Explicação de Êxodo 37

Êxodo 37

A arca era um baú feito de madeira de acácia... revestido... com ouro puro. Apontava para a humanidade e divindade de nosso Senhor. Continha as tábuas da Lei, uma jarra de ouro com maná e a vara de Arão que brotou. Se aplicadas a Cristo, essas coisas falam Dele como Aquele que disse: “A tua lei está dentro do meu coração” (Sl. 40:8b); como o pão de Deus desceu do céu (João 6:33); e como o Sacerdote da escolha de Deus, ressuscitou dos mortos (Hb 7:24-26). Se aplicado ao povo de Israel, todos eram memoriais de fracasso e rebelião.

37:6-9 O propiciatório era o trono de Deus, o lugar de Sua habitação na terra. Quando os querubins de ouro olharam para ela, eles não viram a Lei (que Israel havia quebrado) ou o jarro de maná e a vara de Arão, ambos associados a rebeliões de Israel. Em vez disso, eles viram o sangue aspergido, que permitiu a Deus ser misericordioso com os pecadores rebeldes. O propiciatório tipifica Cristo como Aquele “a quem Deus estabeleceu como propiciatório” (Romanos 3:25, lit.). O propiciatório era a tampa da arca.

37:10-16 A mesa dos pães da proposição continha doze pães, “típico do lugar de Israel diante de Deus na aceitabilidade de Cristo, que como o verdadeiro Arão os mantém até agora diante de Deus.” (G. Morrish, New and Concise Bible Dictionary, p. 754.) Os pães também podem falar da provisão de Deus para cada uma das doze tribos.

37:17-24 Alguns veem o candelabro de ouro puro como um tipo de Cristo, a verdadeira Luz do mundo (João 8:12). Outros preferem vê-lo como uma representação do Espírito Santo, cuja missão é glorificar a Cristo, pois ilumina tudo o que fala de Cristo no lugar santo. Outros ainda veem isso como tipificando Cristo em união com os crentes. O eixo do meio é único porque dele saem os outros seis ramos, três ramos de cada lado; mas todos eles são feitos de uma única peça de ouro.

37:25–28 O altar de incenso fala de Cristo sendo um perpétuo aroma doce de Deus. Também sugere o ministério atual do Senhor Jesus, intercedendo por nós no céu.

37:29 O óleo tipifica o Espírito Santo, e o incenso fala das perfeições sempre perfumadas de nosso Senhor, trazendo deleite a Seu Pai.

Notas Adicionais:

37.1-29 Estes quatro móveis que ficavam dentro do Tabernáculo sugerem quatro bênçãos vindas através do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo: na arca podemos ver Cristo que providencia a propiciação pelos nossos pecados (Rm 3.25; a tampa da arca era o propiciatório); na Mesa podemos ver Cristo, o Pão da Vida, partido por causa dos nossos pecados e distribuído para ser nosso alimento espiritual (Jo 6.51-58); no Candelabro podemos ver Cristo, a luz do Mundo, perto do qual ninguém andará em trevas (Jo 8.12); no altar do Incenso podemos ver Cristo, nosso intercessor; vivendo eternamente como nosso intermediário e podendo compadecer-se das nossas fraquezas (Hb 4.15; 1 Tm 2.5).

37.1 A Arca. É o lugar no qual Deus se encontra com o homem, uma sombra do encontro mais completo efetuado pela encarnação e paixão de Jesus Cristo; junto com o Propiciatório era o único móvel no Santo dos Santos. Os demais móveis podiam ser vistos pelos sacerdotes no decurso normal dos seus deveres.

37.6 Cristo é o propiciatório de Deus, RM 3.25, a habitação da plenitude da divindade, Cl 2.9. Só por intermédio dele o homem pode se aproximar da glória divina sem ser condenado (Jo 3.36); por isso é que só no propiciatório pode existir uma representação da glória de Deus, na forma de dois querubins esculpidos, que antes serviam para guardar o caminho da árvore da vida (Gn 3.24) mas que no Santo dos Santos guardam a santidade de Deus (9).

37.10 Mesa. Era para expor os doze pães que representavam o cuidado de Deus em providenciar alimento natural e espiritual para cada membro do seu povo (o número doze apontado para as doze tribos).

37.17 Candelabro. Lembra-nos de Cristo, a Luz do Mundo (Jo 1.4; 3.19; 8.12).

37.23 Espevitadeiras. Tal como as lâmpadas precisavam de cuidado, especialmente com a renovação dos pavios, os crentes e as igrejas que eles compõem precisam de uma atenção não menos cuidadosa para que a luz de Cristo continue brilhando neste mundo de trevas (Mt 5.14-16; Ap 2.5) pelo enchimento do Espírito Santo (cf. Rm 15.14; Cl 1.28; 1 Ts 5.19). A rejeição da disciplina é seríssima (Jo 15.6).

37.25 Altar do incenso. Descobertas arqueológicas, em Megido (parte norte central da Palestina), de altares lavrados de pedra calcaria para queimar incenso, dão alguma ideia sobre o possível formato desse altar. Este foi feito de madeira com chifres nos cantos, e coberto de ouro (por isso é chamado também, “o altar de ouro”).

37.29 Incenso aromático (cf. Êx 30.34 para a composição do incenso que era usado exclusivamente para a adoração). O incenso era oferta de grande valor nos tempos do AT e, também quase exclusivamente oferenda em reconhecimento à divindade (cf. Ml 1.11 e Êx 30.37). Somente aos sacerdotes foi permitido oferecer incenso. As instruções sobre seu uso são relatadas em Lv 16.12-13. Na Bíblia, o incenso simboliza a oração (exemplos Sl 141.2; Ap 8.3-4). É de se notar que o incenso foi incluído nas ofertas trazidas pelos magos a Jesus, o que significa um possível reconhecimento da divindade da Criança recém-nascida (Mt 2.11).

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