duas outras pessoas no
quarto. Certificando-se de que eram Efraim e Manassés, passou a fazer os gestos
rituais de adoção comuns entre seu povo. O pai recebia os filhos legítimos colocando-os
entre os joelhos (12; cf. ARA); foi assim que foram reconhecidos estes
filhos adotivos.
O próximo passo era o ato formal de pronunciar a bênção que era
irrevogável para o povo de Jacó. Desconhecendo as intenções do pai, José
posicionou os filhos de acordo com o costume, ou seja, o filho mais velho em
frente à mão direita do pai tribal (13). Antecipando este movimento,
Jacó cruzou as mãos e pronunciou a bênção do concerto sobre o mais novo, Efraim
(14). Daquele momento em diante, Efraim seria o representante do concerto
diante de Deus. Descontente com o procedimento do pai, José tentou mudar a
posição das mãos de Jacó, mas Jacó lhe disse que a ação foi intencional. Avisadamente
(14) seria “conscientemente”. Pela terceira vez, o filho mais novo na
linhagem patriarcal tomou o lugar do filho mais velho (ver 17.19,20; 27.27-29).
Na bênção, Jacó testificou do Anjo que me livrou de todo o mal (16).
Esta é a primeira vez que a palavra “livrar” (go'el), com o sentido de resgate,
aparece nas Escrituras. Está baseada na obrigação de um homem da mesma
família comprar de volta a propriedade hipotecada de um parente infeliz, ou
comprar de volta o próprio parente da escravidão (Lv 25.25-55).
Jacó percebeu que sua desonestidade com Esaú e suas dificuldades com Labão
foram um mal que ameaçou prendê-lo. Mas Deus o ajudou a acertar as
coisas com Labão e a reconciliar-se com Esaú. Deus também o livrou dos maus
caminhos dos seus filhos mais velhos e lhe devolveu José. Estes foram os atos
de Deus que lhe deram esperança e alegria ao coração. Na sua opinião, estes
eventos eram redentores, porque ele devia tudo ao que Deus havia feito a favor
dele. Aquele que agiu tão eficientemente no passado abençoaria os rapazes e
produziria a redenção para estes netos.
Além da bênção especial em Efraim (17), Manassés (cf. 27.39,40)
também foi abençoado. A forma desta bênção: Deus te ponha como a Efraim e
como a Manassés (20), ainda é usada entre os judeus. Jacó também prometeu
que José voltaria para Canaã (21), pois esta era a vontade de Deus. José teria
um pedaço (22) só seu daquela terra. Ficava em Siquém. Não resta outro
registro da batalha com os amorreus que esteja relacionado com a
propriedade de Jacó desta parte do país. Josué 24.32 declara que o corpo
embalsamado de José foi enterrado na parte do campo que foi comprada dos
“filhos de Hamor” (ver tb. Jo 4.5,6).
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